06/03/2011

As Scuts, o governo PS/Sócrates, o PSD e as portagens

Quando corremos com eles?

Os partidos que têm desgovernado este país há 35 anos acompanhados, por vezes, do CDS perderam completamente a vergonha. Agora até já dizem que não fizeram o que fizeram. Quem fez foram eles, os outros...
Os responsáveis do PS/Sócrates só introduziram as portagens na A23 e na A25 pela voz de Sócrates porque foram obrigados a "negociar e a obter um compromisso" com o PSD. Os PEC's e o Orçamento de Estado não têm a mãozinha de Teixeira dos Santos, ministro de Sócrates. Coitados, eles até nem queriam continuar a marginalizar o interior. O interior está sempre no seu coração ... Esquecem-se é de tomar medidas para estimular o seu desenvolvimento, que durante décadas foi sempre esquecido.
Os outros, esses, aqueles que quando falam no interior ou no exterior têm sempre na mente a maneira de continuarem a enganar o Zé e o seu objectivo é irem para o governo para o lugar dos outros. Já estão a ver de quem se trata, os patriotas dos social-democratas, os do PSD. Eles até nem apoiaram as medidas do governo PS/Sócrates. Primeiro dizem que o utilizador deve ser pagador e agora dizem que a culpa é só de Sócrates.
As medidas que conduziram ao "desvario governativo" e as medidas de austeridade que conduziram ao esbulho dos salários dos funcionários públicos, à eliminação das prestações sociais, ao aumento de impostos, ao despedimento de professores, ao encerramento de milhares e milhares de pequenas e médias empresas, ao aumento do desemprego, à desvalorização dos jovens e à hipoteca do seu futuro,... isto tudo e muito mais não é o que eles se preparam para continuar a fazer e piorar se o povo português não abrir os olhinhos?

2 comentários:

Carlos Vale disse...

Cartaz eleitoral do PS em 2005:
"Não às Portagens".
Palavras de Sócrates à Lusa em 30 de Setembro de 2006:"A A-25, que a partir de hoje liga Aveiro a Vilar Formoso, não terá portagens pagas pelos utilizadores até a região que atravessa atingir os indicadores socioeconómicos do resto do País"
Afirmou aínda: "É uma forma de solidariedade nacional para com o desenvolvimento do interior". E mais: "Se esta região do interior do país tivesse indicadores de desenvolvimento iguais à média nacional não havia motivos para não ter portagens pagas".
Podemos lembrar, aínda, a página 26do Programa deste Governo:Quanto às Scut, deverão permanecer como vias sem portagem, enquanto se mantiverem as duas condições que justificaram, em nome da coesão nacional e territorial:i)localizarem-se em regiões cujos indicadores sejam inferiores à média nacional;e ii)não existirem alternativas de oferta no sistema rodoviário".
Podiamos estar o dia todo a lembrar outras declarações iguais, que não esgotaríamos o reportório. É hoje claro que faltando à palavra dada e aos compromissos que assumiu, decidiu impor o pagamento de portagens. Ignorou, um a um, os critérios que ele próprio tinha estabelecido. Ignorou a não existência de vias alternativas. Ignorou que o tempo do percurso alternativo não pode ser superior a 1,3 vezes ao tempo do percurso Scut.(no caso da A-23não há alternativa).Ignorou que o poder de compra per capita da maioria dos concelhos servidos pelas A-23, A-24 e A-25 fica muito distante do 90% da média nacional. Escamoteou que os estudos encomendados pela Estradas de Portugal recomendam claramente que não sejam introduzidas portagens nestas Scut. Pelo contrário, as portagens agravam os indicadores actuais e aumentam o custo de vida e causam dificuldades às empresas. Mais,o preço que vai ser aplicado, é superior ao que é aplicado na A-1qie liga Lisboa ao Porto!
Tudo isto é revelador de como Sócrates e Governo mentiram ao país.Na hora das eleições prometem e depois dão o dito por não dito.
Mentem e enganam despudoradamente. Para esta gente,qual é o valor da palavra dada?
Não merecem confiança.
Carlos Vale

Carlos Vale disse...

Ainda a propósito das Portagens na A-23 e, do dito pelo não dito de Sócrates e Governo PS, vou lembrar declarações de alguns presidentes de Câmara do PS no distrito de Castelo Branco PS:J.Morão, Castelo Branco,"A nossa posição é muito clara:somos contra. Quando a auto-estrada foi construida foi-nos dito que não teria portagens.Esta auto estrada é fundamental para o repovoamento e desenvolvimento do Interior. Porem-lhe portagens é andar para trás.Seremos novamente penalizados.E,nessa circunstância, a perspectiva de melhoria que a auto-estrada nos trouxe pode ficar seriamente comprometida".
Álvaro Rocha,Idanha:"Não devem ser os residentes a ser desciminados positivamente, mas, sim, a região. O surgimento das portagens não ajuda a desenvover uma região que quer impor-se pelas suas belezas paisagísticas no campo do turísmo. E, por isso mesmo, representa um passo atrás. A questão já parecia arrumada. A confirmar-se o cenário de portagens, verificar-se-á a contestação de toda esta região". Maria do Carmo Sequeira,Vila Velha de Ródão: "Lamento que o Governo não assuma as suas responsabilidades. Que diga hoje uma coisa e, amanhã, exactamente o contrário. isso é lamentável. As pessoas,e especialmente os autarcas não podem ser complacentes com um comportamento que revela falta de consideração pelas populações, nomeadamente da Beira Interior. Para quem conhece a realidade de um concelho como o meu esta ideia é imcompreensível. Há mais de um ano que digo que não foi construída a via paralela à A23que pudesse ligar as populações. Não é com uma estrada onde nem um tractor passa que se dá uma alternativa às pessoas. Primeiro construam as alternativas-que já deviam estar feitas-e depois então pensem nessa ideia. Nem sequer aceito o facto de se falar sobre isto, quando essas alternativas não estão asseguradas"
(Povo da Beira 14/9/2004)
São palavras que a maior parte dos cidadãos subscrevem hoje, porque são actuais. Mas, os cidadãos atentos, constatando o silêncio sepulcral actual, perguntam:
Se os pressupostos de ontem, estão
absolutamente actuais, qual é a razão porque essas vozes estão caladas? Qual o porquê deste silêncio? Será que engrossaram as fileiras ´dos que dizem uma coisa hoje e amanhã o contrário`?
Parece não haver dúvidas...
A mentira é uma epidemia que mina os alicerces da sociedade.
O desastre está à vista.
Carlos Vale