21/02/2009

Polis XXI - 2ª parte

No post anterior falámos da zona histórica, da zona envolvente à estação do caminho de ferro e do centro da cidade.
  • O sr. Morão falou naquilo que pretendia fazer em volta da estação. Mas, esqueceu-se de uma coisa, que é talvez a mais importante: o Centro Coordenador de Transportes. Há ou não há projecto? Ou pretende continuar a manter os autocarros espalhados pela cidade e os passageiros sem condições? Ou, por acaso, estará a pensar que se os autocarros continuarem nos Três Globos sempre dão alguma animação à cidade, como eu já ouvi?
  • A questão dos transportes públicos é uma das mais urgentes a ser tratada. O sr. Morão podia gastar de forma extremamente útil algum dinheiro, dos 11 milhões que diz vir a receber, a organizar um sistema de transportes eficaz e eficiente que servisse as pessoas. Podemos perguntar: Quanto tempo se demora a atravessar a cidade de autocarro actualmente? Já foi feita a experiência e em certas horas faz-se mais depressa a pé. Alguém sabe os horários dos autocarros? As pessoas que tomam o autocarro têm a certeza de chegar a horas ao local para onde vão? Ou chegam quando chegarem? Quantas pessoas, em média por dia, usam os transportes públicos? Não podem ser muitas. Alguém já pensou que um bom sistema de transportes contribui decisivamente para a qualidade do ar, tirando um percentagem elevada de carros da ruas da cidade?
  • Também falou do centro da cidade, da Devesa. Também aqui se esqueceu de uma coisa importante que anda no Plano de Actividades há, pelo menos, três anos: o Centro de Cultura Contemporânea. Será que anda no Plano de Actividades apenas para inglês ver. Nós não somos ingleses!
  • A criação do Museu do Brinquedo, em Castelo Branco, exige também algumas perguntas: existiu alguma vez nesta cidade alguma fábrica de brinquedos que tenha deixado a tradição do brinquedo? Há algum brinquedo que seja característico da cidade? Existe algum benemérito na cidade, coleccionador de brinquedos, que decidiu oferecer à cidade a sua colecção para constituir um museu? Ou esta ideia peregrina é apenas como aquela história que contam do Presidente da República Francesa, o sr. Sarkozy, que quando está ao pé da mulher se põe sempre em bicos de pés? Sabem porquê? Ou a história de um político português que usava sapatos de tacão alto, o dobro do normal, para parecer o quê? Adivinhem lá! Será que o sr. Morão também quer pôr-se em bicos dos pés e inventa estas ideias, porque não sabe onde gastar o dinheiro?
  • Também fala em gabinetes de apoio aos comerciantes e a serviços. Os comerciantes precisam é de uma política que defenda e dinamize o comércio tradicional, levando os consumidores para essas zonas. Penso que não precisam de gabinetes para preencher papéis. Para isso têm já as suas associações que os apoiam.
  • Para que haja "modernização do comércio tradicional do centro histórico e do centro cívico" é preciso que essa zonas tenham pessoas, o que só se consegue com a sua reabilitação efectiva. É preciso agir e acabar com as promessas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu conheço pessoas um pouco por todo o país devido à actividade profissional que exerço, principalmente na área da cultura e da arquitectura. Por vezes conto-lhes histórias do burgo albicastrense e dos desvaneios da autarquia.
O comentário final é quase sempre o mesmo: "Dinheiro a mais para quem não sabe o u fazer com ele!"

AD

Anónimo disse...

Em poucas palavras, AD disse muito.
Estou de acordo e já tenho ouvido opiniões similares. Há um pormenor que compreendo,mas q pessoalmente não me soa bem.É quando se fala de devaneios da autarquia.Para mim, os devaneios são do Presidente. Claro que,com a conivência(?)de outros.Têm razão sobre o dinheiro que é muito. Mas é dos munícipes.
Carlos Vale