
Vamos comemorar o 1º de Maio
http://www.youtube.com/watch?v=ASyWMZARbKc
Ler aqui o manifesto do 1º de Maio
Joaquim Bonifácio da Costa, Arquitecto, Professor na ESART em Castelo Branco, 55 anos, residente em Castelo Branco, militante do PEV- Partido Ecologista os Verdes
Marisa Gonçalves Tavares, Operária Têxtil, 27 anos, residente no concelho de Belmonte, Dirigente Sindical, membro da DORCB do PCP
António Fernandes de Matos, Economista - Professor na UBI, residente no concelho da Covilhã, dirigente sindical, membro da DORCB do PCP
Catarina Ventura Gavinhos, Professora na Escola Superior Agrária – Castelo Branco, 39 anos, residente no concelho do Fundão, independente
Marta Rodrigues Pombo, Auxiliar de acção directa, 34 anos, residente no Tortosendo concelho da Covilhã, militante do PCP
Mário Caeiro Quintas, Funcionário Público, 50 anos, residente no concelho de Castelo Branco, dirigente sindical, militante do PCP
Isilda Laranjeira da Silva, Enfermeira, 36 anos, residente no concelho de Vila de Rei, membro da DORCB do PCP
A declaração de Jerónimo de Sousa - a recusa da legitimação da intervenção
1. O PCP foi hoje contactado para um encontro com o grupo do FMI, União Europeia e BCE, executor de uma ilegítima intervenção externa em Portugal.
2. Perante este rumo desastroso e num momento crucial para o país, o PCP diz Não! a este caminho de afundamento e de comprometimento do futuro de Portugal. Há alternativa. O PCP diz Sim! a uma política patriótica e de esquerda, que no imediato impõe a renegociação da dívida externa (prazos, juros e montantes); a diversificação das fontes de financiamento; a acção convergente com outros países vítimas da especulação financeira e do Euro; a aposta na produção nacional (produzir mais para dever menos); a redução das importações, a par do aumento das exportações e a diversificação das relações comerciais.
Informação que, para lá de qualquer dimensão negocial que em absoluto rejeitamos, constitui um direito inalienável e inquestionável que não pode nem deve ser comprometido pelo posicionamento por parte do PCP no sentido de se opor a um processo e a uma intervenção que só contribuirá para manietar o país, aprofundar a sua subordinação ao capital internacional e justificar mais exploração, injustiças e pobreza.
Informação que, mesmo no quadro das suas funções de gestão, só o Governo e as instituições nacionais vocacionadas para o efeito devem dar e não qualquer entidade estrangeira ou supranacional sem legitimidade.
Nunca como hoje os graves problemas do país apelaram de forma tão incisiva a pôr um ponto final à política de desastre nacional do PS, PSD e CDS e dos seus governos.
O país dificilmente aguenta mais!
Nesta batalha eleitoral que vamos travar convidemos os portugueses a olhar pôr um momento ao percurso destes últimos anos, nomeadamente para estes últimos dez, para falar só destes anos que estão mais próximos.
E olhando verificar como se avolumando ano após ano os problemas sociais, mas também os problemas do país e quanta impostura estava envolvida no discurso dos sacrifícios, sistematicamente renovado, dos partidos que têm estado no governo do país.
Quanta intrujice estava contida nesse discurso que pedia sacrifícios e mais sacrifícios a quem menos podia, como hoje continua a pedir ou melhor a impor, com a promessa de um futuro melhor que nunca chegou.
Ao contrário o que chegou nestes anos com dois governo do PSD/CDS e três governos do PS foi a duplicação da taxa de desemprego com a continuada destruição da nossa indústria, agricultura e pescas; a proliferação crescente da precariedade laboral; a degradação acentuada da situação social e do custo de vida com o ataque aos salários e às pensões; o ataque aos serviços públicos e ao direito à saúde e à educação tornando-os cada vez de mais difícil acesso e mais caros; a pobreza, as dificuldades, a degradação das condições de vida e o drama a muitos mais milhares e milhares de portugueses.
O que chegou foi a duplicação da dívida externa e de todos os défices das contas externas, porque se continuou a destruição das actividades produtivas e se alimentou a financeirização da economia portuguesa para servir o sistema financeiro.
O que chegou foi a estagnação económica, muito antes da crise do capitalismo internacional, a recessão e o empobrecimento da maioria dos portugueses na razão inversa com que despudoradamente se promovia a acumulação e a centralização da riqueza nacional nas mãos de uma centena de famílias.
Olhando para trás o que vemos são anos de acumulação de milhões e milhões de euros de lucros e património pelas grandes fortunas que possuem e dominam os grandes grupos económicos e financeiros e o enriquecimento da elite que os rodeia.
Olhando para trás o que vimos foi o crescer da corrupção e dos exemplos da crescente promiscuidade entre o poder político e económico.
