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02/12/2010

As obras do Polis/Morão - I

O Parque da Cidade

As obras do Polis são nesta cidade uma espécie de tragicomédia. Por várias razões:
Ninguém sabe (pelo menos a maior parte dos munícipes, o chamado Zé Povinho) quanto custaram.
Parece que o programa acabou, mas algumas das obras não foram realizadas.
As obras executadas, a maior parte delas, foram sendo alteradas à medida da vontade do sr. Morão, o presidente da câmara em serviço. Outras sofreram remendos já depois de realizadas. Basta lembrar o Passeio Verde, que levou um acrescento de relva.
Também se pode lembrar, ainda recentemente, o repuxo da Devesa, que sofreu uma intervenção, mas aparentemente não melhorou nada, pelo menos no exterior. Se o espelho de água era ridículo, ridículo continuou ou pior.
Ainda podemos igualmente falar das instalações, na parte superior da Biblioteca Municipal, com vista para o Largo da Senhora da Piedade, que parece nunca mais estarem prontas. Além disso já mudaram várias vezes de aspecto, conforme vai mudando a ideia do que se pretende fazer.
Perante este tratamento temos de fazer algumas perguntas:
Existem planos bem DEFINIDOS para estas obras? Foram discutidos antes de serem elaborados de modo que os técnicos conhecessem com clareza o que se pretendia fazer? Ou as ordens diziam:
faça um projecto e depois logo se vê. E, como se viu, as alterações, as emendas, os remendos, o esbanjamento de dinheiro com o fazer, desmanchar e refazer foi um desvario.
Infelizmente, para os albicastrenses, que parecem andarem a dormir, a saga dos remendos ainda não acabou. Continua e tudo indica que vai continuar.
Neste momento está em execução um remendo no Parque da Cidade.
Depois de uma transformação pós-moderna e bacoca, destruindo tudo o que tinha a ver com a memória dos albicastrenses e contra a opinião de muitos que gostam de jardins de verde e não de pedra, lá vem mais um remendo.
Mas antes deste não nos podemos esquecer da substituição dos bancos de pedra. Ainda bem que foram substituídos. Pelo menos nestes bancos os visitantes podem sentar-se e encostar-se.

As alterações que estão em execução, pelos vistos foram decididas no segredo dos deuses. Os munícipes não têm de saber, comem e calam. Os outros "autarcas" têm de estar de acordo, porque quem manda é o "patrão". Desta vez, os remendos começaram a ser feitos e nem sequer o escriba do burgo soube do assunto. Ou então, calou-se porque não convinha mostrar mais uma vez que o presidente em exercício quanto a competência já só engana quem não quer ver a realidade.
Ainda falta saber que alterações vão ser feitas:
Como dizia um visitante hoje de manhã,
não sabem onde hão-de gastar o dinheiro.
Vão continuar a acrescentar mais umas hortinhas? No entanto, é importante que se diga que tudo o que se fizer para
acrescentar verde, e especialmente árvores, é positivo.
Mas também se deve dizer que os remendos nunca corrigem completamente o que se fez mal. Ainda falta saber se estas obras foram devidamente ponderadas e se sabe exactamente o que se quer ou se é mais uma operação voluntariosa do autarca paradigma:
um bom autarca é aquele que age duas vezes antes de pensar.










11/06/2009

Polis XXI - a propaganda

O jornal Reconquista, que parece ser o órgão oficial do sr. Morão, publicou esta semana um texto propagandístico sobre os 11 milhões de euros que o Governo vai disponibilizar para intervenções na cidade até 2012. Afirma-se nessa peça que o "município de Castelo Branco recebeu luz verde para continuar a mudar a face da cidade". Salvo seja!!!! Pelos exemplos que já temos é preciso cuidado com os autores e com os arautos.
Estes, coitados, nem sequer têm "gosto" e muito menos sentido crítico para saberem o que está bem ou está mal. Existem apenas para serem os "cestinhas de mão" ou a "voz do dono". Alguém que lhes perdoe.
Aqueles são mais perigosos, porque tudo sabem e não sabem nada. Fazem que ouvem: encontram como por acaso as pessoas, conversam com elas, perguntam o que é que acham sobre "esta obra", recebem uma resposta educada e decidem porque já ouviram a opinião dos "outros". Pensam que não é assim? O quê? Fazer uma reunião da Comissão de Acompanhamento do Programa Polis para ouvir opiniões? Devem estar loucos? Fazer reuniões públicas com especialistas e com os munícipes para discutir o projecto de "Requalificação Urbanística da Envolvente à Estação Ferroviária", que vai custar uma verba significativa - 4 200 000 euros? Já ouviram falar de discussão pública?


