08/06/2011

10 de Junho - Dia de Portugal

Toda a gente sabe (uns porque a sentem todos os dias há muito tempo, outros porque falam nela porque lhes convém para os seus objetivos) que estamos em crise e em época de austeridade. Esta da austeridade também é boa, porque, pelos vistos, só é para alguns.

Na nossa cidade, vai-se comemorar o 10 de Junho - chamado Dia de Portugal - e assistimos a um fenómeno que nega que estamos em crise. Alguns dos locais por onde vão passar os "visitantes" não vão ter prédios sujos e degradados. Levaram com uma pintura apressada e "fica tudo bem". O poder autárquico torna-se de um momento para o outro competentíssimo. Aos munícipes pede-se que colaborem com bandeirinhas nas varandas e janelas, proíbe-se o estacionamento de carros dificultando as deslocações,...

Há afirmações de que vai haver contenção de despesas,
mas eu gostava de saber o que vai acontecer ao local onde vão ser realizadas as comemorações - o Campo da Feira?






















Foi levantado todo o pavimento antigo que estava em estado lastimoso, a seguir foi todo alcatroado e vai receber as manifestações do 10 de Junho.
E depois? O que vai acontecer? Já ouvi dizer que o pavimento vai ser de novo levantado e alterado para voltar a ser adaptado a mercado. Será assim?
O que é que isto tem a ver com contenção de despesas? Aqui há crise? Há austeridade? Ou isto é uma Feira de Vaidades?

13 comentários:

Anónimo disse...

já para não falar de que poderá estar sol e alcatrão faz imenso calor, uma vez que o reflecte...
mas deve ser como diz outro autarca PS da região: "um km de estrada é uma pechincha", portanto meia dúzia de m2 não deve fazer diferença...
são estas as mentes brilhantes que nos (des)governam...

e não tinham nenhum sítio mais interessante para fazer a cerimónia?

Anónimo disse...

Para terem a mínima noção dos custos daquela "Festa" queiram consultar em www.despesapublica.com e escrever Câmara Municipal de Castelo Branco para constatarem a Brutalidade de dinheiro que vai ser esbanjado para alguns "Lordes".

A Austeridade na versão "Mourão" significa incrementar os gastos para os Capitalistas e diminuir as acções e serviços para o Povo pois convenhamos que o "Rei" nunca teve muito jeito para o desenvolvimento da Cidade mas sempre preferir esbanjar os nossos impostos em esticar ao máximo a duração das intervenções e multiplicar o número de vezes que se abre e fecha as crateras para assim justificar as suas Pérolas. E depois é o Cidadão pagador e trabalhador que fica privado do espaço para circulação, estacionamento e condução das actividades laborais que geram riqueza ao País.

Em suma, são obras com a Assinatura "Mourão" um autêntico Gulosão e Papão do suor que ele nunca experimentou...

Carlos Vale disse...

Nós já conhecemos outras estórias de eventos semelhantes, tanto dos mais recentes, como de outros bem mais antigos.
No tempo do fascismo, também se mandavam pintar à pressa edifícios das ruas por onde passavam os desfiles ou se realizavam eventos. Também se colocavam tapumes, taipais e até plácares pintados para tapar os "bairros da lata". ou seja,as misérias do regime. Pelo que se vê, há por cá, quem queira imitar ou perpetuar esses velhos truques.
É Portugal, no seu pior.
Lamentável.
Carlos Vale

Carlos Vale disse...

Por outro lado. Sem querer ser populísta. Antes, querendo ser coerente, com o período que o País atravessa, ou pior, sofre, e tendo em conta os exemplos de quem tem o dever de os dar, não se compreende que, num período onde se exigem enormes sacrifícios aos cidadãos, se gastem os dinheiros públicos em cerimónias que podiam e deviam ser evitadas.
A começar, pelas despesas da autarquia, com algumas obras que são para destruir logo na semana seguinte, e outras apenas para "disfarçar" ou "esconder" mazelas e misérias, que nada de concreto resolvem, o mal, fica lá na mesma (só que está pintado), além de outros gastos avultados. Não esquecendo, ainda, as de maior vulto, ligadas à implantação, logística, movimentações de todos os meios humanos e materiais necessários e respectivos transportes, etc. etc., da responsabilidade da Presidência da República e diversos Ministérios, certamente bastante onerosas, não se coadunam com os gigantescos sacrifícios que são exigidos ao povo português.
Esta importante e histórica data, óbviamente, devia ser lembrada e comemorada com uma singela cerimónia.
Atendendo à grave situação de crise que se vive, os exemplos devem vir de cima.
É a minha opinião.
Carlos Vale

João de Sousa Teixeira disse...

