28/05/2011

Recebi via mail o APELO que publico a seguir, que levanta uma questão fundamental para o futuro dos portugueses, de Portugal e da humanidade. É imperioso que o defendamos agora, mas também no futuro.

Associação Água Pública
APELO
No dia 5 de Junho
DEFENDER A ÁGUA DE TODOS COM O VOTO

Demolidas que estão as barreiras legais à privatização da água, é imperioso dar a força do voto a quem, com provas dadas, seguramente use essa força na defesa da água de todos, da universalidade da sua fruição, da propriedade e gestão públicas da água.

O PSD inscreveu no programa eleitoral a privatização do grupo "Águas de Portugal" (AdP), o que já constava em 2004 de uma Resolução de Conselho de Ministros do governo PSD/CDS e em 2008 o governo PS iniciou na prática, privatizando as dez empresas concessionárias de serviços de águas incluídas na Aquapor. A privatização da água, toda a água, é um plano comum ao PS, PSD e CDS, há longo tempo acalentado e prosseguido pelos mesmos três partidos que agora assinam em conjunto o acordo com a "troika", unidos e solidários como sempre têm estado na submissão aos interesses do capital transnacional.

Em contracorrente com a tendência de reversão das privatizações da àgua que se verifica por todo o mundo por exigência das populações, como são exemplos as remunicipalizações na Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália e nova legislação para assegurar a água pública na Holanda, no Uruguai e na Bolívia, PSD, PS e CDS activa e persistentemente, na sintonia de quem subservientemente cumpre as ordens dos mesmos senhores, instalam em Portugal o "mercado da água", eufemismo para os grandes negócios especulativos que alimentam as poderosíssimas transnacionais do sector, as usuais destinatárias das "ajudas"do FMI nos mais tenebrosos casos de privatização da água.

PSD, PS e CDS, em uníssono na Assembleia da República, alternadamente no Governo, localmente nos Municípios, porfiam há longo tempo nesse intento. Hoje a situação é gravíssima e já se iniciou o passo final para entregar à especulação financeira privada o controlo do abastecimento de água e saneamento de quase todo o país, que foram arrancando aos serviços autárquicos e se concentraram agora em Sociedades Anónimas do Grupo Águas de Portugal.

Enquanto os capitais forem exclusivamente públicos, o avançadíssimo processo de privatização é facilmente reversível por uma mudança política. Se a transacção de capitais se realizar, a reversibilidade torna-se muito mais difícil e mais onerosa.

Na privatização da água como na submissão à "troika", o PS, o PSD e o CDS constituem um bloco uno, nenhum deles é "oposição".

Mas há oposição em Portugal, oposição que na Assembleia da República, nas Autarquias, nos locais de trabalho, nos sindicatos, nas associações e na rua, tem combatido incansavelmente estas políticas, defendido a água de todos e o interesse comum, apresentado propostas sólidas e viáveis e trabalho conhecido das populações, nomeadamente nos serviços de água.

Há outro caminho.
Nas eleições legislativas cada voto irá dar um poder de privatização ou dará um poder de defesa do bem comum.

APELAMOS AO VOTO NO DIA 5 DE JUNHO, EM DEFESA DO DIREITO À ÁGUA, CONTRA A PRIVATIZAÇÃO E OS SEUS PROMOTORES, PS, PSD e CDS.
FOI POSSÍVEL NO URUGUAI, FOI POSSÍVEL NA BOLÍVIA E FOI POSSÍVEL NA
ISLÂNDIA.
EM PORTUGAL É POSSÍVEL!

Lisboa, 27 de Maio de 2011

A Direcção da Associação Água Pública

A importância dos comentários!

Acedendo ao pedido do autor do comentário, estou a publicá-lo com ligeiras alterações. Algumas das questões apresentadas já foram tratadas neste blog. No entanto, pensamos que nunca é demais falar novamente nelas. Agradeço ao autor do comentário a sua participação e a todos os outros leitores e comentadores, estejam eles ou não de acordo com o que defendemos e publicamos.

