03/12/2009

Passados mais de 100 anos a pouca vergonha é a mesma!


Uma amiga mandou-me há alguns dias o texto que vou apresentar a seguir.

Penso que os leitores devem lê-lo e meditar no que diz e o que representa, passados mais de 100 anos.

Penso valer a pena que as pessoas tomem conhecimento dele para que possam ajuizar daquilo que somos e que temos sido como povo.



Guerra Junqueiro (1850-1923)





"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,

fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,

aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,

sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,

pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;

um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;

um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,

e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que

um lampejo misterioso da alma nacional,

reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.


Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,

não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,

sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima,

descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas,

capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação,

da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.


Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;

este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,

tornado absoluto pela abdicação unânime do País.


A justiça ao arbítrio da Política,

torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.


Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções,

incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos,

iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero,

e não se malgando e fundindo, apesar disso,

pela razão que alguém deu no parlamento,

de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

Guerra Junqueiro, 1896.

19/11/2009

Os Chafarizes e as Fontes - Chafariz da Graça

Mais um chafariz de Castelo Branco, que, pelo seu estado, tem recebido um "tratamento adequado".



Chafariz da Graça


Será que a memória diz alguma coisa aos responsáveis?

15/11/2009

Professores, avaliação e ECD (Estatuto da Carreira Docente)

A teimosia e a política arrogante de recusa do diálogo e de tentativa de levar por diante medidas erradas para as escolas, os professores, os alunos e as famílias conduziram à necessidade urgente de revisão do ECD e de suspensão do processo de avaliação dos professores.
No entanto, os mesmos de sempre já começaram a "roer a corda". Agora já não defendem a suspensão. Passaram a defender a substituição.
Os professores e os sindicatos que os representam têm de estar atentos. Não podem deixar-se enganar.
É preciso firmeza nas posições e não esquecer que o mais importante é a revisão do Estatuto e acabar com a divisão da carreira.

A cidade (zona histórica) em dia de nuvens e vento


A "floresta" de antenas no alto do Castelo "ofende" o conjunto...

12/11/2009

Os Chafarizes e as Fontes

Vamos iniciar a publicação de algumas imagens sobre o património da cidade e do concelho para que os albicastrenses possam apreciar o estado em que se encontra.

Chafariz da Mina

11/11/2009

A cidade ao fim de um dia de Outono


Paisagens e cores capazes de nos surpreender positivamente.

10/11/2009

NINHOS DE CUCO

O meu amigo João Teixeira mais uma vez enviou-me um texto que eu tenho de publicar (com a sua devida anuência) para regalo dos leitores deste blog e deixo aqui uma ligação ao seu blog onde poderão ler algumas (muitas) poesias que vos encherão a alma.

NINHOS DE CUCO

… E assim chegamos, como rezam os compêndios e previam os mais sábios e sensatos, ao tempo de coisa nenhuma. À falta de melhor, noticia-se o alastramento inexorável da pandemia gripal, com episódios parolos, escusados, exagerados, alarmistas, fúteis, enfim, duma pobreza franciscana que faz até doer o céu-da-boca. A par de assaltos de gente mais ou menos desgraçada a outra gente mais ou menos a mesma coisa, retornam as recorrentes corrupções para todos os gostos de gente ilustre a outra gente que vai perdendo o lustro, mas que à falta de provas há-de continuar a brilhar.

Entretanto, as fábricas que fizeram compasso de espera nos despedimentos ou utilizaram o eufemismo lock out durante os períodos eleitorais, aí estão a dar largas à selvajaria das suas ideias económicas, políticas e sociais.

O Governo minoritário empossado e pronto para o zig-zag político já não profetiza o oásis que anunciou em campanha e dá-nos agora mulheres com fartura para lavar a vista ao eleitorado masculino e iludir o feminino.

O discurso manso, em vésperas de Natal, digo, OGE, – conhecido no Alentejo por mamar de escarapão – sugere que nos é dado o leite, metáfora de alimento, quando afinal chupamos inocentemente no rabo da dita cobra.

Não chega para animar a malta a revisão em alta relativa ao crescimento da economia portuguesa, feita por Bruxelas, já que as previsões de aumento do défice e de desemprego para os próximos anos, deitam por terra todas as promessas mil vezes contestadas e, afinal, de novo sufragadas… com nuances…

Sabemos também que a justiça, tal como o rosbife, não é para todos. Alguém, cidadão normal, com a casa cheia de armas e munições, será um criminoso que, face à nova lei das armas, tem como certa a prisão preventiva. O padre de Covas de Barroso, pelos vistos é boa gente e… foi mandado com Deus, pelo menos enquanto não desatar aos tiros. O ministro da tutela cessante, após tanta reforma, reformou-se.

Os ministros Pinho e Lino – uma das melhores parelhas deste circo que é a vida – um afeiçoado aos toiros e por isso pereceu mais cedo em plena praça, e outro aos camelos (e eu penso que após as últimas legislativas deveríamos sentir que há um camelo em cada um de nós) pelo que deixou à cáfila de contribuintes todas as condições para empenharem o seu futuro por muitos e bons anos, ou não, muito ao seu estilo.

O Ministro Lacão, no entanto, com o seu consabido jeitinho para as catilinárias, entrou no zig sem cuidar do zague e afrontou de novo os professores, mesmo depois do mestre ter repetido o vocábulo diálogo até à exaustão, dizendo que o respectivo estatuto é para continuar ao estilo Maria de Lurdes e, se a oposição coiso, cairá o Carmo e a Trindade.

