24/02/2011

As obras da Estação do Caminho de Ferro - A Metalúrgica

Que destino para a Metalúrgica? E a sua chaminé?

O espaço envolvente da estação vai certamente aguçar o apetite de alguns "patos bravos", quer pela localização do espaço, quer pela sua dimensão.
De entre os espaços a considerar há a referir as instalações da Metalúrgica, que poderia ser o local de implantação do Centro Coordenador de Transportes ou, com outro nome, o Terminal Rodoviário. Sabendo que o espaço já mudou, pelo menos, que eu saiba, duas vezes de dono e que, para ter a utilização referida, teria de ser adquirido pela câmara, o que não me parece curial pelas verbas que seriam envolvidas. Além disso, o espaço que já foi escolhido está perfeitamente adequado e já pertence à câmara.
Além do espaço que corresponde à Metalúrgica existem outros espaços de casas ou armazéns pertencentes à CP. Não se pode e não se deve avançar com uma solução para a zona sem os considerar. Eles são bem apetecidos. Compete à câmara definir a sua utilização, através de um plano de pormenor. A especulação anda a rondar.










Mas também nos interrogamos: que destino para a sua chaminé? Esta enorme chaminé também é um ícone desta cidade. Seria uma pena que deixasse de se ver vista porque foi triturada por outros "interesses".

2 comentários:

João de Sousa Teixeira disse...

É nestes nichos urbanos que se vêem as misérias domésticas.
Quanto à chaminé, atenção, mora lá "gente"...

Abjoão

Carlos Vale disse...

Lembro que nas imediações da Metalúrgica há mais três chaminés que deviam ser enquadradas em qualquer projecto a aprovar.
Em Madrid, perto da Praça "Portas de Toledo" foram recuperadas várias chaminés de fábricas que ali existiram. Isto em Madrid, com o património valioso e colossal que se conhece. Mas que tudo faz para manter a sua memória.
Como dizia Italo Calvino no livro "As cidades Invisíveis":
"Mas uma cidade não conta o seu passado, contém-no como as linhas da mão, escrito nas esquinas das ruas, nas grades das janelas, nos corrimões das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos postes das bandeiras, cada segmento marcado por sua vez de arranhões, riscos, cortes e entalhes."
E de "chaminés", direi eu...
Carlos Vale