30/06/2010

As SCUT e as portagens - I

A introdução das portagens nas vias sem perfil de auto-estradas cuja sigla é SCUT (Sem Custos para o Utilizador) é uma das medidas que o governo Sócrates/PS acompanhado do irmão gémeo Passos Coelho/PSD aprovou no PECII e quer pôr os mesmos de sempre (o Zé Povo) a pagar.

Entretanto, na Assembleia Municipal de Castelo Branco, numa sessão realizada no dia 28/Junho/2010, o assunto foi tratado e a CDU, como sempre, apresentou a seguinte moção que o PS, o PSD e o CDS/PP RECUSARAM:

Moção

Considerando o entendimento entre o Governo e o PSD para a introdução de portagens em todas as autoestradas sem custos para os utilizadores (SCUT), incluindo a A23;

Considerando que:

- a A23 é uma auto-estrada sem alternativas rodoviárias na maior parte da sua extensão, desde Torres Novas à Guarda;

- a aplicação de portagens na A23 não só penalizaria a população, mas criaria mais dificuldades para o já debilitado aparelho produtivo e outras actividades económicas como a comercial na beira interior, designadamente no Distrito de Castelo Branco;

- esta região é fortemente interdependente nos âmbitos social e económico, apresentando, para além disso, índices económicos e sociais muito abaixo da média nacional;

- no distrito de Castelo Branco são muitos os habitantes que necessitam de se deslocar diariamente para trabalhar em concelhos diferentes da sua residência, para ter acesso a diferentes serviços, nomeadamente os públicos, em que muitas empresas são utilizadoras por força do seu negócio, portajar a A23 teria consequências negativas para o tecido produtivo, para o crescimento populacional, para o desenvolvimento da actividade económica, gerando a criação de mais dificuldades nas acessibilidades e mobilidade da população.

- grande parte do traçado da A23 serve regiões fronteiriças com Espanha, onde as auto-estradas são gratuitas, e onde os custos de produção, energéticos, tributários, de comunicações e transportes das empresas são já substancialmente inferiores aos das empresas portuguesas;

- uma auto-estrada como a A23 não serve apenas os seus utilizadores, representando antes um investimento no desenvolvimento de uma região inteira e um incremento na coesão nacional, tal como tantos e tantos outros investimentos quase sempre realizados nas regiões metropolitanas de Lisboa e Porto;

- os estudos recentes mostram que só uma economia coesa inter-territorialmente, multi-centrada e não unívoca, poderá ter a robustez suficiente para encarar o desenvolvimento e o crescimento seguro constantes, face a qualquer crise, como aliás está patente no programa do governo, pg.26, onde este afirma que as SCUTs permanecerão não portajadas a bem da coesão nacional;

- que todos os actores sociais, desde as associações empresarias aos poderes autárquicos, passando pelos sectores laborais, sindicatos, populações e organizações industriais vêem na A23 um recurso essencial para a manutenção e melhoria das condições económicas das regiões;

A Assembleia Municipal de Castelo Branco, reunida em Sessão Ordinária a 28 de Junho de 2010, afirma a necessidade de rejeitar e pôr termo à intenção de portajar a A23, para defesa do desenvolvimento económico, social, local e regional do concelho.

Castelo Branco, 28 de Junho de 2010

Concluindo:
Lá como cá são os mesmos. O povo é que paga.
Voltaremos a este assunto
.

29/06/2010

A cidade de que gostamos - III

A avenida Nun'Álvares é, para quem vive em Castelo Branco desde a década de 40 do século XX, um símbolo, uma matriz identitária que é reconhecida por todos. Qualquer albicastrense reconhece a sua avenida. E certamente que é para todos intocável.

27/06/2010

A cidade do Comendador - II

Não sei se se lembram, mas as eleições para as autarquias foram o ano passado (2009) em Outubro. Já passaram quase 9 meses.
Nessa altura, até o comendador, contra o que é seu hábito (para ele o munícipe não tem de saber o que se passa na câmara. Ele é que sabe), fazendo um favorzinho ao Zé Povinho lá ia dizendo que as obras da zona da Estação de Caminho de Ferro iriam avançar, não se sabia quando, mas avançavam. Até hoje.
Passaram as eleições e obras da estação nem vê-las. Centro Coordenador de Transportes quem o viu? Projecto para a estação, onde pára? Em resumo, o comendador não adianta nem atrasa em relação a esta questão - é como um relógio suiço. Há quem diga que ele não não é capaz de decidir. Será assim?
Entretanto, a zona indicada para a intervenção aparece assim:











