O ministro Miguel Macedo esteve ontem (dia 23 de setembro) em Campia (concelho de Vouzela) para inaugurar o novo quartel da secção dos Bombeiros de Vouzela. Além de outras "bocas", afirmou que "Portugal não pode continuar um país de muitas cigarras e poucas formigas".
Se analisarmos o comportamento deste governo, chegamos à conclusão que é uma orquestra de cigarras e o ministro Macedo revelou-se um exímio executante. Não tendo realizado qualquer obra significativa, porque o governo tem passado o tempo a "inventar" medidas para efectuar roubos nos salários, nas pensões e reformas de quem trabalha, até uma pequena obra de alguns milhares de euros lhe serviu para tentar mostrar que anda a trabalhar. A obra em causa era de suma importância para as populações e os Bombeiros de Campia (Vouzela) porque a sede antiga era um "casarão" sem condições, onde trabalharam durante 25 anos.
Contudo, a presença do ministro Miguel Macedo no acto de inauguração foi completamente inútil (a festa seria certamente mais alegre se ele não estivesse presente) e revelou que ele próprio é uma cigarra (sem ofensa para o bicho) ou cega-rega como dizem na minha terra, que em vez de produzir algo em benefício do país e do povo tem-se limitado a destruir, a empobrecer os trabalhadores, o povo e o país com a aplicação do Pacto de Agressão da Troika Internacional. A sua presença não contribuiu em nada para melhorar a vida das populações. Limitou-se a gastar dinheiro do orçamento na deslocação, com os carros, a segurança efectuada pela GNR e também os gastos do beberete,... Se não fosse lá, a obra começava a funcionar sem qualquer precalço e despesas.
Curiosamente, o ministro Macedo acabou por não cumprir o objectivo da sua deslocação: "esqueceu-se" de descerrar a placa de inauguração do novo edifício, onde se referiam os 25 anos da secção de Campia. Saiu à pressa do edifício, meteu-se no carro e "zarpou" e a placa ficou tapada. Nem a inauguração ficou completa, o que também revela o grau de "competência" desta gente.
Talvez o ministro Macedo tenha ficado perturbado pela contestação de duas ou três dezenas de elementos das comissões Contra as Portagens na A25, na A24 e na A23, que fizeram ouvir com veemência o seu protesto contra a as portagens, que conduzem ao empobrecimento do interior, ao aumento do desemprego e à desertificação.
Eu estive lá.
*Cega-rega - regionalismo, que na minha terra significa cigarra, alguém que só fala e não faz nada, não produz nada.
1 comentário:
Pois é assim! Já tivemos picaretas falantes, pinóquios trapaceiros, aldrabões de todo o género e feitio, falas-barato (barato para eles, entenda-se, que a nós bem dispendiosos nos têm ficado!) e vendilhões de promessas, mais que as mães. Faltava-nos uma cegarrega para completar o zoo, que me perdoem todos os animais.
Quanto a obras, só destruição! Não me admira nada que precisem dum quartel de bombeiros (respeitável que seja) onde o diabo perdeu as calças para virem com todo o aparato cortar a fita e gastar o dinheiro que dizem não ter quando se trata de reivindicações dos trabalhadores.
Quanto a não ter puxado a guita da bandeira, tenho uma suspeita: deve ter pensado que se tratava do autoclismo e teve medo de se borrar todo.
Abraço
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