Estes como outros ministros que os antecederam, colocam os ovos podres no nosso ninho e depois levantam voo e poisam num qualquer conselho de administração onde está a verdadeira galinha dos ovos de ouro. São uns cucos.

João de Sousa Teixeira

teijoao@gmail.com

O aniversário do Muro de Berlim

Ontem, dia 9 de Novembro, um conjunto de figurões reuniu-se para comemorar o derrube do muro de Berlim. Fazia 20 anos.
Parece que todos estamos de acordo que o derrube de muros, sejam quais forem, é sempre uma coisa positiva. E além do de Berlim há tantos para derrubar. Muitos físicos (ver aqui, com a devida vénia ao autor do blog).
Mas também permanecem muitos outros muros. De intolerância. De pobreza. De discriminação. De injustiça. De exploração. De arrogância. O capitalismo é especialista em todas estas versões.
Parece que que a anexação da República Democrática Alemã (RDA) não correu lá muito bem. Pelo menos 50% dos antigos habitantes (de acordo com uma sondagem ocidental - nós sabemos como estas sondagens são fabricadas) estão descontentes (estão contra) com a anexação.
Mas os figurões continuam a tentar deitar poeira para os nossos olhos.

20/10/2009

Estou de regresso

Depois de um interregno algo prolongado regresso depois da chuva. Vem aí o Outono.

O pôr-do-sol hoje...

...e o arco-íris

11/09/2009

A campanha sem pudor continua

Ontem, dia 10, à semelhança de anos anteriores, o sr. Morão/PS à custa do orçamento da câmara pagou um almoço aos professores do ensino pré-escolar e 1º ciclo.
A que título?
Com certeza para dar as boas vindas e fazer uma perninha de campanha eleitoral.
Este evento, como agora se diz, oferece alguns comentários:
- Já que o sr. Morão/PS parece não ter pudor e evitar situações duvidosas, julgamos que os professores são pessoas que não se deixam influenciar por um simples almoço.
- De qualquer modo o sr. Morão/PS está a fazer discriminação entre os professores. "Esqueceu-se" dos restantes professores dos 2º e 3º ciclos, cujas escolas também hoje estão ligadas à câmara. Gostávamos de saber porquê esta discriminação, embora discordemos totalmente destes almoços, até porque os professores não precisam disso.
- A melhor forma de dar as boas vindas aos professores era encontrarem as respectivas escolas devidamente arranjadas e apetrechadas com os materiais e equipamentos essenciais para realizarem com os seus alunos um ensino de sucesso. O dinheiro do almoço poderia servir para pagar uma parte disso.

03/09/2009

Requerimento - O Plano Director Municipal (PDM) e o Plano Geral de Urbanização (PGU)

A CDU, através do seu deputado Joaquim Bonifácio, entregou três requerimentos sobre questões que considera fundamentais, neste momento, para o concelho e a cidade de Castelo Branco.
Já apresentámos dois dos requerimentos. Este é o terceiro e diz respeito ao Plano Director Municipal (PDM) e ao Plano Geral de Urbanização (PGU).
O PDM é um documento que foi ratificado pelo Conselho de Ministros em 16 de Junho de 1994.
Vamos transcrever o seu artigo 1º que nos dá imediatamente uma ideia da sua importância para o concelho:
Artigo 1.°
Área de intervenção, âmbito e vigência
1-Considera-se abrangida pelo Plano Director Municipal de Castelo Branco, adiante designado por PDM, toda a área do concelho de Castelo Branco.
2-Quaisquer acções de iniciativa pública, privada ou cooperativa a realizar na área de intervenção do Plano respeitarão obrigatoriamente as disposições do presente Regulamento, da planta de ordenamento e plantas de condicionantes, no que concerne às regras a que deverá obedecer a ocupação, o uso e transformação do território municipal.
3-O PDM de Castelo Branco tem o prazo máximo de vigência de 10 anos após a sua publicação no Diário da República, podendo, no entanto, ser revisto antes do prazo referido se o Executivo assi
m o entender.


Há, pelo menos 5 anos, que devia ter sido revisto. No entanto, esta decisão está no segredo dos deuses, que é como quem diz, na cabeça do sr. Morão/PS.
Sabe-se entretanto, que já foi objecto de quatro (4) alterações e se prepara uma quinta (5). Isto só pode significar que a sua revisão é absolutamente imprescindível. Tem de haver resposta. As decisões têm de obedecer às regras do PDM como se pode ler. Se o PDM já não está actual, então reveja-se, mas depressa.

O PGU ainda é mais antigo. Já esteve suspenso durante dois anos, de 2004 a 2006. E em Setembro de 2007 teve uma suspensão extraordinária de mais um ano, até Dezembro de 2007, com carácter retroactivo a Dezembro de 2006. Porque é que se não revê de uma vez o PGU? Mais uma vez afirmamos que as regras têm de ser claras e inequívocas.

