19/07/2010

Mega-agrupamentos porquê

O texto que se segue é retirado de uma notícia hoje publicada em "O Público" (19/07/2010):

"A criação de grandes agrupamentos escolares que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo está em queda noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência."

Ao ler a notícia temos de ficar indignados, pois os nossos excelentíssimos governantes andam sempre atrasados. Agora que têm a oportunidade de mostrar que estão à frente dos outros em alguma coisa, querem imitar o que não presta e que os outros já puseram ou vão pôr de lado.

E são os finlandeses que o nosso primeiro tanto gosta de apresentar como referência da excelência na qualidade seja do que for; e são os americanos, que não querem escolas com mais de 400 alunos, porque as outras já mostraram que o sucesso é uma miragem; e são os ingleses que concluem que escolas mais pequenas são mais qualificadas, mais autónomas e mais humanas; e já não falo de todos os outros países que não embarcaram nesta "loucura" de agrupamentos sem sentido.

Porquê esta insistência nestes agrupamentos desmesurados? É evidente que as questões de qualidade não estão presentes nesta sanha de fechar escolas com menos de 20 alunos e criar mega-agrupamentos com 3 000 alunos. Qualidade pedagógica, autonomia, alunos e professores motivados? Isso é miragem.
O que se pretende é reduzir custos. Foi e será sempre o objectivo último deste (des)governo PS/Sócrates e do seu irmão gémeo Passos Coelho/PSD.

Ler notícia completa em:

http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/ao-contrario-de-portugal-la-fora-apostase-no-regresso-a-escolas-mais-pequenas_1447731

1 comentário:

Carlos Vale disse...

Acabei de ler a notícia. EUREKA.
Já era a minha opinião. Perguntava a mim mesmo, o porquê da imprensa não falar desta realidade em muitos países.Já era conhecido que outros países que enveredaram pelo modelo que Portugal pretende agora adoptar, estavam a abandoná-lo.
Andamos sempre ao contrário.
Finlândia, EUA, Espanha e muitos outros países já estão a mudar.
Os "espertalhões" que ponham aqui os olhos.Espero que ainda possamos ir a tempo.
Carlos Vale