21/02/2011

As obras da Estação do Caminho de Ferro - O Edifício Central

Que futuro para o Edifício Central?

Nos projectos do concurso de ideias realizado em meados de 2008 o edifício da estação era pura e simplesmente pulverizado (já passaram mais de dois anos e meio e a competência de quem mora nos paços do concelho ainda não arranjou uma solução para a zona; nem com tantas ideias conseguiu descobrir uma que seja apropriada. Porque será? Na minha terra costumam dizer que não é bom quem quer, é quem pode).

Tenho de reconhecer que a qualidade arquitectónica do edifício não é grande, mas representa uma época e um estilo de equipamento que se identifica com o Caminho de Ferro (A linha da Beira Baixa ficou pronta até à Guarda em 1893. Tem mais de um século - 117 anos). Quanto ao edifício da estação não sei quando foi construído, mas tem seguramente muitas dezenas de anos. Penso, por isso, que deve ser melhorado, mas preservado. A memória exige-o. As tentações bacocas do pós-modernismo, que tudo destrói, têm de ser contidas.
Aqui ficam mais algumas imagens para a memória futura.













3 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente não possuí nenhum magnífico conjunto de painéis de azulejos tão típicos neste tipo de edifícios. Essa característica é comum num determinado período, pelo que a sua ausência poderá ajudar a datar o edifício.

No entanto, e tal como refere, concordo que deve ser recuperado e preservado num novo projecto que se venham a desenvolver no local. Não é por se fazer uma coisa moderna que tem que se destruir o antigo.
Um bom exemplo disso é o novo edifício da Estação da CP de Vila Franca de Xira, que foi erguido junto ao antigo, preservando na integra este último.

normoriv

João de Sousa Teixeira disse...

Concordo inteiramente contigo.
***
Há cerca de 20 anos, tive contacto, no Alentejo, com um homem que dizia conhecer muito bem Castelo Branco. Plantava batatas e, à medida que terminava uma leira, erguia o tronco, e voltava: "pois conheço muito bem Castelo Branco..."
Eu queria saber tudo rapidamente mas tinha de esperar que ele acabasse a quase interminável fila de plantação.
A minha curiosidade já não aguentava muito e atirei-lhe em tom de dúvida para o espicaçar:
-Nã... está aí há tanto tempo e ainda não me disse o que conhece na minha terra.
Foi então que o homem se ergueu como ainda não tinha feito, olhou-me nos olhos e esclareceu-me de vez:
-Conheço a estação da CP; cortei lá muitos eucaliptos para as travessas da linha...
-Mas quando? quis saber.
-Há cinquanta anos!Iamos pouco à cidade porque era longe...

Abraço
João

Anónimo disse...

Podia ir para lá uma exposição de fotografias antigas tiradas pelo Molder.