Foi perante estas "incertezas" que a CDU decidiu apresentar o requerimento que segue:

REQUERIMENTO

De acordo com a Lei das Autarquias compete à Assembleia Municipal “ Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municipal,…”
Tendo em atenção que a actividade da Câmara Municipal se deve orientar por regras e objectivos bem definidos, estabelecidos em documentos legais que devem ser do conhecimento dos munícipes e estarem à sua disposição;
Considerando que o Plano Director Municipal (PDM), um documento fundamental para o ordenamento e desenvolvimento do concelho, tem desde 2 de Outubro de 2003, de acordo com o despacho nº 20203, uma comissão mista de coordenação para acompanhar a sua revisão;
Considerando que o Plano Geral de Urbanização (PGU) é um documento fundamental para as questões urbanísticas e de construção e também se encontra em sede de revisão, tendo sido pedida a sua suspensão mais do que uma vez;
Considerando que o PDM está em revisão há, pelo menos, 6 anos e já foi alterado cinco vezes (a comissão mista foi constituída há cerca de seis anos) e o PGU há cerca de 12 anos;
Considerando que estes dois documentos são fundamentais para que a gestão camarária seja clara e transparente, vimos solicitar a V. Exa. os seguintes esclarecimentos:

1 – A comissão mista referida está ainda em funcionamento? Já efectuou o trabalho para que foi constituída?
No caso de ter terminado o seu papel, requeremos uma cópia dos seus pareceres acerca do PDM.
Ainda no caso de a revisão do PDM estar pronta, para quando a sua apresentação ao órgão deliberativo e a sua discussão pública? E para quando a sua aprovação?
Para que a revisão pudesse ser efectuada convinha que uma empresa se encarregasse da sua elaboração. Que gabinete foi responsável? Solicitamos o acesso à documentação produzida.

2 – Em relação ao PGU, para quando a sua apresentação, discussão pública e discussão e aprovação nos órgãos competentes?
Para que a revisão pudesse ser efectuada convinha que uma empresa se encarregasse da sua elaboração. Que gabinete foi responsável?
Solicitamos igualmente acesso à documentação produzida.

Castelo Branco, 26 de Agosto de 2009

O deputado municipal da CDU

(Joaquim Manuel de Castro Bonifácio da Costa)

31/08/2009

Uma visita a Alcains

Estivemos recentemente em Alcains, que podemos considerar como o segundo maior pólo habitacional e industrial do concelho de Castelo Branco. Embora conheçamos a vila, uma visita guiada revela, por vezes, realidades insuspeitadas. Estamos em tempo de balanço dos mandatos autárquicos, mas também é altura de exigir explicações sobre as promessas não cumpridas (Talvez contassem com a proverbial falta de memória das pessoas ou então que não soubessem ler).
As fotos que seguem ilustram bem o que não se fez, apesar das promessas:










Largo atrás da Igreja Matriz de Alcains

Mas também há obras feitas, que têm a marca Morão/Marujo/PS - o ódio às árvores, ao verde, a predilecção pelos jardins de pedra, sem alma, pouco acolhedores, desabrigados e o futuro dirá:
- as vedações do campo de futebol de 5 já foram arrancadas pelo vandalismo e o campo está cheio de lixo.








- A aparência geral do complexo dá a ideia de que o que se pretende é afastar as crianças do parque infantil e os pais porque não há acolhimento - nem um banquinho para se sentarem enquanto acompanham os filhos:










E hoje ficamos por aqui em relação a Alcains. Voltaremos ao assunto.

29/08/2009

Requerimento - O Plano de Pormenor da Zona Envolvente da Estação Ferroviária de Castelo Branco

Li no jornal "Povo da Beira"da semana passada uma crónica assinada pelo meu amigo e camarada Carlos Vale com o título "E as obras não feitas? Engrenagem!", que põe o dedo na ferida sobre "A obra não feita" do sr. Morão e que é muita. Só os "cegos" é que não querem ver.
Já mais de uma vez nos referimos à zona envolvente da estação do caminho de ferro. Vou tentar contar a "história" deste processo que é exemplar dos métodos "democráticos" usados pelo ocupante actual da cadeira de presidente da câmara.
- no primeiro semestre de 2008 foi aberto um concurso de ideias para a Zona Envolvente da Estação Ferroviária de Castelo Branco. Segundo consta, e já tentei junto de várias pessoas que normalmente acompanham estas coisas saber quantos projectos apareceram, foram apresentados vários "projectos". Não se sabe, no entanto, se alguma das famosas "ideias" agradou ao ocupante.
- O que é certo é que em Outubro de 2008 (17) o executivo deliberou por unanimidade "proceder à Elaboração do Plano de Pormenor da Zona Envolvente da Estação Ferroviária de Castelo Branco", fazendo referência ao prazo de elaboração de 90 dias (onde já vão) e a algumas valências que o plano envolvia.


Como até hoje não há qualquer informação do que se passa (o segredo dos deuses é o conceito de democracia do senhor Morão/PS), a CDU decidiu entregar ao senhor Presidente da Assembleia Municipal o requerimento que apresentamos a seguir:

REQUERIMENTO
De acordo com a Lei das Autarquias compete à Assembleia Municipal “ Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municipal,…”
Considerando que o Centro Coordenador de Transportes (CCT) é uma questão antiga e que exige resposta urgente;

Considerando que o Plano de Pormenor da Zona da Estação de Caminho de Ferro já tem uma história longa que passou por:
- um concurso de ideias em 2008 do qual não se sabem os resultados. Quais as valências, além do CCT, estavam previstas para a zona? Quantos projectos foram apresentados? Qual ou quais foram escolhidos?
- em Outubro de 2008 a Câmara deliberou a elaboração do Plano de Pormenor da Zona da Estação, tendo como prazo de elaboração 90 dias. Existe ou não esse projecto? Já se passaram 10 meses. Para quando a sua apresentação e discussão pública? Para quando a sua aprovação? Que gabinete procedeu à sua elaboração? Solicitamos nos sejam fornecidos os documentos existentes e nos seja facultado o acesso aos processos.