Sobra a Construção de Obras

Duradouras
Quanto tempo
Duram as obras? Tanto
Quanto o preciso para ficarem prontas.
Pois enquanto dão que fazer
Não ruem.
Convidando ao esforço
Compensando a participação
A sua essência é duradoura enquanto
Convidam e compensam.
As úteis
Pedem homens
As artísticas
Têm lugar para a arte
As sábias
Pedem sabedoria
As destinadas à perfeição
Mostram lacunas
As que duram muito
Estão sempre para cair
As planeadas verdadeiramente em grande
Estão por acabar,
Incompletas ainda
Como o muro à espera da hera
(Esse esteve um dia inacabado
Há muito tempo, antes de vir a hera, nu!)
Insustentável ainda
Como a máquina que se usa
Embora já não chegue
Mas promete outra melhor.
Assim terá de construir-se
A obra para durar como
A máquina cheia de defeitos.

Bertold Brecht, in 'Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas'
Tradução de Paulo Quintela

Abraço
João

Anónimo disse...

Deram-me, há pouco, uma notícia que me deixou varado.
Um amigo disse-me: "sabe,o varapau vai dar uma medalha à bruxa engelhada"...
Como nunca ouvi tal termo, puxei pelos neurónios e de imediato saiu-me:O quê, a Manela?
Respondeu-me: Não me diga que não sabia que é assim que a tratam, já viu aonde é que isto chegou? Francamente...
Vim a pensar, ele há cada coisa! Mas, vendo melhor e vindo de quem vem, nem surpresa é!
Sentinela da Noite

Anónimo disse...

Pois é, a Nelinha vai levar com uma grão-cruz da ordem de Cristo...

"A ordem de Cristo pode ser concedida por destacados serviços prestados ao país no exercício dos cargos que exprimam a actividade dos órgãos de soberania ou da administração pública em geral, e na magistratura e diplomacia, em particular, e que mereçam ser especialmente distinguidos."
de acordo com o site do Museu da Presidência da República)

Não percebo onde é que os serviços prestados pela referida senhora se enquadram nesta descrição, mas como o ratinho de Belém tem pontos para gastar fica muito bem numa época de contenção estar a gastar dinheiro a condecorar pessoas que só ajudaram o país a ir para o buraco onde hoje se encontra. Não digo que ela seja a única responsável, mas ninguém tem dúvidas que lhe cabe uma grande percentagem desse facto...

schingra

Carlos Vale disse...

"Quando uma série de mentiras bem embaladas foi gradualmente impigidas às massas durante várias gerações, a verdade parece inacreditável e quem a diz parece um louco".
Quem o disse foi:Dresdem James(Pensador americano)
Um pensamento que se enquadra com a situação que se vive actualmente em Portugal.
Carlos Vale

Carlos Vale disse...

Em verdade,vivo em tempos escuros!
A palavra ingénua é louca.
Uma testa lisa denota insensibilidade.
O que ri, ainda não recebeu a terrível notícia.

Quem o disse foi: Brecht
Carlos Vale

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=8QtKsw36-c4


O Cavaco devia ter visto e ouvido isto.Coitado do Interior com esta gente a governas via para décadas.

Passeio Verde disse...

http://passeioverde.blogspot.com/
agradeco seu comentario

Carlos Vale disse...

ALTO, ISTO É UM ASSALTO!

