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16/01/2009

Morão continua a caça ao voto

O jornal do burgo (ou será da paróquia?) publicou esta semana o que pretende ser uma notícia, de página inteira, mas não passa de propaganda do actual presidente da câmara. Até aqui poderia pensar-se que era apenas um cronista do jornal que tinha assumido, não a defesa do poder instituído, mas a propaganda desse poder. A coisa ultrapassou a isenção há muito tempo, mas pensava-se que haveria algum decoro. Quando se atinge este nível já a deontologia jornalística foi para as urtigas há muito tempo e parece ser um jornal ao serviço do presidente da câmara. A forma como está organizada a notícia é pura propaganda e é impossível que os responsáveis do jornal não vejam.

O presidente da câmara faz afirmações que, no minímo, são apenas a sua opinião e o cronista nem se dá ao trabalho de pedir a opinião ao cidadão comum.

Aquela praça foi mais uma das obras do sr. Morão, que não é como ele diz a renovação do Largo de São João, mas a destruição do Largo. O Cruzeiro é monumento nacional. Devia ser tratado com dignidade. Tudo o que foi feito adultera, não tem nada a ver com a praça. É provincianismo bacoco.

O que fizeram ao Largo? Transformaram-no numa coisa pós-moderna, horrível, fria, sem identidade, onde o Cruzeiro destoa, porque a torre de babel que puseram a um canto ofende a sua "velhice histórica" e toda a praça é uma aberração.

Ao contrário do que diz o sr. Morão falta saber se o dinheiro gasto no parque de estacionamento subterrâneo foi bem gasto
. Falta saber se não foi mais uma vez esbanjamento, novo-riquismo pacóvio.

Mas, o mais lamentável é que as árvores existentes foram mais uma vez as vítimas. A praça vai ficar deserta, vai ser mais um jardim de pedra, inóspito: frio no inverno e quente no verão; as pessoas não vão passear naquele espaço.

Mas não foram plantadas novas árvores? Claro que foram. Mas foram plantadas do lado da sombra. Onde eram precisas, do lado do sol, há o sol. O autor do projecto pelos vistos não conhece o percurso do sol. Árvores à sombra, não. Árvores do lado do sol para que haja sombra.















O que estão a fazer nesta cidade eu diria, se não fosse ridículo, que era trágico.

Eu já nem falo na intenção de inaugurar o Largo. É inclassificável.