17/02/2011

As obras da Estação do Caminho de Ferro - Centro Coodenador

O que queremos para a nossa cidade

A zona envolvente à estação do Caminho de Ferro já foi objecto de um post neste blog que pode ser lido aqui, onde se faz referência aos diversos projectos que foram apresentados ao concurso de ideias. Dos doze projectos apresentados ganhou o projecto da empresa RISCO, que propunha uma alteração substancial em toda a zona envolvente da estação. Aquilo que se propunha não era uma requalificação da zona, era antes a criação de uma nova zona estruturante da cidade. Mais uma vez aqui se deixa uma imagem da maquete do projecto apresentado.
Se se observar com atenção ver-se-à a avenida Nun'Álvares (lá estão as suas árvores e no meu entender deve ser intocável; esta avenida que é da década de 40 do século passado é estruturante da cidade, tal como a 1º de Maio e todas as ruas e avenidas que estão ligadas ao centro); também se vê que o edifício da estação é substituído por outro; lá está um túnel a passar por baixo da linha; o Centro Coordenador de Transportes e uma nova urbanização que pretendem criar também para lá da linha; e também se vê uma passagem aérea na zona da Metalúrgica,... Em suma, é uma intervenção que tenta criar uma nova centralidade e alterando toda a zona.
É claro que este projecto e os outros que foram apresentados devem ser analisados e impõem-se algumas interrogações e também fazer algumas observações.

1ª observação - os projectos apresentados são apenas ideias. Não têm de ser executados. Devem servir como orientação para os decisores que têm de mandar elaborar os projectos definitivos.

2ª observação - o projecto final só deve ser elaborado depois de o decisor político indicar quais os equipamentos a construir, onde e que intervenção deve ser feita.

3ª observação/interrogação - a cidade de Castelo Branco tem pouco mais de 30 mil habitantes. Será que as áreas já urbanizadas não são suficientes para o crescimento da população prevista? Pretende-se ainda aumentar essa área? Porquê? Que justificações há para isso? Daí que interroguemos: faz sentido fazer crescer ainda mais a cidade para lá da linha?

4ª observação/interrogação - deve o Centro Coordenador de Transportes ser um equipamento para movimentar um número elevado de autocarros e passageiros, quando actualmente o número de autocarros que circulam na cidade não ultrapassa as duas dezenas e meia diariamente? Ou deve ser um equipamento que cubra as necessidades tendo em atenção um crescimento moderado de passageiros, evitando assim investimentos avultados, absolutamente desnecessários?

5ª observação/interrogação - Sabe-se que a grande maioria dos passageiros e dos autocarros (mais de 90%) têm origem e circulam na parte norte da linha do caminho de ferro. Perante este facto, faz algum sentido construir o centro coordenador na parte sul, obrigando a elevados investimentos para atravessamento da linha, sejam túneis ou pontes? Além disso, não será, em termos práticos, de comodidade e de eficácia mais útil esta estrutura, tendo em atenção a origem dos passageiros?

Depois destas observações/interrogações não será de ponderar a construção do Centro Coordenador de Transportes (até poderá ter outro nome, considerando que não será bem um centro de coordenação, porque não tem dimensão para isso) nos terrenos da antiga Prazol, no caso de haver terreno suficiente?











2 comentários:

João de Sousa Teixeira disse...

Ora aí está: chama-se ao que fazes um contributo sério (necessariamente sumário)e empenhado no desenvolvimento sustentado, diria, da nossa cidade.
Outros o façam também!

Abraço
João

Albicastelhano disse...

Boas Noites.
Faço da sua opinião a minha.
Continue a demonstrar o que se faz por cá.


Abraços Albicastelhano