30/01/2009

A crise não é igual para todos

Como quase toda a gente sabe (também há alguns "distraídos") a crise começou nos Estados Unidos, como crise financeira, envolvendo o crédito à habitação. Neste momento é uma crise económica global, que os governos tentam resolver aplicando as mesmas medidas ou semelhantes que no passado deram origem à situação actual.

As grandes multinacionais aproveitam a ocasião para mais uma vez despedir trabalhadores. Todos os dias a pretexto da crise se ouve falar em despedimentos. Até ontem, quinta-feira, tinha sido anunciado o despedimento de 72 000 trabalhadores por dez (10) empresas. Ontem, quinta feira foram anunciados mais 30 000 despedimentos. "A crise do capitalismo está a servir de cobertura para legitimar quase tudo...". Não se pense, no entanto, que estas empresas passaram a ter prejuízos de um momento para o outro. A maior parte continua a ter lucros elevados (a Caterpillar teve, em 2008, 2730 milhões de dólares) embora menores que no passado, mas os dirigentes como "bons gestores" que são, a única maneira que conhecem de "bem gerir" é despedir trabalhadores.

As multinacionais instaladas em Portugal também não fogem à regra. Têm recebido avultados apoios em benefícios fiscais e dinheiros públicos para manter os postos de trabalho e fazer "modernização", mas violando os compromissos assumidos já começam a usar os mesmos procedimentos. Os trabalhadores que paguem a crise.

Não é também, por acaso, que as IPSS já falam em "tsunami social". O recurso dos mais pobres em situação de aflição é às instituições de solidariedade social, porque as empresas capitalistas são as primeiras a esquecerem a sua responsabilidade social.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois não... não é. Quem continua a ser vitima? Quem vive do trabalho. Os economistas da "cartilha", que por momentos ficaram desorientados e frustrados,voltaram a atacar com as mesmas receitas, liberalização e desregulamentação, que vai dar mais desigualdade e pobreza. Agora até querem fundar um "Banco Mau" para acumular todos os prejuizos.Aconteceu em Davos:Claro ficavam limpinhos e com mãos livres para continuarem a "encher". Adivinhem quem paga. Estão a arranjar um "caldeirão" explosivo que mais tarde ou mais cedo vai rebentar. Claro que os seus Lacaios nos governos vão ajundando. Até um dia...
Carlos Vale

Anónimo disse...

O homem dá o que tem. Que culpa tem ele de ser tão dotado?
É o mais fotografado nas agendas. Se enviarem a colecção completa para o "guiness" ganha o record. Escusavam, era, de chamar agenda municipal. Era mais justo "agenda Mourão". O seu a seu dono.
Compreende-se melhor o porquê da desilusão das pessoas com a programação. O actor é sempre o mesmo. É só feijão, só feijão, só feijão...Sabem bem o que acontece...