23/07/2010

As obras do Comendador - A saga do "jardim" da câmara continua II

Em relação ao último post um leitor que se assina Viriato deixou o comentário que se segue. Dada a importância dos assuntos abordados, tomei a liberdade de o publicar. Só não o fiz há mais tempo porque as novas tecnologias às vezes também falham. Foi o que me aconteceu.
O comentário diz respeito, como verificarão, ao "jardim" da câmara e às incidências que têm acompanhado a sua construção.

Rachas? E as que foram tapadas?
E as que estão no interior?
Era uma das coisas que tinha para dizer.É verdade que o edifício ficou danificado. O ambiente não facilita. Mesmo assim há quem fale abertamente. É certo que alguns ficam na prateleira. Mas eles têm medo dos que sabem demais.
Funcionários nada sabem do que se vai passar com as mudanças. Ainda, não receberam ordens. Ficaram satisfeitos por saberem que há quem os defenda. Confirmo que há divergências nos sectores de fiscalização.Não tem sido pacífica a discussão. Porque, o que se está a passar viola as leis. Mas, ele impõe tudo. É bruto. Mesmo assim há resistências. Aguentar tudo isto não é fácil.
Viriato

Aquilo que é afirmado é muito grave. Parece que estamos a voltar atrás. O tempo dos caciques locais e dos pequenos ditadores já passou. No entanto, quando se afirma que há trabalhadores com medo e que vão para a prateleira, é algo de muito grave. Além disso, há decisões que violam as leis. É inadmissível que uma instituição pública não cumpra o legislado, dando um mau exemplo.
Voltaremos a este assunto.

21/07/2010

As obras do Comendador - a saga do "jardim" da Câmara continua

Quando se pretendem fazer obras, sejam públicas ou privadas, devem fazer-se projectos devidamente elaborados e ponderados, de modo que estejam de acordo com as necessidades. Pelos vistos não foi o que se passou no "jardim" da câmara. Os problemas são mais que muitos. Deixo aqui para que se apercebam da gravidade da situação o comentário deixado neste blog pelo meu amigo Carlos Vale:

Hoje, dia 20/03/10, após publicação no "Povo da Beira" da crónica "Que se passa com "Jardim" da Câmara?", fui constantemente abordado por cidadãos para me solicitarem mais informações, aclaração de alguns aspectos, para acrescentarem mais algumas situações em relação a este caso que é ainda mais grave do que pensávamos.
Também os desprevenidos para mais esclarecimentos. Igualmente, os eternamente boquiabertos,etc. Curiosamente ninguém questionou o que se escreveu. Pelo contrário, como já disse, houve quem desse mais informação. Por exemplo: Que o "pé-direito" do espaço para o pessoal tem apenas 2,20metros. Que as obras provocaram "rombos" no edifício da Câmara que colocam em causa os azulejos. Informação que já me tinha chegado e que não referi na crónica. Confirmação do descontentamento geral do pessoal que vai trabalhar em condições que que a lei não permite...Mais:
Alguém, sabedor de questões de segurança, mostra-se surpreendido por uma entidade pública como uma Câmara, que devia ser exemplo do cumprimento da lei, insistir na prática de ilegalidades sucessivas.
Como é possível a Câmara praticar actos que estão vedados aos particulares. Como é possível a Câmara não cumprir as leis que a Autoridade das Condições de Trabalho impõe a qualquer cidadão ou a qualquer empresa particular.
Claro que, todos estes aspectos suscitam outras perguntas, tais como:
- Será possível que as várias entidades responsáveis pelo cumprimento escrupuloso das leis o permitam?
- Será possível que todas estas ilegalidades sejam sancionadas na presença de um membro do Governo, o Secretário Estado Administração Local?
Bom, pelos vistos...
Carlos Vale

Vejamos algumas fotos que ilustram alguns dos aspectos referidos no texto, nomeadamente as fissuras nas paredes do edifício da câmara e que se vêem do exterior.


19/07/2010

Mega-agrupamentos porquê

O texto que se segue é retirado de uma notícia hoje publicada em "O Público" (19/07/2010):

"A criação de grandes agrupamentos escolares que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo está em queda noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência."

Ao ler a notícia temos de ficar indignados, pois os nossos excelentíssimos governantes andam sempre atrasados. Agora que têm a oportunidade de mostrar que estão à frente dos outros em alguma coisa, querem imitar o que não presta e que os outros já puseram ou vão pôr de lado.