Coelho garantiu que o subsídio de Natal era intocável, que nunca seriam aumentados os impostos sobre rendimentos de trabalho. Afinal, vai subtraír metade do subsídio de Natal a quem trabalha.
Disse que "a nossa peocupação(PSD) não é levar para o Governo amigos, colegas ou parentes". Pois não, é só ver as centenas de nomeações de "boys" com aqueles pomposos nomes já tão familiares de outras épocas douradas. O caso da CGD é escandaloso, porque passou de 7 para 11 administradores e por ser aquele em que 11 amigos do coração do Governo, do PSD, e de Cavaco Silva foram contemplados. Um verdadeiro regabofe. Eles são rebelos,penedas,campelos,menezes, sarmentos, resendes, nogueiras, santanas, queirós, queiró, pinheiros,sá carneiros, vilalobos, amarais, thomás, leites e etc.
Pomposos e às pázadas, tal como os Pinóquios...
Mas o escândalo não pára. Agora é a TSU, ou seja baixar a taxa das empresas para a Segurança Social de 23,75 para 19,75%, mas a "troika" quer mais. À cautela, o Governo avança com o aumento do IVA de 6% para a taxa máxima de 23%nas facturas electricidade e do gás, precisamente na época em que se consome mais energia, que é no INVERNO. Um aumento escandaloso de 283%. Não há memória de uma medida tão desastrosa como contraditória. Com efeito, baixa-se a TSU com o argumento de baixar os custos de produção, quando ao mesmo tempo, se aumenta o custo de outro factor de produção tão importante como a energia. Uma acção tão estapafúrdica que os próprios empresários manifestam o seu espanto. E nada disto coloca de parte a intenção do Governo aumentar, na mesma, os escalões do IVA.
Depois há o facto de as empresas que mais vão benficiar com a baixa da TSU serem empresas como os bancos, seguradoras, construtoras, PT, EDP, GALP e CTT, que não são propriamente as mais exportadoras, bem pelo contrário.
Um verdadeiro assalto aos bolsos dos trabalhadores, para oferecer directamente, milhares de milhões de euros aos ricos.
Carlos Vale

Carlos Vale disse...

ALTO, ISTO É UM ASSALTO!

Além do mais, o mercado interno está em queda permanente. O poder de compra está nos níveis mais baixos de sempre.
Os consumidores internos compram cada vez menos, alguns nem compram nada, porque nada têm. Recorrem a instituições de caridade.Uma coisa que o Estado ladrão quer institucionalizar. É escandaloso ver quem trabalha dignamente não ganhar o suficiente para alimentar a sua familia. Uma vergonha que revela a enorme injustiça que há na distribuição da riqueza em Portugal. Uma das piores da UE. Um retrocesso civilizacional sem procedentes!
Em três anos o IVA passou de 20 para 23%,o que acentuou a perda do poder de compra e a que se juntou o aumento dos juros. O desemprego aumenta e não vai parar. Sobe o tom do descontentamento. Quem pensa e diz que há um sentimento de compreensão está redondamente enganado. A indignação e a revolta aumenta a cada dia que passa. Com a chegada do efeito das medidas escandalosas as pessoas vão reagir e manifestar-se. Não se iludam, a luta vai ser dura.
O Governo dá milhares de milhões aos ricos, à custa dos mais pobres. Dá 12 mil milhões de euros à banca e mais 35 mil milhões de garantias futuras. Assim como, mais uns milhões da TSU aos patrões. tudo à custa da sobrecarga dos impostos e dos serviços sobre os débeis rendimentos dos trabalhadores.
Vivemos uma crise violenta, imposta por bandos de gananciosos malfeitores à escala planetária de contornos e consequências desastrosas. Os seus mentores são mestres do disfarce, têm os mais sofisticados meios para mascarar as suas actividades criminosas que levaram o mundo ao estado de crise em que se encontra. Vivem faustosamente, pertencem à alta sociedade, boa aparência, vestem bem, possuem meios próprios de projecção de imagem e "apoiam" instituições de caridade. Dão com uma mão o que tiram com as duas... Embora paguem mal aos trabalhadores, rodeiam-se de técnicos e políticos próximos ou no poder, a quem pagam principescamente e que são transformados em homens de mão dos seus lucrativos "negócios" de milhares de milhões de dólares ou euros, tanto faz, desde que fiquem em bom recato. Mas, se correrem mal, são capazes das coisas mais horríveis ...
Já os viram. Bem vestidos, com gravata, ou sem ela, porque é verão. Estão a vê-los? Sim são esses, os que dizem uma coisa e fazem outra. Os que tiram aos pobres para dar aos ricos. A seu tempo, chegará o seu fim.
Carlos Vale