12/01/2009

"Temos que mudar Portugal"

Hoje fui surpreendido com este título num jornal. Despertou-me a curiosidade, porque uma frase aparentemente anódina tem um valor diferente, dependendo de quem a profere.

A afirmação do título "Temos de mudar Portugal" passar-me-ia despercebida se quem a proferiu não tivesse ocupado o cargo de Presidente da República durante oito anos, não tivesse sido Presidente da Câmara de Lisboa e não tivesse ocupado outros cargos de natureza política de elevada responsabilidade.

As pessoas não podem esquecer-se daquilo que fizeram ou não fizeram durante muitos anos.
Esqueceram-se de mudar o que estava mal quando puderam. O partido a que pertence o autor da afirmação está actualmente no poder. O que tem feito para melhorar a vida dos portugueses que vivem do seu trabalho?

As pessoas não podem esquecer-se que durante muitos anos se recusaram ouvir os que pensavam de forma diferente e propunham soluções diferentes. Hoje, muitas dessas propostas já são boas. Que tempo perdido!

Claro que é preciso mudar Portugal, acabar com a miséria, com a pobreza, com as desigualdades sociais,... Para isso é preciso mudar de política, acabar com a política dos governos que nos têm desgovernado e dar lugar à esquerda coerente, à esquerda que não trai os trabalhadores e o povo. Fazer uma verdadeira política de esquerda.

1 comentário:

Anónimo disse...

DIFERENÇA DOS TEMPOS



Resumo: Isto é uma fantochada. Tudo isto é casca. Não temos políticos com conteúdo. Tudo isto enoja qualquer cidadão. Cada coisa tem o seu tempo. Acho que as crianças têm de começar a saber ler, escrever, contar e entender. E depois é que vão para os Magalhães. Aquilo que se está a conseguir com as nossas crianças é entregar-lhes estes caixotes que felizmente eles vão destruir depressa. Tudo isto para mim é um nojo. A política em Portugal é cada vez mais um nojo, aquilo a que o Radael Bordalo Pinheiro chamava a grande porca. Eu diria, para actualizar, a grande porcaria. Tenho o maior e mais progressivo desprezo por quase todos estes políticos. Parecem daquelas santolas que há uma época que só têm casca, não têm conteúdo. É assim que nós estamos na política: santolas só com casca. Quando eu estive no governo e felizmente fomos mandados embora, oferecemos ao Mário Soares um quadro. Ouvi dizer que recentemente ofereceram ao primeiro-ministro um fato. É a diferença dos tempos.