Castelo Branco, 26 de Setembro de 2009

O deputado municipal da CDU

(Joaquim Manuel de Castro Bonifácio da Costa)

Embora de uma forma resumida, este processo permite-nos tirar algumas conclusões:
- O sr. Morão/PS continua a querer manobrar e as decisões que são tomadas no segredo dos deuses já sabemos que conduziram a asneiras a maior parte delas;
- Neste caso da Estação de Caminho de Ferro só não se resolveu ainda o problema porque o sr. Morão mais uma vez tenta impedir a participação dos munícipes e revela incapacidade para resolver sozinho (ficaria melhor falta de competência);
- Como cidadãos albicastrenses devemos exigir conhecer quais as soluções que estão a ser equacionadas, para podermos dar a nossa opinião.

28/08/2009

É preciso evitar erros futuros!!!

O calor que se tem feito sentir deve ter efeito no comportamento das pessoas. Nos últimos tempos, a comunicação social, especialmente escrita, tem publicado a opinião de diversas pessoas, ligadas a forças políticas ou não, sobre a "modernização" levada a cabo pelos responsáveis camarários na cidade de Castelo Branco.
Qualquer cidadão minimamente interessado na sua cidade deve ter verificado que há muita gente descontente com a "obra" do senhor Morão/PS.
Nós somos dos que temos tomado posição acerca das mais variadas "modernizações" a que a nossa cidade tem sido sujeita.
Contudo, pensamos que não podemos aceitar o ditado que diz "Casa roubada, trancas na porta". Antes, entendemos que a participação das forças políticas e dos cidadãos deve ser feita permanentemente, criticando soluções, mas, essencialmente fazendo propostas e dando sugestões. Contudo os responsáveis devem ter espírito de abertura para ouvir as críticas, aceitar as propostas e evitar os erros.
Não é aceitável que os erros, as asneiras, as opções erradas se tornem irremediáveis que é o que tem estado a acontecer. Terá remédio o "deserto" em que se tornou a DEVESA?

Mas há situações que têm de ser rapidamente resolvidas. Mas também têm de ser evitados erros, asneiras, opções erradas,...
A CDU de Castelo Branco, através do seu deputado na Assembleia Municipal entregou três requerimentos sobre assuntos inadiáveis, mas que ainda não estão comprometidos totalmente pelo "modernismo" saloio.
Vamos apresentar um deles. Nos próximos dias seguir-se-ão os outros. Aqui pode ler-se o requerimento sobre o Bairro do Valongo, Vale da Raposa e Carreira de Tiro.
Também o deixamos a seguir, com a certeza de que uma democracia participativa exige a participação dos cidadãos na tomada de decisões e para isso têm de estar informados:

REQUERIMENTO

De acordo com a Lei das Autarquias compete à Assembleia Municipal “ Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municipal,…”

Tendo em atenção que a actividade da Câmara Municipal se deve orientar por regras e objectivos bem definidos, estabelecidos em documentos legais que devem ser do conhecimento dos munícipes e que devem servir para a sua orientação, vimos apresentar a seguinte situação:

- Os Bairros do Valongo, Vale da Raposa e Carreira de Tiro foram, no início da década de 80 do século passado, alvo de um plano de recuperação mandado elaborar pela Câmara Municipal com vista a legalizar e ordenar a construção urbana.

- Este plano orientou durante bastante tempo o desenvolvimento urbano do bairro. Contudo, o tempo torna os planos ultrapassados e é necessário proceder à sua actualização e renovação

- Nesse sentido em 21 de Novembro de 2003 a Câmara Municipal “deliberou elaborar o Plano de Pormenor de Requalificação Urbana do Valongo, Vale da Raposa e Carreira de Tiro” fixando como prazo de execução 120 dias, sendo publicitado um prazo de 30 dias para apresentação de sugestões ou informações por parte dos munícipes.

- Depois desta data, nada mais se conhece acerca deste plano.

Assim, solicitamos as seguintes informações:

1 – A intervenção urbanística da câmara no Bairro continua ou não a ser orientada pelo Plano de Recuperação da década de 80?

2 – O Plano de Pormenor de Requalificação foi ou não elaborado? Em caso afirmativo, qual a sua situação legal? Foi ou não aprovado por esta Câmara?

3 – Solicitamos que nos sejam fornecidos todos os documentos urbanísticos que orientam a actividade da câmara nos referidos bairros.

Castelo Branco, 26 de Setembro de 2009

O deputado municipal da CDU

(Joaquim Manuel de Castro Bonifácio da Costa)
Esperamos os vossos comentários, opiniões e sugestões sobre que cidade queremos.

19/08/2009

No dia mundial da fotografia - 19 de Agosto

Parece que foi numa manhã do dia 19 de Agosto de 1839 que pela primeira vez foi dado a conhecer ao público a invenção de um senhor chamado Louis Jacques Daguerre. Era possível no interior de uma caixa escura captar e fixar numa superfície o "mundo real". Estas imagens chamavam-se daguerreótipos, do nome do seu criador. Ninguém duvida que a fotografia contribuiu para mudar o mundo.
Vou apresentar algumas fotos, obtidas recentemente, que não foram manipuladas (não gosto de fazer isso) para serem apreciadas apenas pelo que mostram.

BRAGA

LAMEGO
VILA POUCA DE AGUIAR
CASTELO BRANCO


18/08/2009

As últimas do Burgo

Já há algum tempo que andamos afastados deste blog. Por várias razões. Hoje,vamos tentar fazer uma síntese dos últimos acontecimentos nacionais e locais.