E a Assembleia Municipal não tem uma palavra a dizer? Penso que todos os projectos deste Polis XIX devem ser analisados e aprovados um a um, para evitar o que todos conhecem: os remendos e as asneiras.
São referidos dois projectos que podem ser importantes, mas depende do que se quer fazer com eles:
- Requalificação Urbanística e Valorização Paisagística do Espaço Público do Centro Histórico - 2 000 000 euros
  • Qual é o conteúdo deste projecto? Refere-se apenas ao espaço público, como diz no título, ou envolve também habitações privadas?
  • O que é valorização paisagística? Refere-se à subversão das características identitárias das ruas, das casas, dos sítios, sob o pretexto da modernização? Como exemplo do que não deve ser feito já temos o "Miradouro de S.Gens".
  • E requalificação urbanística, o que é? É apenas o "invólucro" ou também tem a ver com o interior? Pretende-se melhorar as condições de habitabilidade das casas apoiando os proprietários a efectuar obras ou eles que se desenrasquem?
Como se vê há muitas perguntas que só têm resposta se se conhecerem os projectos. Além disso há muitas propostas. A maior parte das vezes são os cidadãos que têm as melhores propostas e opiniões. É preciso é ouvi-los.

- Requalificação Urbanística e Valorização Paisagística do Espaço Público do Centro Cívico
O que é isto? Então o centro cívico vai continuar a ser intervencionado? E o Centro de Cultura Contemporânea não é contemplado?

Continuam a insistir numa coisa a que chamam museu do brinquedo. A que propósito, um museu
do brinquedo? Há tradição no fabrico de brinquedos em Castelo Branco? Há colecções de brinquedos importantes que vão ser ofertadas ao possível museu? Gostaria de conhecer estas respostas e outras e também a opinião das pessoas. Tem de haver bom senso. Não se constrói um museu só porque alguém se lembrou de é era "giro haver um museu do brinquedo em Castelo Branco". Brincamos!?
Voltaremos a este assunto.

21/02/2009

Polis XXI - 2ª parte

No post anterior falámos da zona histórica, da zona envolvente à estação do caminho de ferro e do centro da cidade.
  • O sr. Morão falou naquilo que pretendia fazer em volta da estação. Mas, esqueceu-se de uma coisa, que é talvez a mais importante: o Centro Coordenador de Transportes. Há ou não há projecto? Ou pretende continuar a manter os autocarros espalhados pela cidade e os passageiros sem condições? Ou, por acaso, estará a pensar que se os autocarros continuarem nos Três Globos sempre dão alguma animação à cidade, como eu já ouvi?
  • A questão dos transportes públicos é uma das mais urgentes a ser tratada. O sr. Morão podia gastar de forma extremamente útil algum dinheiro, dos 11 milhões que diz vir a receber, a organizar um sistema de transportes eficaz e eficiente que servisse as pessoas. Podemos perguntar: Quanto tempo se demora a atravessar a cidade de autocarro actualmente? Já foi feita a experiência e em certas horas faz-se mais depressa a pé. Alguém sabe os horários dos autocarros? As pessoas que tomam o autocarro têm a certeza de chegar a horas ao local para onde vão? Ou chegam quando chegarem? Quantas pessoas, em média por dia, usam os transportes públicos? Não podem ser muitas. Alguém já pensou que um bom sistema de transportes contribui decisivamente para a qualidade do ar, tirando um percentagem elevada de carros da ruas da cidade?
  • Também falou do centro da cidade, da Devesa. Também aqui se esqueceu de uma coisa importante que anda no Plano de Actividades há, pelo menos, três anos: o Centro de Cultura Contemporânea. Será que anda no Plano de Actividades apenas para inglês ver. Nós não somos ingleses!
  • A criação do Museu do Brinquedo, em Castelo Branco, exige também algumas perguntas: existiu alguma vez nesta cidade alguma fábrica de brinquedos que tenha deixado a tradição do brinquedo? Há algum brinquedo que seja característico da cidade? Existe algum benemérito na cidade, coleccionador de brinquedos, que decidiu oferecer à cidade a sua colecção para constituir um museu? Ou esta ideia peregrina é apenas como aquela história que contam do Presidente da República Francesa, o sr. Sarkozy, que quando está ao pé da mulher se põe sempre em bicos de pés? Sabem porquê? Ou a história de um político português que usava sapatos de tacão alto, o dobro do normal, para parecer o quê? Adivinhem lá! Será que o sr. Morão também quer pôr-se em bicos dos pés e inventa estas ideias, porque não sabe onde gastar o dinheiro?
  • Também fala em gabinetes de apoio aos comerciantes e a serviços. Os comerciantes precisam é de uma política que defenda e dinamize o comércio tradicional, levando os consumidores para essas zonas. Penso que não precisam de gabinetes para preencher papéis. Para isso têm já as suas associações que os apoiam.
  • Para que haja "modernização do comércio tradicional do centro histórico e do centro cívico" é preciso que essa zonas tenham pessoas, o que só se consegue com a sua reabilitação efectiva. É preciso agir e acabar com as promessas.

