03/04/2011

O PEC IV e o PS; o FMI e o PSD

O que querem fazer deste país?

O PS/Sócrates apresentou 3 PEC's para ultrapassar a crise. Alguém conseguiu ver alguma melhoria? Foi de mal a pior com cortes nos salários da Função Pública, aumento de impostos, cortes nos apoios sociais, aumento do desemprego, etc, etc, etc. Ao apresentar o 4º PEC por ordem da UE/Alemanha com mais cortes de salários, mais impostos, mais desemprego, mais miséria, mais pobreza, a situação agravou-se e foi ao ar.

O PSD/Passos Coelho já há muito tempo que anda a perfilar-se para ir para o "poleiro". Mas não tem nada de novo para apresentar. Todas as medidas dos PEC's de Sócrates foram aprovadas pelo PSD/Passos Coelho. Votou contra o PEC IV porque as medidas propostas não iam tão longe como eles queriam.

Queriam mais para os amigos. Basta dizer que a fortuna dos três mais ricos de Portugal (Belmiro, de Azevedo, Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos) aumentou o ano passado (tempo de crise) 1400 milhões de euros. A crise é para os pobres, eles engordam. A fortuna destes três "patriotas" ascende a 6380 milhões de euros, ou seja 3,6% do produto interno bruto nacional ou seja mais do que o rendimento anual de "cerca de três milhões de portugueses". Isto é uma obscenidade, já que o grande capital continua a pagar impostos ridículos.

Por outro lado o PSD/Passos Coelho continua a insistir na tecla do FMI, como a solução para o combate à crise. É sabido que a Grécia e a Irlanda tiveram de aceitar a "ajuda" do FMI e da UE. O que é que aconteceu? Segundo o jornal "SOL" "O preço das medidas de austeridade impostas pelos planos de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) à Grécia e à Irlanda estão a ter um forte impacto na vida das populações. «A ajuda externa tornou-nos mais pobres, cépticos e pessimistas quanto ao futuro. Os sonhos acabaram», diz ao SOL Afroditi Kalomari, jornalista grega residente em Atenas e membro da Federação Internacional de Jornalistas."

E a maioria dos irlandeses afirma que o pior está para vir.

Alguns gregos entrevistados afirmam:
«Se tiverem coragem, mandem o FMI dar uma volta. Se não, façam como os gregos, voltem a aprender a cultivar a terra, a organizar festas com bebidas baratas e desliguem a TV quando a publicidade começar».

A intervenção do FMI não resolveu os problemas, nem da Grécia, nem da Irlanda. Antes os agravou.

A intervenção do FMI em Portugal iria trazer à semelhança do que aconteceu nos países referidos o agravamento da crise e o aumento da pobreza e da miséria. A medida padrão do capitalismo internacional, que o FMI representa é a redução dos salários, o embaratecimento dos despedimentos, o corte nas pensões, etc, etc, etc.
Alguém tem de ganhar se os trabalhadores perdem. Quem será?
O grande capital, o grande patronato. Se há diminuição de salários, quem ganha é o .... capital.

4 comentários:

João de Sousa Teixeira disse...

Mais tudo o que deveriamos saber e não sabemos...
Sabes o que isto precisava?!
Sabes.

Abjoão

Carlos Vale disse...

Está nas nossas mãos.
A crise política e governativa, aí está, com todas as peripécias e fingimentos. Com as divergências convergentes que levaram aos sucessivos PECs acordados e viabilizados por PS e PSD, que depois esmagam os sacrificados de sempre, os que menos têm.
Com a demissão do Coverno, a pretexto do maquiavélico PEC IV, que ambos concordam, não tendo nada de novo para propor ou oferecer, preparam o prolongamento dos fingimentos com novas encenações das divergências convergentes; visando o seguimento das mesmas políticas de direita, praticadas por eles,e só por eles, ao longo de 35 anos que conduziram à situação dramática em que o país se encontra.
O que está em curso, por parte do PS, PSD, com o CDS à espreita, e, com a cavaca ajuda dos lados de Belém,é,afinal, levar à prática um PEC4, ainda mais gravoso. O PS/Sócrates, visa colocar-se no papel de vítima. O PSD,com a conversa robotizada do androide Coelho, visa uma alternância disfarçada de alternativa, sempre com o olho no "pote", com o fito de cumprir o seu turno de executante das políticas de direita, já que, nada tem do novo para oferecer. Só mais do mesmo.
Está nas nossas mãos, dar-lhes a resposta que merecem...
Carlos Vale

Carlos Vale disse...

Está em curso uma forte ofensiva ideológica, com a imprensa dominante - propriedade dos grupos que mais ganharam antes e durante a crise - a relevarem as falsas ideias da "fatalidades" e das "inevitabilidades", inculcando doses manipuladora dos "medos" com que costumam amedrontar os mais impressionáveis.
É preciso estarmos atentos.
Chegou a hora de mudar de política. Não a vamos desperdiçar. Carlos Vale

Carlos Vale disse...

Durante anos, os arautos da demagogia e da mentira, andaram por aí, a impingir europas a granel. Todas elas sempre melhores que as anteriores. A "Europa da Solidariedade", da "Igualdade", da "Liberdade", da "Democracia", da "Europa Connosco" e em pleno auge da demagogia e da mentira, o pai desses eminentes mestres da mentira, Mário Soares, sempre em contradição do que para trás foi dizendo, como é hábito, saíu-se com mais uma das suas ribombantes tiradas, a célebre "Europa dos Trabalhadores", visando convencer sectores laborais, justamente preocupados com as incidências penalizadoras para milhões de trabalhadores e suas famílias e que vivem dos fracos rendimentos do trabalho.
Preocupações justíssimas, já que, ao invés das patacoadas dos vendedores de quimeras, são hoje, óbvios, os trágicos resultados das políticas de direita dos sucessivos governos do PS,PSD e CDS-PP.
E, nem seria necessário estar imbuído de poderes mágicos, nem possuir uma catrefada de diplomas, estudos, teses e mestrados, muito menos dos que foram tirados ao domingo, para prever que o caminho trilhado levaria a um gigantesco precipício, provocando uma tragédia de consequências imprevísiveis para o país e para a sociedade.
É caso para perguntar: Aonde está a tal "Europa dos Trabalhadores"?
E as outras.
Mudar de Política, está na nossas mãos. Vamos a Isso.
Carlos Vale