- A decisão do primeiro-ministro de decretar o princípio do fim da crise só pelo o facto de a economia ter crescido 0,3% em relação ao trimestre anterior, se não fosse ridícula era trágica. Nenhum povo merece ser tratado como ignorante com argumentos destes.

- Logo, no dia seguinte, vem a notícia do aumento do desemprego oficial para 9,1% - 507 000 desempregados registados nos centros de emprego. E os não registados? Os que nunca se inscreveram e os que já não recebem subsídio de desemprego? Segundo dados não oficiais, é claro, porque oficiais não há, são cerca de 120 000, ou seja, mais 2,16%. A somar aos 9,1% dá 11,26% de desempregados. Brilhante!

Mas o mais trágico, é que o crescimento da economia foi por acção da "brilhante" acção do governo e o aumento do desemprego foi causado pela crise internacional, de acordo com a versão do nosso primeiro,...

- Hoje apareceu nos jornais a notícia de que o Palácio de Belém e alguns assessores da Presidência da República poderão estar a ser vigiados. Nada melhor para desviar as atenções dos portugueses do que é essencial, da crise económica, dos despedimentos, do desemprego, dos baixos salários, das dificuldades dos trabalhadores e reformados,...Enquanto se entretêm a discutir espiões não pensam na forma de despedir este governo.

Vejamos o que se passa a nível local:

- Começaram a aparecer os que hibernaram durante 4 anos e só agora se apercebem que há problemas que deviam ter sido encarados de frente para poderem ser resolvidos. A desertificação das nossas aldeias é uma realidade há muitos anos. As freguesias do pinhal, como Sarzedas, com dezenas de anexas estão a "morrer" aos poucos. No entanto, há ainda muitas povoações onde vivem alguns idosos que precisam de ser apoiados em termos de transportes, saúde, segurança, alimentação,... As juntas de freguesias não podem, não devem limitar-se a constatar a "morte" das aldeias e deixar andar. É o que estão a fazer, infelizmente. Um presidente de junta para justificar o não fazer nada afirma que "há freguesias há volta que estão piores". E pronto, está o assunto arrumado. Mas durante 4 anos não fizeram nada.

- Há pessoas que só agora acordaram para a "Cidade Descaracterizada". Só agora descobriram que as "pérolas" do sr. Morão transformaram a cidade numa terra sem alma. E é o Parque da Cidade, que ficou irreconhecível, são as obras do Pólis de que nunca mais se conhecem as contas, é o Largo de São João que se o Cruzeiro falasse diria bonitas coisas, é a Praça Camões, é o jardim da câmara,... São tudo obras acerca das quais nós já falámos há meses. Estes senhores acordaram agora. No entanto, criticam, mas pedem desculpa.
Ninguém pode ser obrigado a estar de acordo com algo de que não gosta, que põe em causa valores que se defendem, convicções que se afirmam,... Pedir desculpa porque não estamos de acordo com as asneiras? Pedir desculpa porque temos opinião? Como diria o "inefável" Lino "Jamais". A crítica democrática é fundamental para o exercício da democracia e ninguém deve pedir desculpa pelo seu exercício.

07/08/2009

AO BORRACHO E AO MENINO

O meu amigo João Teixeira mais uma vez me enviou uma crónica deliciosa, com aquele humor certeiro e corrosivo. Esta crónica trata de um assunto que foi notícia dos jornais há alguns dias. No entanto, é plena de oportunidade, pelo assunto de que trata. Aqui a deixo para que possam apreciá-la, pois este blogue também se faz da língua portuguesa bem escrita e de qualidade.


"Talvez fosse mais aconselhável não falar
disto. O Necas diz-me que quanto mais se mexe na porcaria mais mal cheira. Mas não falar também me dá voltas à barriga… e pelo menos desabafo. Acontece que o tal Alberto acordou há dias com a vasilha ainda em fermentação e lembrou-se de bolsar a peregrina ideia de ilegalizar os comunistas. Constitucionalmente, legalmente, como manda o Estado de Direito e fica composto o ramalhete. Alberto João Jardim faz o que quer. Arrogante e pesporrente, criou na Madeira um clima de medo e de favorecimento de clientelas ao melhor estilo caciqueiro. O Estado é tolerante: tem fechado os olhos às suas diatribes, aos seus humores e às suas vontades, como se existissem energúmenos bons e energúmenos maus. Alberto João Jardim insulta quem muito bem lhe apetece, promove a calúnia e instiga o separatismo (ele e os que o acompanham) com assobios para o lado. Ameaça e faz chantagem com o dinheiro dos impostos de todos nós, contados ao milímetro para os restantes cidadãos, com impunidade e a conivência do Estado. Alberto João Jardim faz birras com as leis da República quando lhe convém, porque não, com argumentos porque sim, e o Estado remata para canto, dizendo que o assunto se resolverá. Alberto João Jardim faz de palhaço-estadista, faz de estadista-alcoólico, como se o Estado fosse um circo ou uma taberna. Sintomaticamente, o silêncio fez-se no seu partido em cujos figurões pensam a mesmíssima coisa. Dizem-no em privado, como é timbre de gente de públiicas virtudes e vícios privados. Riem baixinho de óbvio assentimento e até dizem em jeito de bonomia estulta: “este Jardim é o máximo!” Eis se não quando, o Necas me chegou com a notícia de que um tal Coutinho, colunista, arauto d’”Voz da Razão” no diário das grandes parangonas, dizendo concordar com o sr. dr., que sim senhor, que totalitarismos não sei quê, que se o fascismo é proibido, logo o comunismo, que é parente, também se mete no mesmo saco. Mas onde é que esta gente estava no 25 de Abril? Este, como é óbvio, saltando alegremente nos timtins do senhor seu pai. Pela fácies não parece que vá muito além do martini on the rocks. É das farinhas, só pode! Ou então é porque o homem é mesmo assim, pronto. E sendo assim, não há nada a fazer. No mínimo ganhará mais narizes de palhaço por esse google fora. O mal de tudo isto é que o assunto é sério. Começa-se normalmente assim, tipo bebedeira seca, tipo como quem não quer a coisa, e quando se dá conta já é tarde, porque os esbirros já vêm no primeiro andar do nosso prédio. Depois não há deus que ponha a mão por baixo."