Os munícipes albicastrenses têm o direito de exigir informações sobre o que se passa na câmara e quais são as intenções dos responsáveis acerca de assuntos que são fundamentais para o futuro da cidade. E o projecto da Estação é "estruturante" para a zona envolvente. Daí que a sua definição é urgente para sabermos que cidade nos querem dar.
Normalmente os projectos "estruturantes" modificam tudo e "produzem" soluções em que a matriz identitária é mandada para as urtigas. A gestão do Comendador já nos ofereceu vários exemplos. A cidade já está irreconhecível.
O que se deve fazer na Zona da Estação?
Primeiro que tudo resolver o problema do Centro Coordenador de Transportes, que já está atrasado mais de 25 anos.
Em segundo lugar, fazer pequenas intervenções, melhorando o existente e acrescentando pequenas coisas que não provoquem desequilíbrios. Sabemos que o que existe não está nas melhores condições. Precisa de uma intervenção, mas não de uma subversão pós-moderna saloia e bacoca e que não melhora a qualidade da zona.

Têm de se fazer algumas perguntas:

- Que solução se propõe para o edifício da actual estação de caminho de ferro?

- E todos os edifícios envolventes? As antigas casas do complexo ferroviário e que se degradam dia a dia? E os edifícios das oficinas?
- Que solução se pretende aplicar nas instalações da Metalúrgica?
- E os terrenos da antiga Prazol? Já há solução?
- Como se vai fazer a ligação com os dois lados da linha do caminho de ferro? O túnel que se encontra feito (ou semi-feito) é suficiente? Ou já ponderaram noutra ou noutras soluções?
- E o largo em frente da estação, ao fundo da avenida Nun'Álvares? E esta avenida? Continuam a querer descaracterizá-la?
São muitas perguntas que precisam de resposta. Mas os albicastrenses têm de dar a sua opinião que responda à pergunta: querem uma cidade melhorada, mas mantendo a sua matriz identitária ou querem uma cidade à maneira do Comendador?

26/06/2010

Aí estão eles - os manipuladores de sondagens

Chamo-lhes "manipuladores", mas o nome correcto seria outro.
O "painel" de que eles se servem para "obterem" os resultados é constituído por pessoas com telefone fixo.
-Agora, imaginem, o que acontece a um partido ou força política, cujo eleitorado se situa numa faixa económica, que maioritariamente não tem telefone fixo por dificuldades económicas?
- Deixa de existir que é o que pretendem os "especialistas".

Mas, por outro lado, arranjam tudo para "levarem ao colo" os seus "eleitos". Quando o PS está no governo e faz a política de direita que tem dado os resultados que se sabem e tenta fazer pagar aos mesmos de sempre - os trabalhadores e o povo - a crise que a sua política produziu apoiado pelo PSD/Passos Coelho, o que é que a
Marktest, o Diário Económico e a TSF fazem? Promovem o PSD/Passos Coelho a salvador da pátria. Que pulhas!

É o que têm feito nas últimas sondagens: o PS/Sócrates perde e o seu irmão gémeo PSD/Passos Coelho ganha. Fica tudo em família.

A forma como engendram os resultados deve ser interessante:
- O que é que fazem aos 41,6% de indecisos (afirmaram não saber em que partido iam votar), 4% de abstenções e 6% de brancos e nulos? Em resumo: mais de 50% dos entrevistados (mais concretamente 51,6%) não indicaram em quem iam votar. Mas para os especialistas isso é um pormenor.

É por isso que nós citamos um leitor da notícia que afirma (citamos de memória):

A credibilidade da Marktest a fazer sondagens é igual à credibilidade da BP a tapar furos de petróleo.

E está tudo dito. Só acredita quem quer ser enganado.

25/06/2010

As obras do Comendador - o que se passa com a "Lagoa"?

Um leitor deste blog que apenas se identificou como "Albicastrense" deixou o comentário que se segue:

O Comendador acolheu a ideia de um arquitecto (classe que, por trás, abomina e maldiz, como acontece com todas as figuras que não lhe são subservientes), para fazer um plano de água no parque urbano. O projecto foi feito, e bem, o Comendador batizou-o de lagoa e alterou-o a seu bel-prazer, e mal. A obra foi lançada e mal executada, como vem sendo hábito. A fiscalização de obras do município, a cargo de um quase capataz, falhou. Acontece que a tela, que deveria garantir a contenção da água, foi negligentemente perfurada, aquando da colocação do enrocamento. Conclusão: já com as embarcações em stock, o Comendador não inaugura a lagoa porque ... a lagoa vaza, qual cesta rota. Mas, a história não termina, antes se agrava! Quais chicos espertos, e para não darem os braços a torcer, por mais uma obra mal executada, o Comendador e o capataz engendraram uma solução! Mandaram fazer dois furos artesianos (junto ao lago dos patos), para abastecer a lagoa, mantendo a aparência de plano de água estanque. 2.ª conclusão: comete-se outro erro para tapar o primeiro. Vai gastar-se água (bem tão precioso, escasso e caro), e energia (para a bombagem), quando não seria necessário, bastava que a lagoa não perdesse água pela tela maltratada. Assim são as obras do Comendador! Uma vez que a afonia é geral (nem a oposição se faz ouvir), divulgue-se na blogosfera.

