27/03/2009

A via sacra dos ministros e secretários

O distrito de Castelo Branco, e, especialmente, a cidade têm sido nas últimas semanas palco de visitas de ministros e secretários a um ritmo quase alucinante. Nestes tempos de caça ao voto tudo é possível.
O último visitante, ou melhor, a última visitante veio quase "clandestinamente". Chegou ontem, dia 27 de Março. Parece que nem a imprensa sabia. Contudo, como nem sempre é possível manter tudo no segredo dos deuses, o Sindicato dos Professores da Região Centro conseguiu descobrir a marosca e mandou para a comunicação social uma nota:

"Mais uma vez a Ministra da Educação demonstra "medo" em enfrentar a população escolar e vem ao distrito de Castelo Branco escondida de tudo e de todos para evitar confrontar-se com a contestação daqueles que são os principais alvos da desastrosa política do Governo do PS e do seu Ministério da Educação.
Apesar dos desmentidos, hoje, a esta hora a Ministra está na EB2,3 Serra da Gardunha e, por volta das 13 horas, estará em Castelo Branco, no Hotel Colina do Castelo, onde almoçará com os Presidentes dos Conselhos Executivos (PCE) a convite da Vereadora do PS da Câmara de Castelo Branco.
Como interpretar a origem do convite? Como interpretar que seja uma câmara a tomar a iniciativa de convidar todos os PCE de todo o distrito? Qual a pertinência de ser esta entidade e não o Governo Civil ou as estruturas desconcentradas do ME a fazê-lo?"

Mas os professores estiveram no Hotel Colina do Castelo para dar "as boas vindas".

Mas também lá estavam os professores de Espanhol que pretendiam saber como é que o Ministério da Educação pretendia resolver o seu concurso, preterindo professores com formação profissional por outros com formação insuficiente. Mais uma vez o que se pretende é "poupar" dinheiro.

Agora perguntamos nós:
Qual os objectivos deste almoço feito tão às escondidas? Que assuntos de importância para o distrito foram tratados? Ou esta visita é mais uma operação de propaganda para o sr. Morão? Ele também lá estava e desta vez não chegou atrasado. E quem pagou o almoço? Claro, o orçamento da Câmara, que sai dos nossos impostos.

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