João de Sousa Teixeira teijoao@gmail.com

31/07/2009

200 euros de poupança!


A última promessa do PS/Sócrates que pretende resolver os problemas das famílias e dos jovens daqui a 18 anos é a demagogia mais inconcebível que nem sequer se deram ao trabalho de verificar que é ridícula e ofensiva das pessoas.
O que as famílias portuguesas precisam é de trabalho e salários condignos, de boa habitação, de boas escolas e saúde públicas,...
Esta é que deve ser a política a seguir no futuro.
Uma conta poupança de 200 euros revela que estes senhores consideram os portugueses pouco exigentes e inteligentes, já que esta promessa é uma péssima imitação de uma medida já existente em vários países (em Espanha, por exemplo o valor é de 2500 euros).
O que vale é que os portugueses no dia 27 de Setembro mostrarão o que valem estas promessas e q não se deixarão enganar.

30/07/2009

Já se suspeitava!


Uma juíza do tribunal de Felgueiras absolveu a presidente da autarquia local das nove acusações a que fora julgada. Nem uma. Nem de abuso de poder. E ainda por cima com falta de provas. A senhora fugiu para o Brasil, pagou aos advogados com dinheiro da autarquia, utilizou 2,8 milhões de euros para financiar as actividades do clube local e o ministério público nem um eurinho conseguiu provar.
O que é que os delegados do ministério público andaram a fazer? Que investigação, que acusação fizeram que as provas recolhidas não provaram nada? O que é que o cidadão comum pensa de uma justiça destas? De uma justiça que só consegue provar o roubo de galinhas.
Será que o cidadão comum fica motivado para exigir ou para reclamar justiça quando vê acontecer coisas destas?
Ainda por cima a sentença foi lida a tempo da senhora poder concorrer às eleições autárquicas e continuar a "defender o bem...."

29/07/2009

Aquilo que não devia existir

Há alguns dias um amigo leitor que se assina David deixou o seguinte comentário:
"Já agora, gostaria de comentar a vergonha que acontece no bairro do valongo em relação aos passeios que ai existem. Passeios de cimento feitos pelos moradores(onde é que isto ja se viu ?), depois uns fazem outros não....enfim...será que a câmara municipal nao tem vergonha da sua actuação nesse bairro."
Eu respondi dizendo que brevemente começaria a apresentar algumas das dezenas de fotografias que tenho desse bairro, sobre os mais variados assuntos.

Começamos por apresentar uma visão global do bairro:
Esta imagem já dá para ver no estado em que se encontram algumas ruas e a forma como o bairro está organizado.
Será que o presidente da câmara e os seus vereadores conhecem este bairro? Se o conhecem e têm de saber em que "estado" se encontra, ainda é mais grave. Não merecem o apoio dos moradores do Valongo.
Fizeram a estrada, talvez para sair mais depressa do bairro. E as ruas? Será que os moradores deste bairro vivem num país diferente e não pagam impostos?
Para dar uma ideia breve daquilo que o amigo David apontava parece bastar. Estes munícipes também têm direitos, que pelos vistos, os responsáveis esqueceram.

28/07/2009

O Primeiro Aniversário

Este blogue faz hoje um (1) ano. Tem uma vida muito curta ainda.
Não vou fazer um balanço daquilo que foi dito e feito, mas digo que o autor se sente satisfeito com o que produziu e vai continuar.
Gostaria, hoje, de contar algo que nos fizesse esquecer a crise. No entanto, tenho de continuar a denunciar situações que devem ser banidas da nossa sociedade.
Não é possível contar coisas "bonitas" quando, um pouco por todo o distrito, acontecem casos a mostrar que a nossa democracia está doente e que o medo já está instalado:
- uma jovem, no exercício do seu direito de cidadania, pretendia integrar uma lista da CDU; foi-lhe dito que tivesse cuidado com o que andava a fazer. Os contratos às vezes não são renovados.
- um homem de idade, já depois de ter assumido o compromisso de candidatura a uma assembleia de freguesia, desistiu alegando que não queria prejudicar o filho que precisava de uma licença para resolver a sua vida. As licenças às vezes não são passadas.
- um pouco por todo o lado as pessoas dizem: "eu gostava muito, mas estou desempregado(a)"; "lá no emprego parece-me que não gostam muito dessas coisas; eu gostava, mas tenho medo que me despeçam".
Estas situações revelam uma sociedade em que os humildes são mais uma vez ofendidos. Não podemos ficar indiferentes.

