16/03/2011

As árvores da Sra. de Mércules

Pode o abate de árvores não ser censurado?

Pensei não voltar a este assunto. No entanto, os últimos acontecimentos obrigam-me a que diga alguma coisa. Que acontecimentos foram esses?

Aconteceram vários cortes de árvores na e à volta da nossa cidade, além do corte do santuário da Sra. de Mércules que motivou o primeiro post acerca do assunto neste blog e que a seguir desencadeou um movimento de crítica e repúdio da barbárie cometida, sem que os responsáveis aparecessem publicamente a assumir o facto. Até o jornal da paróquia apenas noticiou o evento passadas quase três semanas depois de este blog ter falado pela primeira vez no assunto. Pudera! Têm culpas no cartório. E ainda por cima afirmando que as árvores não eram de espécies protegidas nem eram "centenárias" e como tal podem abater-se que não fazem falta nenhuma. E está tudo dito.
- Corte na ESAL (Escola Secundária Amato Lusitano) com justificação de que as árvores estavam a prejudicar as canalizações da escola; era necessário o seu abate para ampliar a escola e algumas eram eucaliptos. Aqui ficam algumas imagens e quem ler faça o seu juízo.
























- Corte e substituição na estrada que vai para os Escalos de Baixo, a seguir ao cruzamento do Lanço Grande.
- Corte na antiga estrada que liga Castelo Branco a Alcains, na zona do parque de campismo e ribeira da Líria. Aqui fica uma imagem das obras no local (voltaremos a este assunto).

Depois destes factos impõe-se que se diga o seguinte:

- O ideal seria que nunca fosse necessário protestar por acontecerem este tipo de barbáries; não é aceitável a resposta do presidente da câmara, o sr. Morão/PS, que afirma que o abate de árvores não é importante, porque se plantam muitas outras em sua substituição. Como se fosse a mesma coisa, plantar uma árvore nova que leva muitos anos a fazer-se e matar árvores feitas com muitas dezenas de anos. Não há diferença nenhuma!

- O ideal seria que apenas fosse necessário levantar a voz com uma intenção meramente preventiva: tentar impedir a execução destas acções, salvando assim muitas árvores e bens patrimoniais que devem ser preservados para memória futura;

- É claro a destruição exige protesto para que os responsáveis não se esqueçam de que ainda há cidadãos atentos, os quais não prescindem do seu direito de cidadania, e que pretendem mesmo perturbar-lhes as consciências!

Este assunto já foi tratado neste blog. Basta clicar aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

A paróquia, o seu jornal e alguns funcionários bem tentam disfarçar.
Muito feio, foi o abate.
Feia, foi a explicação.
Muitas luas depois, lá deram um sinal. Mal e porcamente.
Não havia necessidade...
Não se esqueçam, que é pecado.
Já sabemos, os pecados sobram sempre para os outros.
Sentinela da Noite

João de Sousa Teixeira disse...

Talvez até nem fossem árvores... Nós é que, à força das querermos/crermos lá, julgámos tal.
Mas não. Porém, como não queremos nem cremos em quem as mandou cortar, talvez possamos fazer um esforço, ignorá-los, e cortá-los pela raiz. De vez.

Abjoão

El Che disse...

Quero dar os meus parabéns ao autor deste blog por informar destas babáries.
Não devemos ignorar tamanha falta de sensibilidade ambiental. Então qual é a justificação? Mas há justificação? Estou deveras revoltado e acho lamentável que tal tenha acontecido. Não sei se seria caso para reportar a alguns canais dos media.
Fico triste, esta situação deixa-me triste.....