Há Pessoas que têm dificuldade em reconhecer os Fracassos e lançam essa Frustração nos outros... Iniciativas para inglês ver há muitas, mas o Povo quer iniciativas que dinamizem os mais variados sectores; aquilo que exactamente não ocorreu nesta iniciativa. Resta saber quantos milhares de Euros foram estoirados do Orçamento da Câmara que parece nunca ter austeridade para aquilo que foi aqui documentado, mas nunca tem dinheiro para as obras mais importantes que esta cidade necessita e que passo a enunciar:

substituição do tapete e alargamento para duas vias da Estrada da entrada Sul de Castelo Branco;
construção de Terminal Rodoviário que sirva o Transporte Expresso e Citadino;
alargamento dos horários da TUCAB aos fins-de-semana e Feriados e verdadeiro aumento das rotas e número de viaturas a circularem, aliadas à redução do tarifário para captar mais Públicos;
descida do preço cobrado para acesso à Piscina-Praia que é um absurdo pagar por uma infra-estrutura financiada pelos nossos impostos a preços Faraónicos;
intensificar e alargar a cobertura e redes móveis em todos os Operadores incluindo as Aldeias que também merecem ser tratados com igualdade e respeito;
criar um Centro multi-operacional para Jovens e Idosos dotado de serviços e tecnologias na área da Saúde e Justiça;
aumentar o número de Patrulhas e efectivos Policiais bem como de cantoneiros e afins para a Limpeza urbana;
apetrechar os serviços municipalizados de Varredoras Mecânicas, bem como aumentar a rede de reciclagem existente;
disponibilizar Enfermeiros e Médicos do Politécnico para rastreios e medições para toda a População Albicastrense a preços reduzidos comportáveis pelas famílias;
estabelecer um pacto com o comércio Local para criação de Emprego e como contrapartida a criação de pavilhões para os certames de Agricultura e Indústria;
dotar os Organismos Públicos de rampas para pessoas com mobilidade reduzida e inclusão de Painéis Solares para distribuição de Energia Eléctrica ou Aquecimento de águas;
fiscalizar a destruição e o vandalismo da via pública pelo reforço de Fiscais e criação de linha gratuita de alerta rápido que permita detectar tais situações e evitá-las;
tradução para as Línguas Inglesa e Francesa de todos os conteúdos dos Sítios da Câmara e de todos os serviços de Saúde, Justiça e Educação para que toda a gente, incluindo turistas, não ande desesperadamente à procura de tradutores à semelhança do que sucede noutras Freguesias que já possuem esta valência;
Elaboração de mapa detalhado com a descrição de todas as as Instituições, Empresas e serviços para dinamização da actividade Económica;
Criação de uma rede autónoma de assistência médica ou ao domicílio para Idosos pela construção de Lares ou atribuição de cuidados médicos para os verdadeiros pobres;
colocar todos os Desempregados a desenvolver tarefas de apoio para não perderem o subsídio;
aumento dos espaços verdes e disponibilização de Equipamentos para recolha de dejectos em toda a cidade para manter esses locais livres de focos de contaminação entre outras ideias geniais!!!

SOLICITO AO MENTOR DESTE BLOGUE QUE PUBLIQUE ESTAS INICIATIVAS EM LETRA GRANDE E EM FORMATO DE NOTÍCIA PARA QUE O MUNICÍPIO NÃO CRITIQUE AS PESSOAS DE SEREM PARCAS EM IDEIAS E QUE SÓ SABEM CRITICAR O QUE OS OUTROS REALIZAM. ISTO PERMITIRÁ ANALISAR QUEM FALA A VERDADE E DEFENDE REALMENTE OS INTERESSES DO POVO PORQUE JÁ BASTA OUVIR O PRESIDENTE DA CÂMARA A MENOSPREZAR O POVO. MUITO OBRIGADO E BEM HAJA A TODOS...

22/05/2011

Feira Medieval de Castelo Branco!!!

Segundo os organizadores a feira pretendia ser um conjunto de
"Viagens na história medieval de Castelo Branco, com o objectivo de dar a conhecer ao público, residente e visitante, carac
terísticas de um mercado medieval."
Fizemos uma visita e tirámos algumas fotos, falámos com alguns dos participantes. Foi um chorrilho de queixas:
- Para quem tinha vindo para fazer comércio foi um fiasco. Houve quem dissesse que em três dias vendeu apenas produtos no valor total de 15 (quinze) euros.
- Também afirmaram que a divulgação/publicidade foi mal feita. A maior parte dos albicastrenses desconhecia a sua realização.
- Não houve apoio das entidades para a dinamização da feira, nomeadamente o apoio e/ou organização no transporte dos visitantes.











