09/01/2009

A Assembleia Municipal reuniu no dia 30 de Dezembro para discutir e aprovar dois documentos fundamentais ao funcionamento da Câmara Municipal: as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2009.
Foi a última reunião do ano 2008. É natural que os diversos partidos tenham feito balanço da acção da Câmara.
A CDU através de Vladimiro Vale lembrou mais uma vez "o esquecimento" do Plano Estratégico 2020, que foi aprovado e metido na gaveta. A Câmara continua sem uma estratégia de desenvolvimento para o concelho e para a cidade, especialmente o centro, cuja desertificação continua a aumentar.

O sr. Morão continua a caça ao voto: apresentou um filme (quem o realizou e quem o pagou? Foi o sr. Morão ou a Câmara Municipal?) sobre a zona industrial e a criação de empresas fazendo algumas afirmações bombásticas entre as quais esta: "Quem tem uma estratégia igual à nossa?" Eu respondo: se tivesse uma estratégia igual à do sr. Morão eu borrava um pé todo - como diz um amigo meu.

Não haverá ninguém que lhe diga que o ridículo, por vezes, mata. Ele não descobriu ainda que há outras pessoas que são mais competentes do que ele e que, por vezes, as afirmações que faz não têm nexo nenhum. Ainda ninguém lhe disse, dos que andam à volta dele, que primeiro temos de definir para onde queremos ir, quais os nossos objectivos (estratégia) e depois decidimos qual o caminho para chegar ao objectivo. Isto quer dizer que há muitos caminhos para chegar aos objectivos, que até podem ser diferentes, e não apenas os do sr. Morão. Um pouco de humildade não lhe fazia mal. Talvez se ouvisse a opinião de outras pessoas, pois como diz o deputado da CDU, Vladimiro Vale, "há défice de discussão colectiva", aprendesse alguma coisa.

As obras previstas para realizar no ano de 2009 não trazem nada de novo. São obras já antigas, que já deviam ter sido feitas há muito.
Um exemplo é o Centro Coordenador de Transportes que se mantem na agenda há mais de 20 anos: o sr. Morão está lá há doze. Esperamos e fazemos votos para que seja desta. Castelo Branco é a única capital de distrito que não tem uma central de camionagem.
As questões culturais continuam a ser o parente pobre dos orçamentos. Curiosamente, o Cine Teatro Avenida vai ser palco, no mês de Janeiro, de dois espectáculos. Registamos com agrado o acontecimento, tão raro é o "fenómeno".
Os Serviços Municipalizados também tiveram o seu orçamento aprovado apenas pela maioria PS.
Preparem-se os albicastrenses que vem aí um aumento do preço da água: mais cerca de 6%. Será o que o director dos SMAS chama uma "política de rigor e de prudência"?

8 comentários:

Anónimo disse...

Tiveram a pouca vergonha de subir o preço da água? É verdade? Os jornais nada dizem.Já era das mais caras! Uma Câmara rica que até dá lucro a castigar os cidadãos. Não está certo. Onde está o Carrega? Isto não informa ele. Favor com favor se paga!
Zé Enganado

Anónimo disse...

Campanha contra ao aumento da água

Stalker disse...

No ano passado fiz, no meu blogue, uma análise do ano, no lado cultural. Como não gerou discussão, este ano ainda não tive pena afiada para o assunto. Por isso é com agrado que vejo neste postal sobre o orçamento da CMCB, uma referência ao cultural. Não tive acesso ao documento, mas avaliando apenas pelo que saiu nos jornais, a cultura não é muito importante para o executivo, mas também não o parece ser para as oposições.
E já que fala no Cine-Teatro, o grande problema dele não é a falta de espectáculos (o produtor chega, assume o risco e se não vender suficientes bilhetes cancela, como aconteceu recentemente com o espectáculo do Tango ou o do Avô Cantigas - esta é a tendência última do espaço), mas a absoluta falta de objectivos e estratégia para o equipamento. Para que serve? Que modelos de oferta cultural devem ser previlegiados? Que equipa garante a qualidade do serviço? Qual o papel do mesmo na afirmação de Castelo Branco na região e no país? A minha opinião é de que estas perguntas deviam ser colocadas pelo executivo e pela oposição. Até há um estudo, encomendado a uma empresa (Quaternaire), para fazer um diagnóstico da situação cultural e apontando alguns eixos de acção. Para que serviu? Para nada.

Anónimo disse...

Até há um estudo, encomendado a uma empresa (Quaternaire), para fazer um diagnóstico da situação cultural e apontando alguns eixos de acção. Para que serviu? Para nada.

As vítimas desse estudo foram a Maria Manuel Viana e o Pedro Salvado,exilados culturais da cidade.Ficaram a mandar estas lindas rosas. Coitadinhos.

Anónimo disse...

Concordo com a posição do Carlos Semedo. A política cultural da Câmara é um Fiasco.A Câmara tem horror aos estudos e quando os tem arquiva-os e não só da cultura.Há um da mobilidade que não foi visto nem achado nas obras recentes...e com os prejuizos que são visiveis.
A oposição(toda)já tomou várias vezes posição sobre a cultura, só que a imprensa passa em claro...
Um abraço para Carlos Semedo.
Carlos Vale

Joaquim Baptista disse...

Que regressem todos os "exilados culturais" albicastrenses.

Anónimo disse...

Ousar pensar, ousar reflectir, ousar interrogar, ousar criar, ousar gerir, ousar unir.PROIBIDO EM CASTELO BRANCO

Há mais uns quantos exilados ou auto-exilados culturais, estes dois são pessoas de bem e fazem muita falta ao nosso futuro colectivo.
isto está nas mãos do piorío ao nível ético, estético e intelectual. È a Cólturar

Stalker disse...

O estudo da Quartenaire tem duas enormes virtudes. Para a sua elaboração foi ouvido um leque relativamente alargado de protagonistas. Não se limitava a fazer diagnóstico.
Era, pois, um ponto de partida que podia ter sido usado para estruturar a maior parte do trabalho feito na área cultural.
Mas é necessário não desistir. Temos realmente um conjunto de equipamentos que permitem a cidade sonhar com um trabalho na área cultural em pleno. Mas para isso ser possível o Cine-Teatro Avenida, Biblioteca, Cybercentro, Museu Cargaleiro, Museu F. Tavares Proença Júnior, só para citar os mais notáveis, carecem de um verdadeiro programa e de uma missão clara.
Já agora, alguém sabe qual é a verba inscrita no orçamento de 2009, para o Centro de Cultura Contemporânea?