06/04/2011

Palavras para quê!


Bastaram dois dias após o Conselho de Estado, com a intervenção da banca, e lá vai Sócrates a pedir batatinhas a Bruxelas.


Apresentam-se a seguir alguns

(Extractos de uma cronologia publicada pelo Público)

19 Mar - O primeiro-ministro revela que não está disponível para governar com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e reafirma que Portugal não precisa de ajuda externa.
24 Mar - O ministro da Presidência (Pedro Silva Pereira) afirma que, apesar da crise política, o Governo continua a considerar evitável o recurso de Portugal à ajuda externa.
25 Mar - O primeiro-ministro assegura em Bruxelas que Portugal não precisa de ajuda externa para financiar a dívida pública.

25 Mar - Jerónimo de Sousa recusa dar “aval” a um pedido de ajuda externa, considerando que se trata de “uma ameaça” que condicionaria a “soberania”, a “economia” e os “direitos sociais”.

31 Mar
- O ministro da Presidência (Pedro Silva Pereira) afirma que um eventual pedido de ajuda externa por parte do Estado envolveria uma negociação de condições, que ultrapassaria as competências de um Governo de gestão. O PSD contesta a ideia de que o Governo não tem condições de pedir ajuda financeira externa.

04 Abr - José Sócrates lamenta ter sido “o único dirigente político” a alertar para as consequências do chumbo do PEC e afirma que fará “tudo” para evitar um pedido de ajuda externa. Por outro lado, nega que tenha sido discutido na reunião do Conselho de Estado o recurso a um empréstimo intercalar.

06 Abr - O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera “urgente” que Portugal peça ajuda externa financeira à Europa, já que os bancos nacionais não têm mais dinheiro para emprestar.

06 Abr - José Sócrates anuncia que endereçou à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira.


E sobre este pedido de financiamento externo anunciado pelo Governo, Bernardino Soares afirmou que a situação actual do país não resulta do chumbo do PEC 4, mas sim das políticas de desastre nacional impostas por PS, PSD e CDS, com apoio do Presidente da República. A aplicação de mais medidas de austeridade só vai piorar a já grave situação do país.

1 comentário:

Carlos Vale disse...

No Atlântico Norte existe uma ilha chamada Islândia. É um país e tem 320 mil habitantes.
Em 2007, foi classificado como o país mais desenvolvido do mundo pelo Indice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas e o 4º. maior no PIB per capíta do planeta.
Em 2008, o sistema bancário do país falhou, activos tóxicos gestão fraudulenta e outras trapalhices deu em contracção económica gravíssima. Os 320 mil habitantes vieram para a rua, dimitiram o governo e elegeram uma primeira-ministra.
A reacção aos políticos, bancos e agências financeiras foi duríssima.
Derrubou uma banca irresponsável, recusou pagar aos credores e está a perseguir os banqueiros. A ideia é apurar as responsabilidades e julgá-los. Para isso foi buscar Eva Joly, a mais prestigiada magistrada europeia depois de Geovani Falcone. Estão a fazer sucessivos referendos e a chamarem a si o controlo político da reacção à bancarrota. É um feito notável.
Resultado: Em 2011,a Islândia está a sair da recessão económica e a fazer enormes progressos e a recuperarem o lugar que já ocuparam.
Em Portugal os senhores banqueiros responsáveis pela crise, que têm ganho biliões antes e durante a crise,vão ganhar sempre, fizeram uma reunião com o Banco Portugal, fizeram cartel,e o governo do PS e do basófias Sócrates, borradinhos até às pontas dos pés, fizeram, o que diziam "jámais" fazer.
Birrentos e Gabarolas, mas logo Cobardolas.
Não aprenderam com as lições.
Mas, um dia, terão que prestar contas.E a Justiça vencerá... Carlos Vale