Ainda segundo os participantes, a realização destes eventos pode ser interessante e serem bons dinamizadores da cultura, comércio e turismo locais, mas têm de ser devidamente apoiados, sob pena de serem "abandonados" e "esquecidos". Não basta montar meia dúzia de "barracas" e agora desunhem-se.

18/05/2011

As obras do sr. Morão/PS - Mais um remendo!

Esta alteração nem chegou ao fim, foi remendada antes de estar terminada!

Já mais do que uma vez afirmámos neste blog que as obras, sejam camarárias ou particulares, devem ser realizadas de acordo com um projecto previamente elaborado e aprovado. Parecem evidentes as razões. Já temos experiência suficiente, quer pública quer meramente pessoal, que nos permite afirmar sem qualquer incómodo que podem "os ceguinhos que comem tudo sem nada exigirem" virem "gritar" que é preciso é fazer "obra", que nada disso nos perturba. Assumimos sem qualquer problema que somos tão capazes de exercer um cargo, como aqueles que por eleição devem desempenhá-los em prol da comunidade.
Desculpem esta introdução tão prolongada, mas vem ela a propósito, da forma como é gerida a câmara de Castelo Branco.
Podemos afirmar que ainda não conseguimos vislumbrar uma obra sem que no princípio, no meio, no fim ou depois de inaugurada não tenha sofrido alterações, remendos, melhoramentos, aditamentos ou aquilo que lhe queiram chamar.

O último caso aconteceu exactamente hoje, dia 18/05/2011, terça-feira. Um amigo, daqueles que olham a cidade como uma entidade viva e dinâmica, que deve ser melhorada, renovada e reestruturada, alertou-me para uma acção que já tinha envolvidos gritos e protestos. Tentei inteirar-me e verifiquei que:
1 - Mais uma vez uma obra camarária QUASE PRONTA estava a ser alvo de modificações. Porquê? Tudo indica que foi realizada a olhómetro. Ao ser experimentada os autocarros não passavam, os estacionamentos não serviam, as curvas eram apertadas,... Em resumo, um chorrilho de asneiras.
Depois da obra praticamente pronta, tentaram experimentá-la e a "coisa não funcionava".
O construtor barafustava por todo o lado; ele até tinha feito a obra de acordo com o "desenho". Se calhar o "desenho" é que não estava de acordo com a obra.
Seria problema do projectista? Não sabemos se houve projectista. Talvez não houvesse. Daí o desacordo das medidas, das curvas, lancis,... Nas fotos até se vê onde já esteve o lancil e onde está agora (é apenas um porMAIOR).












Mas também podemos pôr a hipótese de ter sido o topógrafo que minuciosamente andou a fazer medições e enganou-se? Não nos parece uma hipótese razoável. Podemos pensar que as medições dos topógrafos foram apenas medições e não serviram para coisa nenhuma. Alguém achou que medindo a passo a coisa funcionava melhor. Terá sido assim?
Poderíamos continuar a levantar hipóteses sobre as razões que levaram mais uma vez a esta bagunça. No entanto, temos de responder ao seguinte: Quem perdeu com esta "melhoria"?
- Foi, em primeiro lugar, o empreiteiro, que vai ter de refazer as obras; não sabemos se as vai pagar, mas de qualquer modo "perde";
- Foram os utilizadores das vias envolvidas que continuam sem terem possibilidade de as utilizar livremente;
- Foram os munícipes, em geral, porque os remendos, alterações,... também custam dinheiro e muito.
Quem são os responsáveis? Os mesmos de sempre que nunca são chamados a assumir responsabilidades.

16/05/2011

A luta continua!

Manifestações, 5ª Feira, dia 19, em Lisboa e no Porto, porque
A LUTA É O CAMINHO!



15/05/2011

O que devemos chamar a isto?

Os fabricantes de sondagens começaram a atacar!

Já apareceram tantas sondagens que é quase impossível tirar conclusões plausíveis, mesmo para quem está habituado a analisar criticamente um texto, uma tabela, um gráfico,...

Parece que um dos objectivos dos fabricantes é instalar a confusão na mente do eleitor como forma de o condicionar, levando-o a votar no partido que eles querem que ganhe.