E são os finlandeses que o nosso primeiro tanto gosta de apresentar como referência da excelência na qualidade seja do que for; e são os americanos, que não querem escolas com mais de 400 alunos, porque as outras já mostraram que o sucesso é uma miragem; e são os ingleses que concluem que escolas mais pequenas são mais qualificadas, mais autónomas e mais humanas; e já não falo de todos os outros países que não embarcaram nesta "loucura" de agrupamentos sem sentido.

Porquê esta insistência nestes agrupamentos desmesurados? É evidente que as questões de qualidade não estão presentes nesta sanha de fechar escolas com menos de 20 alunos e criar mega-agrupamentos com 3 000 alunos. Qualidade pedagógica, autonomia, alunos e professores motivados? Isso é miragem.
O que se pretende é reduzir custos. Foi e será sempre o objectivo último deste (des)governo PS/Sócrates e do seu irmão gémeo Passos Coelho/PSD.

Ler notícia completa em:

http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/ao-contrario-de-portugal-la-fora-apostase-no-regresso-a-escolas-mais-pequenas_1447731

18/07/2010

As obras do Comendador - que se passa com o "jardim" da câmara??

O meu amigo Carlos Vale enviou-me, mais uma vez, um comentário acerca de um assunto sobre o qual eu preparava um post, porque, mais uma vez, assisti à execução de remendos, ouvi os mesmos comentários e obtive as mesmas informações referidas por Carlos Vale. E também pretendo esclarecer as contradições veiculadas sempre pelo mesmo órgão de informação.
Será que o escriba autor das "notícias" tem acesso privilegiado à "fonte"? Porque é que neste momento há "obras" nas clarabóias?


Que se passa com o "jardim" da Câmara?
Em 18/02/10,o "Reconquista" dizia que "Nova praça liga as avenidas" e "Obras na recta final". Acrescentava que "não fosse o mau tempo, já estaria concluída".
O mau tempo já se foi, o verão está quentinho e as obras duram.
Sabe-se que há um "bico-de-obra" e grande. Particularmente com a área destinada aos serviços e ao seu pessoal, que diziam ter 400 metros quadrados e que agora dizem ser 600 metros quadrados. Dizem que o "pé direito" é baixo. Que há problemas com humidades, que tanto vêm da superfície como do solo. Os motores de extracção funcionam 24 horas por dia a escoar a água. Que a água é desperdiçada. Que também há problemas com a ventilação forçada, com o sistema de segurança e detecção de monóxido de carbono, gerador de emergência, o que suscita muitas dúvidas a quem zela por estes serviços.
Que o entusiasmo do pessoal pelo "Bunker"(é assim conhecido) é quase nulo. Há quem diga que a culpa é do projecto. Outros dizem que as alterações, adaptações e remendos é que vieram estragar tudo! Quem olhar para imagens virtuais do "Reconquista" facilmente verifica que o que está no terreno não é o mesmo que está no papel. Também o "buraco" que está no jardim que era para ter uma função que afinal não tem, mais um "remendo", foi entretanto dotado e bem, de grades; mas, afinal continua a ser perigoso de um dos lados.
Concluindo, as obras foram orçadas em cerca de 2 milhões de euros. Com toda esta parafernália de incidências, é fácil concluir que os custos subiram e muito.
Se assim for, os cidadãos, que são os que pagam, têm o direito de ser informados. O seu dinheiro não deve servir para pagar caprichos.
Contas são contas.
Também se verifica que há fontes de informação que dão números e notícias contraditórias sem se interrogarem. Qual é o objectivo?
Carlos Vale

Neste momento é fundamental haver resposta às dúvidas que pairam no ar. Tem ou não tem condições de utilização por pessoas o espaço destinado aos serviços? É ou não legal o pé direito do espaço? Compete ao presidente da câmara dar as respostas a estas perguntas e outras. Não pode assobiar para o ar como é seu hábito.

13/07/2010

A cidade do Comendador - IV

Neste blog pretende-se que os leitores participem dando a sua opinião livre e as suas sugestões serão sempre consideradas, respeitadas e valorizadas. Relacionado com o post anterior foi deixado um comentário do qual retiramos o texto que segue e ilustraremos com uma imagem:

"Ainda, do lado oposto, está um largo "recuperado" que nada, mesmo nada,tem a ver com a beleza deste recanto.É bem o exemplo do que não se deve fazer!"