Perante esta evolução tornou-se comum responsabilizar os políticos – os políticos em geral – pela situação a que o país chegou e, até alguns e não são poucos que metem a colher no “pote” e se servem à vontade, passaram com de ares sobranceria e de um fingido distanciamento a dar para esse para esse peditório.
Vemo-los estimulando e ampliando uma campanha, metendo tudo no mesmo saco e fazendo esquecer os verdadeiros e decisivos mandantes – os grandes grupos económicos e financeiros – e até as políticas dos ditos políticos e a quem servem.
Trata-se de uma campanha que ganhou nos últimos tempos uma nova dimensão. Uma campanha que explorando o legítimo desencanto de todos quantos se viram
sucessivamente enganados pelo apoio e voto que deram aos partidos da política de direita tem o claro propósito de dificultar a afirmação de uma alternativa ao poder da oligarquia económica que domina a vida do país.
Este é um problema que precisamos de dar mais atenção, colocando em confronto e estimulando o debate. É preciso confrontar e questionar com frontalidade de que de políticos estão a falar, quando falam de todos iguais.
Se daqueles que nestes últimos trinta anos servem e garantem os interesses do poder económico e sua influência política nesse circulo fechado do bloco direitista e dos interesses do PS, PSD e CDS que anda a rodar entre o ministério, a secretaria de estado, a administração das empresas, públicas e privadas ou dos que na sua intervenção política denunciam e combatem, como o fazem os militantes do PCP e os activistas da CDU, não apenas essa promiscuidade aviltante, mas a natureza de classe de uma política ao serviço dos grandes interesses.
Não! Não somos todos iguais e nem os partidos, nem os projectos!
Há entre a intervenção política e as políticas defendidas pelo PCP e pela CDU e as daqueles que de governo em governo foram comprometendo o futuro do país uma abissal diferença.
E bastaria olhar para este último ano e meio de vida do II governo do PS de José Sócrates para concluir que assim é.
Desse governo que agora terminou o seu mandato e que perante o agravamento de todos os problemas do país se mandou como “gato a bofe” às condições de vida dos trabalhadores e do nosso povo, para depois se apresentar como vítima de uma crise política que ele próprio despoletou e desejou com a ligação que impôs da rejeição do seu quarto pacote de medidas de austeridade à queda do governo com o objectivo de transferir para outros as suas responsabilidades na instabilidade crescente que a sua política introduziu na vida dos portugueses e no país.
Desse governo que encontra sempre noutros a razão do fracasso das suas políticas!
Deste governo que, de braço dado com o PSD e o apoio do CDS, conduziu país para a mais grave crise económica e social da vida democrática e que conheceu no último ano com os seus PEC e medidas de drástica austeridade uma ainda mais preocupante evolução.
(...)"Bastaram dois dias após o Conselho de Estado, com a intervenção da banca, e lá vai Sócrates a pedir batatinhas a Bruxelas.
Apresentam-se a seguir alguns
(Extractos de uma cronologia publicada pelo Público)
19 Mar - O primeiro-ministro revela que não está disponível para governar com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e reafirma que Portugal não precisa de ajuda externa.
24 Mar - O ministro da Presidência (Pedro Silva Pereira) afirma que, apesar da crise política, o Governo continua a considerar evitável o recurso de Portugal à ajuda externa.
25 Mar - O primeiro-ministro assegura em Bruxelas que Portugal não precisa de ajuda externa para financiar a dívida pública.
25 Mar - Jerónimo de Sousa recusa dar “aval” a um pedido de ajuda externa, considerando que se trata de “uma ameaça” que condicionaria a “soberania”, a “economia” e os “direitos sociais”.
31 Mar - O ministro da Presidência (Pedro Silva Pereira) afirma que um eventual pedido de ajuda externa por parte do Estado envolveria uma negociação de condições, que ultrapassaria as competências de um Governo de gestão. O PSD contesta a ideia de que o Governo não tem condições de pedir ajuda financeira externa.
04 Abr - José Sócrates lamenta ter sido “o único dirigente político” a alertar para as consequências do chumbo do PEC e afirma que fará “tudo” para evitar um pedido de ajuda externa. Por outro lado, nega que tenha sido discutido na reunião do Conselho de Estado o recurso a um empréstimo intercalar.
06 Abr - O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera “urgente” que Portugal peça ajuda externa financeira à Europa, já que os bancos nacionais não têm mais dinheiro para emprestar.
06 Abr - José Sócrates anuncia que endereçou à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira.
E sobre este pedido de financiamento externo anunciado pelo Governo, Bernardino Soares afirmou que a situação actual do país não resulta do chumbo do PEC 4, mas sim das políticas de desastre nacional impostas por PS, PSD e CDS, com apoio do Presidente da República. A aplicação de mais medidas de austeridade só vai piorar a já grave situação do país.