Por outro lado, o cidadão comum tem alguma dificuldade em concluir qual a validade de uma sondagem feita a uma amostra de pouco mais de mil eleitores, em que 48% não responderam; dos que responderam, mais de 25% não indicaram (não sabiam) em quem iam votar, ou seja, cerca de 60% dos inquiridos não tinha qualquer opinião. Então qual é a validade desta sondagem? Podemos perguntar mesmo: que honestidade têm os resultados obtidos nesta sondagem? Quando publicados não estão a enganar as pessoas? Não pretendem condicionar o voto das pessoas dando como válidos resultados obtidos com menos de 40% dos inquiridos, havendo ainda alguns que afirmaram votar em branco?

Algumas sondagens também são feitas através do telefone fixo. Como se podem considerar válidos, honestos, isentos, correctos os resultados obtidos, quando se sabe que uma percentagem elevadíssima de habitações não tem telefone fixo? Tem de haver obrigatoriamente desvios nas percentagens atribuídas aos diferentes partidos, tendo em atenção a classe social, situação económica, origem geográfica,...

Por outro lado, alguma da comunicação social dominante (ou rastejante?) só publica resultados de sondagens obtidos por três partidos com assento parlamentar. Os outros três não existem. Isto tem um nome: desonestidade, manipulação, vigarice,... e sei lá que mais.

Concluindo: as sondagens desta gente não valem um chavo e não podem nem devem ser levadas a sério. São demasiado desonestas.

Os meus poetas preferidos - José Gomes Ferreira


Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.

O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.

As paisagens não se transformam
Não cai neve vermelha
Não há flores que voem,
A lua não tem olhos
Niguém vai pintar olhos à lua

Tudo é igual, mecanico e exacto

Ainda por cima os homens são os homens
Soluçam, bebem riem e digerem
sem imaginação.

E há bairros miseráveis sempre os mesmos
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe
automóveis de corrida...

E obrigam-me a viver até à morte!

Pois não era mais humano
Morrer por um bocadinho
De vez em quando
E recomeçar depois
Achando tudo mais novo?

Ah! Se eu podesse suicidar-me por seis meses
Morre em cima dum divã
Com a cabeça sobre uma almofada
Confiante e sereno por saber
Que tu velavas, meu amor do norte.

Quando viessem perguntar por mim
Havias de dizer com teu sorriso
Onde arde um coração em melodia
Matou-se esta manhã
Agora não o vou ressuscitar
Por uma bagatela

E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo..

José Gomes Ferreira (1900-1985)

10/05/2011

Que grande ajuda!

Querem-nos expoliar e com a troika nacional a "cuspir" para o ar!

O sr Olli Rehn - comissário europeu para os Assuntos Económicos - afirmou no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que Portugal pagará pelos empréstimos uma taxa de juro acima de 5,5%.
A comunicação social dominante andou nos últimos dias a tentar vender-nos, numa operação de engano, que só iríamos pagar nos primeiros anos uma taxa de 3,25%. Afinal de contas era mentira.
Quem andou a mentir? Quem fez as negociações com a Troika internacional, o governo PS, o PSD e o CDS? Ou foi a comunicação social que inventou? Ou foram todos para nos ludibriar e fazer passar uma operação que é claramente contra os interesses do povo e do país?

Tudo indica que o governo português nunca falou em juros nas negociações com a Troika. É um enorme absurdo e de uma incompetência a toda a prova. Qualquer cidadão sabe que quando se faz um empréstimo, uma das primeiras coisas a saber são os juros a pagar. Neste caso não. A submissão foi de tal ordem que essa questão foi para eles (PS/PSD/CDS - convém não esquecer os "patriotas") de somenos importância. Não são eles que vão pagar só no primeiro ano 78000 x 5,5% = 4290 milhões de euros de juros. O que quer dizer que se fossem os portugueses a pagar individualmente, caberia a cada um 390 euros. Fora a parte a amortizar.
Com gente desta a governar-nos estamos bem arranjados...

