O presidente da câmara faz afirmações que, no minímo, são apenas a sua opinião e o cronista nem se dá ao trabalho de pedir a opinião ao cidadão comum.
Aquela praça foi mais uma das obras do sr. Morão, que não é como ele diz a renovação do Largo de São João, mas a destruição do Largo. O Cruzeiro é monumento nacional. Devia ser tratado com dignidade. Tudo o que foi feito adultera, não tem nada a ver com a praça. É provincianismo bacoco.
Ao contrário do que diz o sr. Morão falta saber se o dinheiro gasto no parque de estacionamento subterrâneo foi bem gasto. Falta saber se não foi mais uma vez esbanjamento, novo-riquismo pacóvio.
Mas, o mais lamentável é que as árvores existentes foram mais uma vez as vítimas. A praça vai ficar deserta, vai ser mais um jardim de pedra, inóspito: frio no inverno e quente no verão; as pessoas não vão passear naquele espaço.
Mas não foram plantadas novas árvores? Claro que foram. Mas foram plantadas do lado da sombra. Onde eram precisas, do lado do sol, há o sol. O autor do projecto pelos vistos não conhece o percurso do sol. Árvores à sombra, não. Árvores do lado do sol para que haja sombra.
O que estão a fazer nesta cidade eu diria, se não fosse ridículo, que era trágico.
Eu já nem falo na intenção de inaugurar o Largo. É inclassificável.