Pode o abate de árvores não ser censurado?
Pensei não voltar a este assunto. No entanto, os últimos acontecimentos obrigam-me a que diga alguma coisa. Que acontecimentos foram esses?
Aconteceram vários cortes de árvores na e à volta da nossa cidade, além do corte do santuário da Sra. de Mércules que motivou o primeiro post acerca do assunto neste blog e que a seguir desencadeou um movimento de crítica e repúdio da barbárie cometida, sem que os responsáveis aparecessem publicamente a assumir o facto. Até o jornal da paróquia apenas noticiou o evento passadas quase três semanas depois de este blog ter falado pela primeira vez no assunto. Pudera! Têm culpas no cartório. E ainda por cima afirmando que as árvores não eram de espécies protegidas nem eram "centenárias" e como tal podem abater-se que não fazem falta nenhuma. E está tudo dito.
- Corte na ESAL (Escola Secundária Amato Lusitano) com justificação de que as árvores estavam a prejudicar as canalizações da escola; era necessário o seu abate para ampliar a escola e algumas eram eucaliptos. Aqui ficam algumas imagens e quem ler faça o seu juízo.
- Corte e substituição na estrada que vai para os Escalos de Baixo, a seguir ao cruzamento do Lanço Grande.
- Corte na antiga estrada que liga Castelo Branco a Alcains, na zona do parque de campismo e ribeira da Líria. Aqui fica uma imagem das obras no local (voltaremos a este assunto).
Depois destes factos impõe-se que se diga o seguinte:
- O ideal seria que nunca fosse necessário protestar por acontecerem este tipo de barbáries; não é aceitável a resposta do presidente da câmara, o sr. Morão/PS, que afirma que o abate de árvores não é importante, porque se plantam muitas outras em sua substituição. Como se fosse a mesma coisa, plantar uma árvore nova que leva muitos anos a fazer-se e matar árvores feitas com muitas dezenas de anos. Não há diferença nenhuma!
- O ideal seria que apenas fosse necessário levantar a voz com uma intenção meramente preventiva: tentar impedir a execução destas acções, salvando assim muitas árvores e bens patrimoniais que devem ser preservados para memória futura;
- É claro a destruição exige protesto para que os responsáveis não se esqueçam de que ainda há cidadãos atentos, os quais não prescindem do seu direito de cidadania, e que pretendem mesmo perturbar-lhes as consciências!
Este assunto já foi tratado neste blog. Basta clicar aqui.
3 comentários:
A paróquia, o seu jornal e alguns funcionários bem tentam disfarçar.
Muito feio, foi o abate.
Feia, foi a explicação.
Muitas luas depois, lá deram um sinal. Mal e porcamente.
Não havia necessidade...
Não se esqueçam, que é pecado.
Já sabemos, os pecados sobram sempre para os outros.
Sentinela da Noite
Talvez até nem fossem árvores... Nós é que, à força das querermos/crermos lá, julgámos tal.
Mas não. Porém, como não queremos nem cremos em quem as mandou cortar, talvez possamos fazer um esforço, ignorá-los, e cortá-los pela raiz. De vez.
Abjoão
Quero dar os meus parabéns ao autor deste blog por informar destas babáries.
Não devemos ignorar tamanha falta de sensibilidade ambiental. Então qual é a justificação? Mas há justificação? Estou deveras revoltado e acho lamentável que tal tenha acontecido. Não sei se seria caso para reportar a alguns canais dos media.
Fico triste, esta situação deixa-me triste.....
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