27/06/2010

A cidade do Comendador - II

Não sei se se lembram, mas as eleições para as autarquias foram o ano passado (2009) em Outubro. Já passaram quase 9 meses.
Nessa altura, até o comendador, contra o que é seu hábito (para ele o munícipe não tem de saber o que se passa na câmara. Ele é que sabe), fazendo um favorzinho ao Zé Povinho lá ia dizendo que as obras da zona da Estação de Caminho de Ferro iriam avançar, não se sabia quando, mas avançavam. Até hoje.
Passaram as eleições e obras da estação nem vê-las. Centro Coordenador de Transportes quem o viu? Projecto para a estação, onde pára? Em resumo, o comendador não adianta nem atrasa em relação a esta questão - é como um relógio suiço. Há quem diga que ele não não é capaz de decidir. Será assim?
Entretanto, a zona indicada para a intervenção aparece assim:











Os munícipes albicastrenses têm o direito de exigir informações sobre o que se passa na câmara e quais são as intenções dos responsáveis acerca de assuntos que são fundamentais para o futuro da cidade. E o projecto da Estação é "estruturante" para a zona envolvente. Daí que a sua definição é urgente para sabermos que cidade nos querem dar.
Normalmente os projectos "estruturantes" modificam tudo e "produzem" soluções em que a matriz identitária é mandada para as urtigas. A gestão do Comendador já nos ofereceu vários exemplos. A cidade já está irreconhecível.
O que se deve fazer na Zona da Estação?
Primeiro que tudo resolver o problema do Centro Coordenador de Transportes, que já está atrasado mais de 25 anos.
Em segundo lugar, fazer pequenas intervenções, melhorando o existente e acrescentando pequenas coisas que não provoquem desequilíbrios. Sabemos que o que existe não está nas melhores condições. Precisa de uma intervenção, mas não de uma subversão pós-moderna saloia e bacoca e que não melhora a qualidade da zona.

Têm de se fazer algumas perguntas:

- Que solução se propõe para o edifício da actual estação de caminho de ferro?

- E todos os edifícios envolventes? As antigas casas do complexo ferroviário e que se degradam dia a dia? E os edifícios das oficinas?
- Que solução se pretende aplicar nas instalações da Metalúrgica?
- E os terrenos da antiga Prazol? Já há solução?
- Como se vai fazer a ligação com os dois lados da linha do caminho de ferro? O túnel que se encontra feito (ou semi-feito) é suficiente? Ou já ponderaram noutra ou noutras soluções?
- E o largo em frente da estação, ao fundo da avenida Nun'Álvares? E esta avenida? Continuam a querer descaracterizá-la?
São muitas perguntas que precisam de resposta. Mas os albicastrenses têm de dar a sua opinião que responda à pergunta: querem uma cidade melhorada, mas mantendo a sua matriz identitária ou querem uma cidade à maneira do Comendador?

1 comentário:

Anónimo disse...

Bi-comendador, se faz favor...

Tento na línguinha