Como podemos ficar calados quando se toma conhecimento passados anos que não há um "Centro de Ciência Viva" no concelho de Castelo Branco, porque houve duas pessoas que, em vez de pensarem nos interesses do concelho e das crianças, pensaram apenas no seu protagonismo. Em vez de se entenderem, cada um queria ter o penacho. Resultado: não há "Centro de Ciência Viva".
Descubram quem são eles. É fácil.
Como podemos ficar calados quando, os dinheiros públicos servem para fazer campanha eleitoral com coisas destas:

- Para hoje, às 18h00, o presidente da câmara Joaquim Morão convidou os albicastrenses a estarem presentes na
"Apresentação do projecto do edifício multiusos do Pólo Logístico da ASAE" e
"Mostra de material contrafeito apreendido pela ASAE"
Para isto vai estar presente o Inspector-Geral da ASAE e o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.
Digam lá se isto não é uma coisa importante. É assim que se gasta o nosso dinheiro.

Para dia de aniversário já chega.

26/07/2009

Quando alguém se põe a pensar...

Já várias pessoas me chamaram a atenção para o estado de abandono em que se encontram alguns pequenos jardins das zonas mais periféricas da nossa cidade.










O que se vê nas fotos anteriores é um caso exemplar. Tem uma pequena fonte, cujos canos foram arranjados recentemente, mas o tanque estava sujo e sujo ficou. Parece que os moradores já fizeram diligências várias na câmara, desde HÁ ANOS e está como se vê. Alguém se interrogou, porque se pôs a pensar: só pode ser teimosia ou então para mostrar que ele é que manda. Quem será? Só pode ser alguém que não aceita a participação dos munícipes.

A minha filha disse-me mais do que uma vez que não faz qualquer sentido "organizar" um jardim e depois deixá-lo abandonado, a secar e a ser invadido por ervas daninhas até desaparecer. É investimento perdido. Esta situação está a acontecer um pouco por toda a cidade, nas zonas periféricas.


















A noite passada, um vizinho meu, incomodado com o estado em que o pequeno jardim que foi organizado em frente ao nosso prédio se encontra, decidiu cortar uma figueira, que se desenvolvia dentro do canteiro e limpar as ervas daninhas dos outros. Conforme disse: já que a câmara não faz, temos de fazer nós. Realmente vivemos na periferia; isto não é o centro, não se vê.

As fotos que se seguem exemplificam bem esta situação. Quando a gente se põe a pensar,...

25/07/2009

O Jantar

Pelos vistos, a ética política anda pelas ruas da amargura pelas bandas do PS/Morão. Mas não é só a ética, é também o conceito de democracia, que tão maltratada é. Como podem as pessoas ver o exercício da política com bons olhos quando se praticam acções que até os mais simples olham com desconfiança.
Vem isto a propósito do "jantar" do senhor Morão. Em conversa com algumas pessoas que foram lá ficaram algumas interrogações:
- Alguns foram lá como mirones. Para ouvir o que se dizia e também para comer um jantar à borla.
- Aquela gente toda das aldeias, a maior parte idosos, com uma bandeirinha na mão, estavam ali porquê? Foram arregimentados para aplaudir o senhor Morão em troca de um passeio e de um jantar, tal como já fizeram noutras ocasiões com outros candidatos de outros partidos. Até mesmo alguns destes se interrogavam: "donde vem o dinheiro para isto?" Que gente é esta que se serve do poder para manipular e arregimentar as pessoas?
- Parece que o jantar e os autocarros para as deslocações foram pagos pelos organizadores do jantar. Existe uma lei de financiamento que impõe limites às despesas. Os valores gastos num jantar não ultrapassam esses limites? Ou, para alguns tudo é permitido?
- É evidente que houve pessoas que ficaram chocadas com a arrogância e a manipulação dos simples.
Torna-se claro que uma democracia que é vivida desta maneira é pobre. É uma democracia onde o medo já está instalado. É uma democracia em que os valores da liberdade e da dignidade já estão ameaçados. É preciso dizer NÃO.

23/07/2009

As "pérolas" das obras do sr. Morão - O Lixo

A Praça Camões, mais conhecida por Praça Velha, está enquadrada por um conjunto de edifícios antigos de qualidade arquitectónica e está inserida na zona histórica e como tal merece ser tratada com respeito e dignidade.
A exemplo do que tem acontecido noutras praças da cidade, também esta sofreu o "tratamento" inconcebível que se vê. Não havia outro local para colocar os contentores, que não fosse mesmo em frente ao "Palácio dos Motas"? É o que se chama "dignificar" a praça. Ou então, deve ser a "melhoria" pós-moderna que defendem lá para os lados da Praça do Município.

Vejam lá se o "Lixo" não fica bem ali e a Praça Velha não fica mais atractiva?

Querem ver que o homem foi eleito e não sabia!

A Associação Belgais, cuja situação tem sido motivo de notícias várias, reuniu a Assembleia Geral há cerca de uma semana para analisar a situação e tomar algumas medidas, tentando evitar o encerramento.
De acordo com o jornal "Gazeta do Interior", o presidente do Conselho Fiscal da Associação, que foi eleito em Janeiro passado, não participou na Assembleia Geral porque ainda não tinha tomado posse, depois de 6 meses. Mas parece que para este senhor é uma situação normal. Qualquer outra pessoa faria diligências para assumir o cargo. Mas ele não. E porquê?
É preciso dizer que o "eleito" é o senhor Joaquim Morão, presidente da câmara. Tomar posse para quê? Ele não se preocupa com ninharias. Ainda mais com todos os problemas que a Associação viveu. Com amigos destes quem é que precisa de inimigos?
Há quem chame a estas atitudes outros nomes. Deixo ao critério dos leitores a escolha do nome que acharem mais adequado.

22/07/2009

Já estava à espera!

