02/07/2009

O Interior também é Portugal

Hoje, dia 2 de Julho, "uma delegação de 100 representantes dos trabalhadores do distrito de Castelo Branco" deslocou-se a Lisboa para ser recebidos pelo 1º Ministro que "foi eleito pelo Distrito mas que nunca dele se lembrou."



















Nos 4 anos que José Sócrates leva de mandato, só agora, no dia 28 de Junho, é que visitou o distrito na qualidade de 1º Ministro e mesmo assim de forma sorrateira, para não ser confrontado com as exigências das populações e dos trabalhadores.

"A União dos Sindicatos de Castelo Branco/CGTP-IN, logo que soube desta deslocação trapalhona ao Distrito, reiterou um pedido de reunião de trabalho com o Senhor 1º Ministro para com ele analisar a Situação Económica, Social e Laboral do Distrito e as medidas a implementar. Este pedido já foi formulado por diversas vezes sem nunca ter tido acolhimento."
Foi nesse sentido que a delegação de trabalhadores se deslocou hoje a S. Bento já que "Se Maomé não vai à Montanha Trazemos a Montanha a Maomé", tendo em atenção a gravidade dos problemas que afectam o distrito, os seus trabalhadores e populações:
  • O aparelho produtivo está a ser destruído, as EMPRESAS estão a encerrar e o DESEMPREGO, a PRECARIEDADE e os DESPEDIMENTOS não param de aumentar.
  • Aumenta o número de trabalhadores com salários em atraso e o número de empresas que recorrem ao processo de insolvência.
  • O distrito está envelhecido, desertificado e está económica e socialmente deprimido. OS JOVENS SÃO FORÇADOS A SAIR DO DISTRITO.
  • Os Salários, as Pensões e os Subsídios de Desemprego são inferiores à média nacional e a POBREZA AUMENTA.
  • Os Direitos Laborais são diariamente violados e aumenta o recurso ao Lay-off.
  • O governo encerra Serviços:
  1. Em três anos fechou 71 escolas e este ano poderão fechar mais 30 do 1º ciclo.
  2. Encerrou as Urgências Hospitalares do Fundão e sobrelotou as da Covilhã e fechou Extensões de Saúde nas aldeias e mantém na mira as Maternidades.
  3. Deixou fechar Postos dos Correios e ameaça fechar Tribunais.

















Como o Interior também é Portugal a USCB/CGTP-IN exige um Plano de Emergência para o Distrito:
  • A defesa do aparelho produtivo existente e dos postos de trabalho e a criação de emprego com direitos;
  • Dar prioridade ao investimento nos sistemas produtivos locais;
  • A diversificação das actividades económicas e o apoio às micro, pequenas e médias empresas;
  • A qualificação e formação profissional de trabalhadores e empresários e as políticas de inovação, investigação e desenvolvimento.

De todos os partidos, grupos parlamentares, instituições que a USCB contactou apenas o PCP agarrou as preocupações dos sindicatos de Castelo Branco e apresentou na Assembleia da República um Projecto de Resolução para um Plano de Emergência para o distrito de Castelo Branco que vai ser votada amanhã, dia 3 de julho e cujo texto pode ser lido aqui.

1 comentário:

Carlos Vale disse...

Para que o distrito não esqueça. Sócrates e o PS "borrifaram-se" para o interior que prometeram defender.
Este cantinho abandonado está com indíces cada vez mais baixos, relativamente às médias nacionais.
Entretanto, confrontados com um Plano de Emergência para o distrito de Castelo Branco, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP,na Assembleia da República,
absolutamente necessário para uma região deprimida como é a nossa, os deputados do PS votaram contra, incluíndo os 4 deputados(PS) eleitos no distrito.
Ou seja,os deputados do PS eleitos no distrito estão contra a resolução dos problemas que afectam a vida das populações.
É um alerta para os cidadãos deste interior desertificado.
As pessoas que ocuparam estes lugares de deputados não são merecedoras da confiança e do voto dos eleitores do distrito.
Estas pessoas ou outras que venham substituí-las como candidatas nas listas do PS no distrito, não merecem o voto das populações.
Merecem, antes, um rotundo NÃO.
Mais uma vez fica demonstrado que a CDU é quem melhor defende os direitos das populações.
Carlos Vale