30/07/2008

IDENTIDADE DE UMA CIDADE

A razão principal porque gostamos da nossa terra é para nós de ordem afectiva: gostamos dela porque nascemos lá, porque a nossa família vive lá, porque estudámos lá, porque temos lá os nossos amigos,... Mas, também nos identificamos com a nossa cidade porque tem monumentos, ruas, edifícios, parques, teatros, bibliotecas ou características que são apenas suas, que são únicas, que a distinguem de todas as outras cidades.

A nossa cidade tem um castelo que se vê na fotografia que é único (pode até nem ser bonito); tem também o Jardim do Paço com as suas estátuas em pedra e as ruas orladas de buxo, que não há em Portugal outro igual e os seus portados quinhentistas na zona histórica (tão maltratada) e muitas outras realizações do homem que nos permitem identificá-la como CASTELO BRANCO, capital do distrito com o mesmo nome e da antiga província da BEIRA BAIXA.

Por outro lado, a nossa cidade tinha um Parque que era conhecido e procurado por gente de todo o país e do estrangeiro, mas já não tem: as árvores, talvez centenárias, foram cortadas e substituídas por granito e couves cujo verde parece desaparecer quando se olha para elas. O que era um local agradável em qualquer época do ano transformou-se num deserto, frio no inverno e quente, abafador no verão; é experimentar.

Não negávamos a necessidade de um arranjo; as ruas precisavam de um pavimento de melhor qualidade, a substituição de alguns bancos e melhoria dos pequenos lagos,tratamento das árvores... mas não a transformação modernista segundo os responsáveis, mas a que nós chamamos de subversão pós-moderna inqualificável que não é mais que provincianismo bacoco.


As fotos ilustram bem o estado em que ficou o Parque depois da tão celebrada intervenção modernista. Das muitas árvores de porte considerável resistiram à sanha ultra-moderna as duas que se vêem na foto da esquerda. Na foto de baixo não se percebe bem o que é. Que desolação!









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