Albicastrense

Realidades:

- A "lagoa" aparentemente está pronta há alguns meses e alguns dos equipamentos começam a ficar degradados;











- À volta faltam sombras, pelo que se impõe, se houver bom senso para ouvir outras pessoas, que se plantem árvores que tornem mais agradável a permanência dos "frequentadores";


- Os furos existem (foram abertos há pouco tempo) e estão a lançar água para a chamada "lagoa dos patos";











- Tudo indica que a "história" contada pelo leitor anónimo, com mais ou menos pormenores corresponde à realidade;

- A célebre "lagoa" que devia estar a servir os albicastrenses continua fechada. Porquê?


- Posso afirmar que a CDU de que o Partido Comunista faz parte está atenta a todas estas questões e toma posições através do seu eleito na AM, João Pedro Delgado, ou através dos seus militantes, individualmente, como o Carlos Vale e este bloguista que se assina "Paco" ou ainda através da sua coordenadora concelhia.

Só falta que os responsáveis pela situação (são sempre os mesmos) respondam às interrogações e resolvam os problemas que é a sua função e responsabilidade.

21/06/2010

A cidade de que gostamos - II

Esta cidade, que é a nossa, tem muitas coisas para nos surpreender agradavelmente. Hoje vamos apresentar fotos de um conjunto de edifícios antigos, que, se não olharmos com atenção, passamos sem os notar. No entanto, a sua beleza e harmonia está lá!

18/06/2010

A desertificação das nossas aldeias

Este post devia ter sido escrito e publicado ontem, dia 17 de Junho, Dia Mundial do Combate à Desertificação e à Seca. Embora a desertificação de que vamos falar não seja a mesma a que se refere o dia 17 de Junho, esta desertificação não é menos importante. É a desertificação de pessoas, que leva à morte lenta das comunidades, especialmente das rurais e do interior do Portugal profundo, antigo e verdadeiro, mas esquecido e abandonado.



Recentemente, um amigo escreveu um artigo num jornal local onde relembrava alguns números.
Em 1953, a antiga província da Beira Baixa tinha uma população de 356 806 habitantes. A partir dessa data é sempre a descer.

O distrito de Castelo Branco, com território ligeiramente menor que a província, tinha 316 536 habitantes, em 1960. Como é sabido, na década de 60 do século XX a emigração fez diminuir em muitas dezenas de milhar a população rural. Nem mesmo a acção do Poder Local a seguir ao 25 conseguiu inverter, apesar do desenvolvimento e do progresso verificado na generalidade das nossas aldeias.

A política seguida pelos sucessivos (des)governos, a destruição da agricultura e actividades complementares imposta pela PAC (Política Agrícola Comum) da Comunidade Europeia, levou ao abandono dos campos, à sua desertificação e despovoamento.

As autarquias que deviam tentar combater essa tendência acabaram por alimentar essa política e "permitiram", sem reagir, o encerramento de muitas "actividades económicas e sociais, lojas comerciais, instalações dos CTT, agências bancárias, postos da GNR, serviços de Saúde além das restrições nos transportes e em muitas outras actividades".

Aonde conduziu esta esta inércia e colaboração? O distrito de Castelo Branco sofreu uma sangria de tal ordem que neste momento tem apenas 195 245 habitantes, isto é, perdeu em 50 anos cerca de 120 000 habitantes. Nem a tentativa de chamar para a cidade os habitantes das aldeias, como tem tentado fazer o Comendador de Castelo Branco, inverteu esta tendência.

Num distrito, onde o emprego não existe e o que se oferece é mal pago, precário, sem direitos, as pessoas preferem "fugir" e o fenómeno da emigração vivido na década de 60 do século passado está de novo aí, com milhares de jovens a procurarem no estrangeiro a satisfação das suas necessidades profissionais.

16/06/2010

O encerramento de escolas do 1º ciclo no concelho de Castelo Branco

O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) enviou à comunicação social uma nota fazendo referência ao número de escolas do 1º ciclo que o governo pretende encerrar até ao final do ano lectivo de 2010-2011, com o argumento de combate ao insucesso e abandono escolares.

