03/12/2008

A greve dos professores

Os professores fizeram greve hoje. As razões são bem conhecidas, mas nunca é demais lembrá-las.
Os professores exigem do ME a suspensão do modelo de avaliação do desempenho e a alteração do ECD (Estatuto da Carreira Docente), exigindo apenas uma carreira.
Como habitualmente vieram ao de cima as divergências nos números da adesão à greve. Como sempre, o ME tenta desvalorizá-la, chegando ao ridículo de afirmar que a maior parte das escolas esteve aberta. Como? Com os funcionários das secretarias e os auxiliares de acção educativa. E os professores? Estes não estavam lá, porque mais de 94% defenderam as suas posições. Nem os alunos, porque esses não tiveram aulas.
Também apareceram aqueles que, não tendo coragem de assumir uma posição clara de apoio ou contra, vieram pôr reservas aos números avançados pelos sindicatos. Parece que depois de tudo o que o ME já fez, é tempo de essa gente acabar de se armarem em moralistas de pacotilha. Já não há pachorra para os aturar.
Neste momento o que se impõe é a demissão da equipa que desgoverna o Ministério da Educação. Esta equipa é um verdadeiro desastre para a escola pública e todo o sistema de ensino. Hoje, não são só os professores que sofrem com a política deste governo; são também os alunos e as famílias, pois as escolas vivem um clima de insegurança e de nervos que poderá pôr em causa o ano lectivo. Por isso, é urgente a demissão da ministra e dos seus secretários.

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