09/05/2011

O FMI, a Troika, "o plano de ajuda" e o desastre


A troika nacional (PS/PSD/CDS) esgadanha-se a ver quem consegue agradar mais aos vampiros internacionais

As troikas (já toda a gente sabe quem são) e os troikos (podemos utilizá-lo para designar a comunicação social dominante) falam nas medidas, mas as consequências delas têm ficado esquecidas. Há, no entanto, duas consequências que são imediatas:
1 - A economia portuguesa vai entrar, ou já entrou, em recessão e a riqueza criada este ano de 2011 será inferior em 2% à do ano passado e em 2012 será novamente inferior em mais 2% à deste ano.
Serão 4% de diminuição do PIB (Produto Interno Bruto) em dois anos e a riqueza criada em 2012 estará ao nível de 2005. E falta saber se não continuará a decrescer.
2 - Claro que se a economia decresce, então só pode haver consequências negativas. Uma delas é que o desemprego vai aumentar até aos 13% em 2013 (dizem eles).
Mas o mais "interessante" da questão é que as troikas e os troikos dizem que a economia portuguesa começa a "recuperar" em 2013. Também era melhor que assim não fosse!!!
Primeiro afundam e depois basta uma pequena "melhoria" para começarem a gritar que estamos a recuperar.
Mas agora pergunto eu:
Para recuperar a economia é preciso primeiro enterrá-la? Como se pode recuperar uma economia provocando uma recessão? Ou os objectivos da agressão ao povo e ao país são outros?

08/05/2011

O almoço da CDU - Castelo Branco

A sala encheu com uma onda de apoiantes entusiasmada!
É a Hora da CDU




















Na intervenção durante o almoço na Covilhã, onde foi apresentada da lista da CDU de Castelo Branco, Jerónimo de Sousa , Secretário-geral do PCP criticou as propostas do PSD classificando-as como anexos ao programa de agressão já apresentado ao país.
As medidas que o PSD apresenta vão no sentido do agravamento: mais privatizações na área da saúde, da educação, mais medidas contra os trabalhadores e contra o país.
Jerónimo de Sousa acusou o Primeiro-Ministro, o PSD e o CDS-PP de esconderem quem são os beneficiários directos dos 78 mil milhões de euros: a banca nacional; que a parte mais significativa irá directamente para os bolsos daqueles que especulam com a dívida nacional; que mais de 35 mil milhões serão apresentados como garantia do Estado para os bancos.

A intervenção total do Secretário-geral do PCP pode ser ouvida aqui.

05/05/2011

O Primeiro- ministro diz que é um bom "acordo"

Primeira questão: o que é um acordo?
-Parece ser o resultado de uma negociação. Aqui não houve negociação. Houve imposição da "Troika". Definiram o programa e o Governo aceitou sem tugir nem mugir a intervenção externa.
Segunda questão: conteúdo do acordo
Vejamos de uma forma sintética o conteúdo do "acordo":

1. congelamento dos salários e das progressões nas carreiras na administração pública, pelo menos até 2013;

2. redução das deduções das despesas com a saúde, a educação e a habitação no IRS;

3. manutenção dos cortes salariais, do roubo no abono de família e do aumento dos descontos para a CGA, em vigor desde Janeiro;

4. aumento do IVA em bens essenciais e das taxas moderadoras;

5. redução das compartições da ADSE em consultas, diagnóstico e medicamentos ;

6. eliminação das isenções do IMI, aumento deste imposto e dos valores matriciais das habitações [além do fim das isenções é um duplo aumento do imposto]

7. encerramento de mais escolas e continuação da constituição de mega-agrupamentos com a consequente redução do número de professores e educadores;

8. cortes no orçamento da educação e da saúde [a somar aos cortes já efectuados com o Orçamento de Estado para 2011]

9. agravamento dos impostos na factura da electricidade e do gás.

Este conjunto de medidas supera, na vida das famílias, o valor do subsídio de férias ou de Natal.

Tudo isto em simultâneo com decisões a favor de quem devia e podia pagar:

a banca e os grandes grupos económicos não pagam nem mais um cêntimo; o Estado vai assumir os prejuízos originados com as vigarices no BPN; do total dos 78 mil milhões do "empréstimo", 12 mil milhões vão para a banca, a que se juntam mais 35 mil milhões em garantias que o Estado (o tal que precisava da ajuda dos bancos!!!) vai dar aos bancos.

Estas medidas fazem com que sejam os mesmos do costume a pagar os problemas e dificuldades do país – pagam aqueles que vivem do seu trabalho.

Depois disto tudo digam lá para quem é um bom "acordo". Se não fosse um bom "acordo", onde é que íamos parar?

5 de Junho impõe uma mudança - Uma política Patriótica e de Esquerda