A imagem do Cruzeiro (monumento nacional), perante a "recuperação" do Largo, destaca-se porque a praça não tem nada a ver com a dignidade de monumento antigo. É esta a cidade pós-moderna do Comendador!

12/07/2010

A cidade de que gostamos - IV

Há quem diga que uma imagem vale mais que muitas palavras. Eu penso que uma imagem pode ter muitas leituras, depende de quem a vê e a forma como é vista. O fotógrafo pode também ter influência na leitura da imagem. Depende do enquadramento, da luminosidade, da amplitude,...
É evidente que estas palavras têm a ver com as imagens da "cidade de que gostamos". Aqui deixamos mais uma para que a apreciem.


(os caixotes do lixo estão lá a mais)

10/07/2010

As obras do Comendador - O parque da cidade

O Parque da Cidade sempre foi uma referência e muitos turistas sentiam curiosidade em conhecê-lo. Não era por acaso esse interesse.
Tinha dezenas de árvores que tornavam aprazível uma visita pela frescura que emanavam.
A minha filha gostava especialmente do lago com os cisnes e os patos.
Havia também um coreto, que infelizmente tinha pouca utilização.
Os campos de ténis foram-se degradando e deixaram de ter qualquer utilidade.
O ringue de patinagem e o ecrã gigante também perderam o uso e acabaram degradados.

Um parque que era procurado por dezenas e dezenas de pessoas foi sendo deixado ao abandono, foi sendo esquecido e degradação tomou conta dele. Por vezes, ainda penso que foi propositado.
Quando não há preservação e muito menos melhoria, só acaba por acontecer que os responsáveis conseguem o argumento que procuravam: DEITAR ABAIXO PORQUE O QUE LÁ ESTÁ NÃO SERVE;NÃO ESTÁ EM CONDIÇÕES. Mas de quem é a culpa?
Foi o que aconteceu com o nosso Parque. Desapareceram as árvores, o lago dos patos, o coreto, os campos de ténis, o ringue e o ecrã gigante, que segundo ouvi recentemente era único no país. É claro que a opinião contrária e abalizada de muitos albicastrenses não contou para nada. Só se sente aquilo que nos está no coração.

O que é certo é que o parque ficou assim:
O que era um parque aprazível com árvores transformou-se num jardim de pedra.

Para surpresa nossa lemos recentemente num jornal local que se anda a fazer um estudo com vista à construção de um novo ecrã para levar novamente o cinema para o parque. Já existe um arquitecto encarregado de fazer o projecto, cuja execução vai custar aos cofres da câmara (dos nossos impostos) 250 000 euros. Mas o mais curioso é que não há nada de concreto na fala do Comendador, mas entretanto lá vai aparecendo um "boneco". É mais uma espertalhice. É para ver se pega.

Depois desta novela quem ficou a perder foi a cidade e os albicastrenses, de duas maneiras: porque deixaram de usufruir durante anos de um bem que era importante e agora para ser substituído vai custar uma enormidade de dinheiro.
Os culpados ficam impunes.

09/07/2010

As obras do Comendador - A Rua de Santa Maria

O meu amigo Carlos Vale deixou-me o texto que se segue como comentário ao que se está a passar na Rua de Santa Maria. É mais uma das obras do comendador. No texto vou acrescentar algumas fotos, onde se podem ver buracos cheios de lixo, que os amigos da noite utilizam como lixeira. E vamos ver as célebres "páginas amarelas" que vão ficar até mais ver.No mínimo diremos que a coordenação das obras foi feita à "martelada": a câmara não procurou coordenar com outras empresas a realização das obras necessárias e agora os moradores vão ficar à espera até um dia. Obras de Comendador!

"A Rua das Páginas
Amarelas"


A cor Amarela desperta nas pessoas reacções bastante antagónicas.
Amarelo é a cor do SOL, é por isso a cor da Vida. Dizem que é a cor da Generosidade.Que é o símbolo da Mente e do Intelecto. Amarelos e famosos são os Táxis de Nova Iorque. Bonito é o Amarelo da Carris.

