15/10/2012

Satisfazer vaidades pessoais não é gerir uma câmara



Desde que se começou a falar na construção de um "Centro de Arte Contemporânea" ou Centro de Cultura Contemporânea" e foram avançadas algumas das valências do dito, fiquei de pé atrás e depois de alguma reflexão cheguei à conclusão de que não podia estar de acordo com a sua construção, por várias razões:

1 . É um investimento de tal modo elevado que não faz sentido, porque não é necessário. O futuro virá confirmar o desvario do investimento efectuado.

2. Existem nesta cidade um conjunto de equipamentos culturais, e não só, que estão sub-aproveitados. É claro que alguns deles não são camarários, mas não deixam de ser equipamentos. Não é aceitável que um país com enormes dificuldades desperdice instalações, sejam elas de quem forem. Mais um equipamento para o futuro pode vir a tornar-se um "elefante branco", com despesas de funcionamento e manutenção elevadíssimas.

3. O chamado Centro de Cultura Contemporânea quando visto em projecto parecia ser uma contrução pós-moderna, mas que, de certo modo, se "encaixava" no espaço destinado à sua construção. Agora, verificamos que afinal de contas vai ser um enorme mamarracho que vai destruir algum equilíbrio que havia na zona, escondendo a biblioteca, que se torna invisível, o cine teatro torna-se minúsculo, o quartel de cavalaria evidencia mais claramente o erro clamoroso que foi não o deitarem abaixo, porque está velho, não tem qualidade arquitectónica e a única coisa que poderia ser salva é a porta de armas. Em resumo, em termos arquitectónicos vai ser "soberbo".

4. Já falámos atrás nos custos de construção, que além da construção do dito, implica investimentos nos espaços envolventes, como arruamentos, ajardinamentos, e talvez parques de estacionamento que envolvem algumas centenas de milhar de euros. Às vezes é necessário pensar se as obras que se vão fazer são as mais uteis e necessárias, porque na nossa cidade há muitas  possibilidades de o dinheiro ser aplicado em necessidades mais prementes. Porque não um programa de recuperação das habitações da zona histórica com a mesma percentagem de financiamento a fundo perdido?


5. Uma obra desta envergadura não pode nem deve ser realizada para satisfazer vaidades, sejam elas de quem forem. É preciso pensar que, no futuro, impõem-se custos de funcionamento com uma programação adequada e custos de manutenção do próprio edifício. Antes de iniciar a sua construção devia ser já minimamente conhecida que tipo de  programação deve ser levada a efeito. Deve ser o edifício a adaptar-se à programação e não o contrário, sob pena de não ser aproveitado devidamente. E instalações sem programação adequada e mesmo sem nenhuma já há aí várias.

5 comentários:

Anónimo disse...

MANIFESTO:

Para além de esteticamente indigesto, este Monstro à "Pato Bravo" vai acarretar avultadas despesas de manutenção que vão arrepiar mais as carteiras já agoniadas e devastadas dos Albicastrenses e demais Cidadãos. Mas como o "Rei" de Castelo Branco não vai arcar um cêntimo com isso está-se a borrifar para a saúde das contas do Estado. Preocupa-se única e exclusivamente em agradar ao Magnata concedendo-lhe todas as Mordomias e aqui os Empreteiros têm rios de dinheiro à conta da Corrupção encetada por uma "Peça" que descura outras necessidades como o Centro Coordenador de Transportes mas está sempre disponível para tudo aquilo que é supérfluo porque vive de fantasias e "fetiches" culturais. Por outro lado, remete-se ao silêncio e nunca informou os cidadãos de quantos Milhões vai custar esta relíquia do Inferno.

Devia era verificar o estado lastimável e imperdoável das instalaões sanitárias na Devesa que choca qualquer pessoa, inclunindo Turistas que ficam sensibilizados com aquilo que por aqui estão a ver.

Bem-haja aos restantes

Anónimo disse...

Sempre a criticar. Esta obra vai ser importante para a nossa cidade tanto a nível arquitectónico como para a cultura da nossa cidade, você quando a obra estiver concluída vai usufruir bastante da obra e sabe porque digo isto. E também vai trazer turismo há cidade visto que o edifício em si é atractivo e de uma envergadura arquitectónica do género da casa da musica. quanto a sua localização não podia estar em melhor sitio esta perto do cine teatro e no centro da cidade, quanto aos custos o dinheiro é de fundos europeus, mais uma vez lhe digo CDU não fazia melhor e nem faz porque na cãmera albicastrense nunca ade ganhar.

O ALBICASTRENSE.

Anónimo disse...

RESPOSTA À ALTURA DO EMISSOR:

A obra em causa não apresenta nenhuma vantagem para o público em geral até porque foi desenhada para uma determinada "elite". No tocante ao Turismo, a maioria foge a sete pés da Cidade de Castelo Branco (quando contempla aquela caverna ali ao lado.../Central de Caminonagem do século passado) porque não apresenta infra-estruturas essenciais quer ao nível hoteleiro quer a nível dos Transportes e demais utilidades. Cumpre-me informar V. Exa. que este espaço, informativo e reflectivo, não visa estabelecer nenhuma guerrilha política mas já que chama este aspecto à atenção, digo-lhe com a maior naturalidade que se esse partido estivesse na Câmara não havia Corrupão nas obras públicas nem se delapidava dinheiro com desvarios e coisas sem grande impacto na vida dos Albicastrenses. Por outro lado, é totalmente falso que o Monstro em questão seja unicamente financiado por fundos comunitários tampouco nos dá o direito de esbanjá-los porque o "Feitiço vira-se contra o Feitiçeiro". Eu compreendo que nunca tenha feito esforço para auferir dinheiro até porque basta analisar os destinos do Orçamento Camarário para se chegar a essa conclusão. Há muitas áreas onde não intervenciona: basta assitir ao estado lastimável de muitos bairros, incluindo o do Valongo que nem estrada alcatroada em condições possui em parte considerável das Ruas ou para o sistema de transporte público com poucos meios e poucas viagens efectuadas. Já agora aproveito para facultar a definição do termo "Fetiches" que significa: paixão absoluta pelo que é obsceno e prejudicial.

Faça um pequeno gesto de dignidade e esfregue as Casas de Banho do Centro Cívico mas cuidado com as unhas: a idade não perdoa!

PARA O MENTOR DO BLOGUE: Estes comentários podiam ser objecto de notícia até pelo carácter pedagógico que possuem para ensinar e denunciar as práticas agrestes da CMCB.

F.S.Fonseca disse...

Ao excelentissimo albicastrense:
Primeiro: Vá aprender a ler.
Segundo: Vá aprender a escrever.
Depois de aprender a ler e escrever aprenda a pensar.
Depois de de aprender a pensar, pense duas vezes antes de vomitar.
E não se esqueça de limpar a merda que faz. F. S. da Fonseca

Anónimo disse...

Sois mesmo ratinhos.