14/07/2009

As espécies hibernadoras

Quando as eleições se aproximam aparecem sempre algumas "espécies" que hibernaram durante 4 anos. E são:
  • as "múmias políticas" que aparecem por via de algumas "folhecas" que lhes dão a palavra para interferir "democraticamente" na opinião dos cidadãos.
  • temos também as "vacas sagradas", que durante 4 anos andaram caladas e agora, antes que alguém se lembre de os confrontar com as suas opções, vá de se apresentarem como "reserva moral" para não terem de assumir compromissos. Em suma, nunca fizeram nada e nem farão, mas estão lá, à espera que o tempo passe...
  • mas, ainda há, as "virgens intocáveis" ou, como diz um amigo meu, as "virgens ofendidas", que andaram durante dezenas de anos a votar nos mesmos de sempre, que os enganaram e nos enganaram, que vêm agora dizer que não vão votar mais, porque são todos iguais. É claro que não são todos iguais e eles sabem-no muito bem. Não querem é admitir que é preciso mudar esta gente, que já fez mal que chegue a este pobre povo.
Agora vou contar uma história, que me parece edificante:
Há muitos anos, houve um Reino que foi governado por um suserano,


que a partir de certa altura deixou de ter o reconhecimento do povo e as qualidades que aparentou ter foram desaparecendo e o povo começou a desconfiar da forma como governava e na primeira oportunidade foi substituído por outro suserano.
Os agentes do novo senhor viram todas as contas, leram todos os papéis, analisaram todos os contratos,... do anterior e descobriram coisas que punham em causa o seu reinado. Foi convocado pelo novo suserano que o confrontou com as suas tropelias. Mas, como quem tem telhados de vidro é preciso estar prevenido, não vamos "nós" precisar também, mais tarde, de uma ajudinha, em troca de uma declaração pública de apoio, feita periodicamente, guardamos silêncio e as tropelias ficam esquecidas numa gaveta dos arquivos para as gerações futuras.
Digam lá se este "Reino" não funcionava bem?

6 comentários:

Anónimo disse...

Se não me engano esta história tem um fundo de verdade... e agora até se aprovam uns aos outros...

José do Telhado disse...

Não tenham dúvidas.
Tem mesmo um fundo de verdade.
Um fundo e grande.
Eles seguram-se uns aos outros.
É a atracção dos corpos. Percebem?
É que, se assim não for, tombam que nem tordos.
São anos de experiência e ronha, muita ronha.
Percebem...
José do Telhado

João de Sousa Teixeira disse...

Olha dois aforismos que eu sei:
"A Morão o que é de César; a César o que é de Morão"
"Diz-me com quem andas, dir-te-ei
quem és"

Abraço
João

Anónimo disse...

Aqui há gato...
Uma cena a três.
Local: Paços do Concelho
As portas estão encerradas há quase meia hora.
"Alomba",figurão sempre pronto a fazer o mais inacreditável dos fretes,depois de uma conveniente espera para dar tempo à saída do pessoal, entra finalmente.
À espera dele estão "Manobras" e o ex-Kaiser "Xé-Xé".
"Manobras" diz-lhe: "Alomba" tal como estava planeado, carrega lá
com a entrevista do "Xé-Xé" e vamos ver se há alguns arranjos a fazer.
"Xé-Xé", por sua vez diz: para dar a ideia de que estou bem informado e ainda tenho planos para o futuro da nossa City,não acham que era mais útil que aquela genial e fabulosa ideia,aqui do "Manobras", acerca do terreno junto à zona-industrial em que desafiamos uma cadeia hoteleira a fazer o hotel e o campo de golfe, parecer que é ideia minha?
"Manobras", entusiasmado exclama:
genial e fabuloso és tu meu caro "Xé-Xé".É precisamente aquele toque de veracidade que faltava.
Assim ninguém desconfia do que aqui se preparou.
"Alomba", mudo de surpresa e de tal modo babado de admiração já só pensava num final digno do brilho da entrevista,disse.
Então, o melhor final, é o "Xé-Xé"
rematar com esta frase: "É uma ideia sobre a qual o actual presidente ainda não desistiu".
Genial "Alomba",Genial, disseram em uníssono, "Manobras" e "Xé-Xé",
hoje estamos imparáveis!
Epígolo:
Com aquele final genial, "É uma ideia sobre o qual o actual presidente ainda não desistiu".
Estragaram tudo...
Gato escondido com rabo de fora...
Pavlov

Anónimo disse...

A História, quase se repete...
É uma pena, como se utiliza o bem público, sendo certo, que a "intelligentia" não paira muito por aí além, nestas cabeças. E, porque não convivem muito bem com
argumentação "a contrario sensu". Sabem sim, exibir, vaidades em pasquins locais fazendo esmorecer a atitude nobre, que é servir o outro.
Qual outro?
O outro é cada um, de per si, que procura ostentar esta tão própria capacidade de argumentação sem lógica, quiçá, na metamorfose do lobo, que se vai transvertir de cordeiro. Repete-se a fábula e, Esopo, mais uma vez faz-se presente.
É um pouco, aquela ideia tão propalada de Roma até à Península Ibérica: "... não governam, nem se deixam governar.
E, até, quando, meus senhores?
Sentindo-se na carne um povo a sofrer.Ora, meus senhores, não foi para isso, que numa manhã de Abril, o Povo acreditou ingenuamente.
Somos mesmo pobres de carteira e, principalmente de Cultura. Será este o nosso fado?

Anónimo disse...

A semana passada houve mais excursões realizada pela autarquia Desta vez, foi à Nazaré.
O mais grave é que os funcionários da autarquia fizeram propaganda descarada ao Morão/PS.
Com o nosso dinheiro.
Esta excursões fazem parte de um plano previamente estudado para coincidir perto das eleições.
Isto merece queixa à comissão nacional de eleições.
Não sei se os todos os partidos sabem. Mas isto é público. São os próprios que lá foram que dizem e vieram indignados.
Vamos lá fazer alguma coisa, que isto é uma vergonha.
Com o nosso dinheiro?
Onde isto chegou.
Morão... Jorge Neves...Foi tudo preparado...Isto é condicionar o voto de forma vergonhosa e nada digna de quem está a usar dinheiros de todos nós para fazer campanha pessoal e partidária.
Isto é violar as regras do jogo.
Um escãndalo