Outros dirão que é a cor da Morte ou da Doença. É a aproximação do Perigo nos semáforos de trânsito ou Alerta-Amarelo na Meteorologia. Amarelo foi motivo de Inspiração para muitos Artistas. Significou muito para Pintores, como Van Gogh e Paul Gauguin.
O mesmo aconteceu na Literatura, com destaque para a Infantil.
O Sapo Amarelo.O Cavalo Amarelo.
O Pássaro Amarelo. O Chapéuzinho Amarelo.
Ainda no Cinema e Televisão, com o Submarino Amarelo e o Rolls-Royce Amarelo. E também Recordações da Casa Amarela. Quem não se lembra do Sítio do Picapau Amarelo?
Que saudades...
Tudo isto, para dizer, que hoje fui abordado por algumas moradoras da Rua de Santa Maria, diga-se com uma fina dose de humor, da seguinte forma:
-Já sabe que vamos mudar o nome à Rua? Agora passa a ser a "Rua das Páginas Amarelas".
Sorri-me, porque horas antes tinha visto que os buracos destinados a futuras ligações de diversos serviços estavam agora tapados com novas pranchas de madeira pintadas de Amarelo. É que as metálicas que lá estavam antes, tinham "voado" todas. A conversa foi bem animada, um pedaço de tempo bem divertido.

Sabem uma coisa?
Dizem que o Amarelo diverte as pessoas. Há um Amarelo que dizem que é das "Doidas"!
Pelo menos,duas coisas são certas, algumas das Páginas, perdão, das Pranchas Amarelas, já estavam danificadas só com a passagem dos carros de um só dia e,as obras estão ali, para durar. Como é costume...
Bom,também há quem diga que há gostos para tudo e acrescentam: Até há quem goste do Amarelo!
Eu só direi que:
Há gostos bem piores...
Carlos Vale

05/07/2010

A Cidade do Comendador - III

O Comendador é um homem das arábias. Tem sempre resposta para tudo. Mesmo que seja uma incongruência, uma demagogia perfeita ou uma tirada de ignorância quimicamente pura, confiante na sua arrogância e que quem está à sua frente não tem coragem de o confrontar com a inverdade ou tolice da sua resposta.

Na última sessão da Assembleia Municipal, questionado sobre a Central de Camionagem saiu-se com uma monumental espertalhice: o problema da central de camionagem "é uma questão técnica e não política". Os técnicos é que têm de se entender em relação à localização para podermos avançar e "não se façam trapalhadas como no passado". O que se chama a isto?
Quais técnicos é que têm de se entender? Os técnicos que fizeram os diferentes projectos e apresentaram soluções diversas? Ou os técnicos da câmara que ele sistematicamente desautoriza e as asneiras sucedem-se umas atrás das outras, porque não respeita os seus projectos?
Quem é tem de decidir? É o poder político ou os projectistas? Toda a gente sabe que os técnicos fazem os projectos, apresentam as propostas e o poder político decide o que vai fazer?

O que é que o comendador quer? Parece evidente. Para assacar aos outros as trapalhadas que costumam aparecer, e é em todas as obras, começa a mandar recados: "vejam lá se se entendem que eu assim não jogo".
E os munícipes também não jogam assim. Vai sendo tempo de mudar a paisagem.



04/07/2010

As SCUT e as portagens - II

Embora todos os partidos representados na Assembleia Municipal de Castelo Branco afirmem não querer portagens na A23, isso não corresponde à verdade.

Quer o PS/Morão/Sócrates quer o PSD/Passos Coelho querem portagens para todos, excepto para os naturais dos concelhos atravessados pela SCUT, neste caso a A23.

E os naturais dos concelhos contíguos como, por exemplo, Proença-a-Nova, que está mesmo ali ao lado e têm de utilizar obrigatoriamente a A23? E os de Oleiros? E da Sertã? E de Idanha-a-Nova?
É claro que estes não foram beneficiados pela sorte e então têm de pagar para os "felizardos" de Castelo Branco. Que nome tem isto?

Mas a suprema demagogia é a do "deputado" do PSD Álvaro Batista, que, de acordo com a imprensa local (Reconquista)
"defende que sejam colocadas, em sítios estratégicos, portagens, com portageiro, "pois sempre seriam criados alguns postos de trabalho", dando como exemplo a zona dos túneis da Gardunha e as Portas de Ródão, defendendo que a receita cobrada nesta via revertesse, em parte, para o desenvolvimento local." Estão a ver como o homem descobriu a medida capaz de resolver todos os problemas da crise, do desemprego e do desenvolvimento regional. Será que há gente capaz de fazer propostas destas sem corar de vergonha?

