20/03/2011

As Árvores da Sra. de Mércules

Ainda mais uma vez as árvores!

Em conversa com um amigo, este chamou-me a atenção para a justificação do abate dos cedros avançada pelo pároco. Diz este que que "se encontravam secos e muitos deles esgalhados" e em vias de provocar acidentes. Resumindo, os cedros estavam velhos e, portanto, era preciso deitá-los abaixo como se deitam abaixo as "coisas" velhas.
Mas como eu tirei fotografias dos troncos, estou deveras admirado com as afirmações anteriores, já que aqueles apresentam um aspecto saudável bastante notório, não se vendo nódoas de podridão.
Aqui deixo as fotos tiradas para que se julgue. Eu, por mim, penso que aquela justificação não tem sentido nenhum. As árvores quando têm ramos velhos, secos, limpam-se, mas não se derrubam, não se abatem.
E como pretendem mexer na escadaria e no muro esperemos que não façam uma obra à "pato bravo", que é o mesmo que dizer uma obra que se inspire no pós-modernismo bacoco, como já é hábito.















5 comentários:

João de Sousa Teixeira disse...

Em Alegria Incompleta, Vega, 1988,
falei de cedros pela única vez em poesia. Agora deixo-o aqui com um abraço:


De como a noite é noite mesmo por dentro


Esbracejamos como náufragos
Como Outono sobre Outono à tona d’água

(um velho cedro é um velho cedro:
Poética das urtigas sem imaginação)

A flexibilidade dum bom colchão
Compensa a falência dos desodorizantes

De noite as mãos deslizam
Sobre a nudez morna duma cintura estranha

Anónimo disse...

E que seja a paróquia a pagar as belezas , não a Câmara.

Paco disse...

Caro anónimo, tem toda a razão. Devia ser assim. Mas será que acredita?

Cumprimentos

Paco

Paco disse...

Caro amigo João

Obrigado pelo poema e ainda, por cima, hoje é o Dia Mundial da Poesia.
Com a tua anuência vou publicá-lo.

Um abraço

Paco

Anónimo disse...

Raramente faço comentários. De longe em longe, quando vejo asneirada, tem que ser.
Sra. jornalista do Reconquista, com todo o respeito, quando não se sabe, o melhor, é ficar calada.
Não insista em dizer que os cedros estavam velhos, secos e doentes. Porque, é falso.
Acredito que tenha sido enganada.
Quem a enganou, é que está doente. Acredite que sei do que falo.
Ecologista Indignado