20/02/2009

Polis XXI - 1ª parte

Polis XXI

Estou convencido que uma grande percentagem dos habitantes da cidade de Castelo Branco não são nascidos cá. No entanto, vivem cá há tantos anos, podem dizer que esta é a sua cidade. É o meu caso. Vem isto a propósito da candidatura da câmara municipal ao programa Polis XXI, que prevê um conjunto de intervenções que o presidente pretende sintetizar em "quatro grandes prioridades": as prioridades RE: habitar; qualificar; vitalizar; dinamizar. Depois vai desfiando um rol de acções que pretende executar. No entanto, os cidadãos albicastrenses não foram vistos nem achados para as escolhas do presidente. Também não admira: se ele foge da revisão do PDM como o diabo foge da cruz, também com mais razão foge dos munícipes. É que alguns destes têm o mau hábito de pensar pela sua cabeça e fazer perguntas, que às vezes são incómodas. Também fiquei à espera que, pelo menos alguns albicastrenses opinassem sobre as decisões do sr. presidente Morão.
Como não conhecíamos as intenções, porque o sr. Morão está-se nas tintas para aquilo que os munícipes pensam (ele decide e os albicastrenses têm de aplaudir), temos vindo a procurar informação sobre o assunto, que nos suscitou as seguintes observações:
  • Os fundos comunitários que vão financiar o programa são manifestamente insuficientes. Esperamos que as acções que o sr. Morão anunciou (algumas delas achamos que é propaganda) não tenham o mesmo destino que tiveram as do Polis (até hoje ainda não se conhecem as contas e o Polis já acabou há mais de três anos). Ainda se lembram do "countdown" em frente à câmara?
  • A peça é toda ela mais uma acção de propaganda, e tudo indica que as intenções anunciadas foram mais uma vez decisões casuísticas, do tipo "vamos fazer isto".
  • A primeira é a requalificação de zona envolvente à Estação. O sr. Morão afirma que foi lançado um concurso de ideias e que brevemente a câmara decidirá. Decidirá ou já decidiu? Em que ficamos? A sua afirmação de que "a intervenção urbanística" integra duas passagens desniveladas, para peões (a inferior) e a superior para o tráfego, além de estarem a ser feitas obras no túnel da estação (tudo indica que estão a reforçá-lo), permite-nos afirmar que a câmara já decidiu, não deu cavaco às tropas, ou seja, os munícipes e se prepara para apresentar mais um facto consumado à boa maneira do conceito de democracia e da gestão pós-moderna do sr. Morão.



  • As "novas unidades hoteleiras". Um hotel na Devesa. Porque não? Mas "a unidade hoteleira de charme na zona histórica", o que é isso? Será que tem a ver com a cidade virada para o futuro? Mas há uma pergunta que gostaria de ver respondida: vai construir o hotel antes de recuperar e requalificar a zona histórica? É urgente que as condições de habitabilidade das casas sejam melhoradas; é necessário dar vida à zona histórica antes de qualquer hotel. Mas também pergunto: e o hotel que estava previsto para a zona industrial e contra todo o bom senso a Assembleia Municipal aprovou a alteração ao plano de pormenor para que pudesse ser construído? O que lhe aconteceu? Perdeu-se nos caminhos da demagogia e aconteceu-lhe o mesmo que às piscinas aquecidas da Encosta do Castelo? Esqueceram-se dele?
Hoje ficamos por aqui. Brevemente continuaremos a analisar outros aspectos do Polis XXI.