Quando acontece aquilo que nós esperamos, torna-se uma coisa banal. No caso de que falo, embora vulgar, não deixa de ser indigno para quem o comete.
A folha semanal de Castelo Branco que se publica à quarta-feira, mantendo a tradição de ocultar quem não alinha pela voz do dono, fez aquilo que se esperava.
Para noticiar a apresentação dos candidatos da CDU à Assembleia Municipal, O MÚSICO JOÃO PEDRO DELGADO e à Câmara Municipal o PROFESSOR DE MATEMÁTICA FRANCISCO COSTA (e escrevo com letra maiúscula, porque eles são gente maiúscula), produziram um texto que colocaram na página 6, sem qualquer referência na 1ª página.
Comentando a assunto num grupo de amigos, alguém afirmava que "eles não têm vergonha". Logo outro amigo, com sentido de humor afirmava que "eles vergonha têm, não fazem é uso dela, para não se gastar". E não terá ele razão? Será que o autor do texto quando se encontrar com algum dos candidatos não baixará os olhos de vergonha pelo "belo" trabalho que fez? Se este é tipo de democracia que eles defendem estamos bem entregues, porque nem a Constituição Portuguesa eles respeitam. Como é que eles hão-de respeitar os opositores!

21/07/2009

CDU apresenta candidatos à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal

A CDU apresentou ontem (20/Julho/2009) publicamente os seus candidatos à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal de Castelo Branco, respectivamente João Pedro Delgado e Francisco Costa. Apresentamos a seguir uma pequena biografia de cada um dos candidatos:


João Pedro Delgado - 30 anos - músico, professor de música

Nasceu no Porto em 1978. Membro da Comissão Concelhia do PCP em Castelo Branco. Membro da DORCB.

Depois dos estudos no Conservatório de Música de Viseu, formou-se em Música na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Artes de Castelo Branco. Desde então leccionou já nos Conservatórios de Música de Almada, Torres Novas e Covilhã, exercendo agora a docência no Conservatório de Música da Guarda. Trabalhou na RDP - Antena 2 entre 1999 e 2002, tendo sido o mais jovem autor de programas daquela rádio, com a autoria e apresentação do programa semanal "CDs e LPs". Com diversos agrupamentos, nomeadamente o Quarteto São Roque, tem-se apresentado em concertos e recitais pelos mais importantes palcos do país (CCB, Teatro São Luiz, Teatro Municipal da Guarda, Coliseus de Porto e Lisboa, Pavilhão Atlântico, etc, etc), bem como em inúmeros palcos estrangeiros (México, China, Inglaterra, Irlanda, Luxemburgo, Andorra, Espanha, etc). Tem igualmente participado em inúmeras gravações discográficas e transmissões audiovisuais, tanto em Portugal como no estrangeiro. Colaborou como instrumentista com orquestras como Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, entre outras.
Tem realizado actividade científica na área da música e musicologia, em colaborações com os Institutos Politécnicos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Câmara Municipal da Guarda, entre outros.
Reside em Castelo Branco desde 2002.
Foi director artístico do Centro de Artes de Belgais e do seu Coro Infantil entre 2007 e 2008.

Chamo-me FRANCISCO JOSÉ ANTUNES DA COSTA, nasci na freguesia de Zebreira, concelho de Idanha-a-Nova, há 60 anos, onde vivi até aos 13 anos.
Membro da Comissão Concelhia e da Direcção Regional de Castelo Branco do PCP.

As dificuldades económicas fizeram-me, desde muito novo, tomar consciência das desigualdades injustas que o fascismo impunha e passei a valorizar a liberdade e a justiça.

A partir dos 13 anos estudei em Castelo Branco, onde sempre residi, com a excepção de alguns períodos relativos ao serviço militar e à frequência do curso superior.

Fiz todo o Ensino Secundário em Castelo Branco e em 1969 iniciei o serviço militar, que se vai prolongar até Janeiro de 1973, altura em que passei à disponibilidade. Entre Julho de 1970 e Dezembro de 1972 estive como alferes miliciano na ex-colónia de Moçambique.

A partir de Junho de 1973 comecei a trabalhar num banco em Lisboa, ao mesmo tempo que preparava a minha entrada no actual Instituto Superior de Economia e Gestão.

Em 1975, com o bacharelato completo mudei de actividade e passei para o ensino básico. Tornei-me professor de Matemática/Ciências da Natureza do 2º ciclo, actividade que mantive até hoje e regressei definitivamente à cidade de Castelo Branco. Actualmente estou ligado à Escola Superior de Educação de Castelo Branco, num Programa de Formação Contínua de Matemática para Professores dos 1º e 2º Ciclos. Entretanto fiz a minha licenciatura.

Politicamente, sou militante do PCP desde 1976. Em 1979 fui candidato à Câmara Municipal de Castelo Branco e fui eleito vereador e mantive o cargo durante dois mandatos até 1986.
Apesar de não ter exercido cargos autárquicos a partir dessa data, mantive a nível partidário e da CDU tarefas ligadas às autarquias. Considero-me uma pessoa bem informada sobre as questões autárquicas, quer em termos legislativos, quer políticos.
Ao encabeçar a lista da CDU para a Câmara Municipal, em 2009, penso estar bem preparado para assumir qualquer cargo a nível autárquico, tendo em atenção os princípios que o projecto unitário defende: TRABALHO, HONESTIDADE, COMPETÊNCIA.

Ambos os candidatos apresentaram as principais linhas de actuação que se propõem desenvolver nos órgãos para os quais concorrem, sob o lema da CDU, que podem ser lidas aqui .

TRABALHO - HONESTIDADE - COMPETÊNCIA