24/04/2009

Este país perdeu toda a credibilidade

A imagem que os cidadãos têm dos políticos, em geral, e do poder, em particular, é profundamente negativa. Tenho, no entanto, de fazer uma ressalva. Tal como há entre os cidadãos comuns muitas pessoas honestas, sérias e responsáveis, também há na classe política, homens Desinteressados, Honestos, que trabalham para a melhoria das condições de vida dos portugueses, falam verdade, procuram servir e não servir-se.
Não podem os portugueses procurá-los naqueles partidos que durante 30 anos andaram a enganar-nos. Esses, toda a gente conhece. Procurem-nos, que eles existem.
Recentemente aconteceram algumas coisas que dão uma imagem da falta de credibilidade, mesmo de imoralidade que grassa no nosso infeliz país.
Não falo do Freeport, não falo do processo Casa Pia, não falo dos autarcas corruptos que por aí se pavoneiam,...
Falo daqueles políticos que deviam entregar a declaração dos seus rendimentos no Tribunal Constitucional e que a isso eram obrigados, mas "esqueceram-se" ou preencheram de forma incompleta o documento, escondendo os rendimentos (Porquê?) e não lhes aconteceu nada. No entanto, cerca de 120 000 reformados, que ganham menos que o salário mínimo (450 euros por mês) e que não conheciam a lei, vão ter de pagar uma multa de mais de 100 euros por não terem entregue a declaração do IRS. Isto só tem um nome: É IMORAL.
Todos temos assistido aos chamados "crimes de colarinho branco", vulgo desvios de dinheiro feitos por vigaristas engravatados. Temos visto que muitos deles nem sequer vão a tribunal e outros se são condenados ficam com pena suspensa. Entretanto, um "pobre diabo" que roubou duas galinhas, talvez para comer, só não foi julgado porque entretanto o queixoso retirou a queixa.
Que justiça é esta? Onde está a credibilidade desta gente?
É tempo de os portugueses abrirem os olhos e correrem com esta gente. A primeira oportunidade é a 7 de Junho.

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