23/11/2008

A câmara de Castelo Branco e o tratado de Lisboa

A maior parte dos portugueses já ouviu falar do tratado de Lisboa, que foi como bem sabem uma tentativa dos senhores da União Europeia, daqueles que agora andam a dar o dinheiro dos contribuintes aos "desgraçados" dos banqueiros, de imporem aos povos uma constituição que não tem nada a ver com eles.
Também já ouviram falar que o povo irlandês, aquele que vive numa ilha ao lado dos ingleses, não deixa que os outros decidam por ele. Assim numa manifestação de independência e de inteligência votaram num referendo que não queriam a dita constituição. Os ditos "senhores" da União Europeia iam morrendo de azia. Andaram eles tão sorrateira e seraficamente a preparar o arranjinho para aprovarem o papel que até lhe mudaram o nome de constituição para tratado para ver se enganavam os povos e vai daí, aqueles malandros dos irlandeses estragaram o cozinhado: votaram contra. Nem mesmo o facto de tentarem aprovar o tratado nas costas dos povos lhes serviu, como fizeram em Portugal que se recusaram a fazer um referendo a perguntar ao povo se queria a tal constituição: o "papel" ainda não foi para as urtigas, mas há-de estar a caminho do destino.
Para nosso assombro, o sr. Morão da câmara municipal de Castelo Branco ainda não entendeu que a dita já era e tenta dar-lhe algum fôlego, promovendo o que ele chama um "seminário" de uma tarde, cujo tema é o futuro da integração europeia associado ao dito tratado, como se ele estivesse em vigor. Esta gente nunca mais aprende.
Convida uma série de figurões, concerteza à custa do orçamento da câmara, entre os quais o embaixador da Grã-Bretanha. Ainda se fosse o embaixador da Irlanda talvez aprendessem alguma coisa sobre o dito tratado, ou sobre aquilo que fez os irlandeses votarem contra.
Concluindo, mais uma operação inútil de propaganda do sr. Morão.
Seria bem mais útil que a câmara promovesse algumas actividades culturais, para que o cine-teatro tivesse alguma vida.
Seria bem mais útil que a câmara promovesse sessões e debates sobre assuntos de interesse para os munícipes, nomeadamente sobre o Plano Director Municipal ou sobre o Plano Geral de Urbanização, que andam por aí ao deus dará.

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