Mas estes senhores, que representam PS/Morão/Sócrates e PSD/Passos Coelho, irmãos gémeos, acompanhados do primo CDS/PP/Portas, nem sequer se dão ao trabalho de ver o que diz o governo no seu programa sobre as SCUTs e que o deputado da CDU, João Pedro Delgado refere: "não haverá portagens nas SCUTs a bem da coesão nacional" e também "onde não há alternativas, como é o caso, e onde o desenvolvimento económico e social esteja abaixo da média nacional, o que também se verifica, pelo que se o Governo cumprir o seu programa, não há portagens na A23."

Esta é a medida justa para as populações, todas, do interior que passaram muitos e muitos anos a financiar o desenvolvimento de outras zonas do país e foram esquecidas. Tem de haver solidariedade e justiça.

02/07/2010

O governo de Portugal, a política económica e a pobreza

O meu amigo Carlos Vale deixou num dos posts do meu blog os dois comentários que se seguem. Com a sua devida autorização fundi-os e alterei-os ligeiramente e aqui os deixo como informação actual acerca da pobreza em Portugal.

Um estudo do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa), informa que 20,1% dos portugueses estão classificados como pobres.

31% dos agregados residentes que ganham entre 379 e 799 euros e encontram-se prestes a caír no grupo dos pobres.

1/5 dos inquiridos tem dificuldade em pagar a casa.

12% não tem dinheiro para comprar todos medicamentos.

Para 21% das famílias, a capacidade para suportar as despesas é inexistente.
Ir ao cinema, ao teatro, comprar um livro, são "luxos" para muitos agregados que antes o conseguiam fazer. Alguns com cursos superiores.

Para os investigadores, os casos observados confirmam a necessidade de se pôr fim aos regimes laborais que propiciam a pobreza, caso dos recibos verdes, contratos a prazo.

Em Portugal as pessoas empobrecem a trabalhar. Todos nós conhecemos casos de pessoas em dificuldades e que antes viviam razoavelmente.
Tudo obra dos governos PS e PSD.
De Soares, Cavaco, Guterres, Durão e Sócrates e dos seus aliados do capital. Com eles,só mais crise e mais pobreza. É preciso mudar de Rumo. É o próprio ISCTE que o diz.
Tudo depende nós.

Continuando:

Finalmente, recorda-se que a taxa de pobreza é calculada já depois das transferências dos apoios às famílias: sem eles, os 20,1% de pobres oficialmente declarados subiriam para os 40% da população. Isto é, tudo somado daria que 70% dos portugueses vivem actualmente na miséria ou para lá caminham.

Tudo isto, quando também saiu um estudo conjunto da Capgemini e da Merrill Linch que diz que a lista de milionários em Portugal subiu em 2009, de 10400 para 11 mil - ou seja, no ano da famosa "crise" - brotaram mais 600 milionários, uma média de quase 2 por dia.

Razão tinha Almeida Garret há mais de um século, quando interrogava:
"quantos pobres são necessários para produzir um rico?
A resposta aí está nua e crua.
Esta é a vergonhosa realidade. Um escândalo e uma afronta!

Carlos Vale

01/07/2010

Aí estão os aumentos para a defesa da crise!

Ao lerem o título do post pensarão que me enganei.
"...para a defesa da crise!". Então não deve ser "para combater a crise"? Vejamos porquê.

Hoje, dia 1 de Julho, a comunicação social em geral titulava ou referia que:

- todos os escalões do IVA (Imposto do Valor Acrescentado) aumentava 1% . Quer dizer todos os bens e serviços, como bens essenciais, medicamentos, transportes, combustíveis, ... ficaram mais caros e penalizam os mais pobres, porque os bens essenciais, mais consumidos, ficam muito mais caros, em termos relativos;
- o gás vai ficar mais caro 3,2% ou 3,5%, muito acima da inflação. Deve ser culpa dos aumentos dos salários dos trabalhadores que estão congelados;
- os transportes vão aumentar 1,2%. O problema deve ser o mesmo;
- as prestações das casas começaram já a aumentar, coitados dos banqueiros, os lucros diários dos principais bancos é só de cerca de 5 milhões de euros diários;

- o subsídio de desemprego vai baixar; os trabalhadores desempregados só vão ter direito, no máximo, a cerca de 75% do valor líquido do subsídio que recebiam anteriormente.

Depois destas medidas do nosso "patriótico governo", qual poderia ser o título da notícia. Não estão a defender a continuação da crise para os que trabalham e vivem do seu suor? Então só pode ser defender a crise para que outros encham os bolsos.