25/03/2009

O capitalismo não muda

Ultimamente tenho tido pouco tempo para escrever, embora haja muitos assuntos de interesse , quer nacionais quer locais que merecem ser comentados.
Ontem li uma notícia num jornal fazendo referência ao período eleitoral que se avizinha.
Um determinado senhor, chamado Van Zeller, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa afirmava que as "Eleições ficam caras às empresas". Para as confederações patronais era talvez melhor que não houvesse eleições. Não havendo eleições não havia candidatos e já não era preciso pagar os salários dos candidatos trabalhadores. Mas ainda era melhor se não houvesse democracia. Neste caso, não havia manifestações, não havia greves, não havia plenários sindicais, não havia contratos colectivos de trabalho,... Já houve tempos em que era assim.
Felizmente para o povo e os trabalhadores esses tempos que alguns querem recuperar estão definitivamente mortos e enterrados.
Este mesmo senhor afirmou também durante esta semana que o acordo que assinou em concertação social sobre o salário mínimo de 500 euros para 2010 "era apenas intenção". Pelos vistos os acordos para os dirigentes máximos do capitalismo não são para cumprir. Só se cumprem aqueles que os favorecem. Os que tentam fazer justiça aos trabalhadores só são cumpridos com a luta.

1 comentário:

Luís Norberto Lourenço disse...

Caro Paco,
Subscrevo as suas palvras em toda a linha.
Mais valia que este empresariado que vive dos subsídios e não em ter empresas competitivas, com empregadores humanistas e não exploradores... já agora, se não fosse pedir muito, com associações empresarias mais apostadas no calculismo político e menos com a saúde técnica e financeira das empresas que supostamente representam e defendem.
Quanto ao capitalismo!? Antes as nacionalizações era coisa "diabólica" agora são os capitalistas a defendê-las... com uma nuance... não é a bem do Estado, do Povo, do colectivo, antes para nacionalizar o prejuízo dos capitalistas!

Abraço dum socialista,
Luís Norberto Lourenço