Quem conhece minimamente as escolas em causa sabe que isto é uma falácia. A única razão, escondida, é de carácter economicista: o que o governo pretende é acabar com lugares de professores, fechar escolas reduzindo custos, numa política cega de redução a todo o custo do
célebre défice, esquecendo os interesses das crianças, das famílias, das populações que vão ver as suas aldeias despovoadas, da escola pública e também dos professores que verão em causa muitos dos seus postos de trabalho.

No distrito de Castelo Branco das actuais 131 escolas em funcionamento "estima-se" o encerramento de 47 (mais de um terço) até ao fim do ano lectivo indicado atrás. As opiniões de outros interessados como as autarquias, órgãos de gestão dos agrupamentos (são os que melhor conhecem as condições de funcionamento das escolas a "encerrar") e dos pais que são os directamente interessados, não importam ao governo.
Democracia, o que é isso?

Contudo, já alguns responsáveis autárquicos, como o do Fundão, por exemplo, se pronunciaram contra o encerramento referindo a quebra de compromissos assumidos pelo governo.
Para agravar a situação são as escolas das aldeias mais despovoadas que são "escolhidas" contribuindo ainda mais para acentuar a desertificação.

Curiosamente, ou não, não conhecemos nenhuma tomada de posição dos responsáveis autárquicos do concelho de Castelo Branco que poderá ser "contemplado" com a proposta de encerramento de 8 das actuais 30 escolas em funcionamento.

Será que estão de acordo com mais esta tentativa de abandono e de prejuízo do interior?

15/06/2010

A cidade do Comendador - I

É claro que todas as moedas têm duas faces. Assim, também a nossa cidade tem a face de que não gostamos. Já encontrei um blog de alguém que referindo-se a outra cidade lhe chamava "deprimente". Penso que não é o nosso caso. No entanto, os aspectos negativos que criticamos têm a sua origem quer na não intervenção do poder autárquico quer nas intervenções profundamente negativas que adulteraram as ruas, as praças, os jardins,... Em resumo, a identidade da nossa cidade foi subvertida.
É deste modo que a secção que iniciamos com estes aspectos tem o nome de
"A cidade do Comendador".
Tal como o Castelo serviu para apresentar aspectos de que gostamos, também vai ser o palco inicial de algo que não devia existir.

O que vai acontecer a este edifício, agora que deixou de ter funções activas?

14/06/2010

Central betuminosa para Castelo Branco

Um leitor que não se identificou deixou um comentário transcrevendo uma notícia publicada no "Jornal de Notícias" (que depois foi confirmada por mim próprio) e que se iniciava assim:

Central betuminosa fecha e vai para Castelo Branco em Julho
População satisfeita com desfecho, após anos de contestação contra poluição
E o corpo da notícia começava assim:

A central betuminosa no interior da pedreira de Vila Praia de Âncora, Caminha, muito contestada pela população, que se queixa da poluição ambiental, será deslocada para Castelo Branco, onde a empresa vai apoiar uma série de obras nos próximos três anos.
A mudança deverá concretizar-se até 15 de Julho, altura em que ficará concluída a colocação do tapete betuminoso incluído nas obras de recuperação que ainda decorrem na EN13, entre Viana do Castelo e Valença,...

E os albicastrenses, o que é que pensam desta notícia? Ficam satisfeitos, sabendo que o seu concelho e a sua cidade vão servir mais uma vez de vazadouro de indústrias poluentes?
E a câmara e o seu presidente não têm nada a dizer aos munícipes? E a Assembleia Municipal não terá que se pronunciar sobre uma questão tão importante para o concelho? Ou, pensa-se utilizar a política do facto consumado e depois já não há remédio?

10/06/2010

A cidade de que gostamos - I

Iniciamos hoje a publicação de imagens sobre Castelo Branco, cujo título é "a cidade de que gostamos". Talvez os leitores tenham outras sugestões de nomes para esta secção. Começamos por apresentar duas imagens tiradas do alto do castelo.

Hoje, 10 de Junho - dia de chuva




07/06/2010

A sopa dos pobres

O Banco Alimentar contra a Fome realizou recentemente um peditório nacional para angariar bens que lhe permitam continuar a fornecer, como foi afirmado, 285 000 refeições diárias.

Se apenas uma instituição fornece diariamente um tão elevado número de refeições, podemos fazer umas breves contas e chegamos à conclusão de que todas as instituições que andam no terreno devem fornecer perto de um milhão (1 000 000) de refeições por dia.

É sabido que há muitas famílias, que hoje recorrem às instituições de apoio, já viveram bem e para sobreviverem precisam desta ajuda.

Há também muitas famílias que, por vergonha, passam "fome" e outras recorrem a estas instituições de forma "muito discreta".

É este o país de sucesso que o PS/Sócrates construiu em cinco anos: Fome para os pobres e mais benefícios para os ricos.

O encerramento de escolas do 1º ciclo

No "Correio da Manhã" de hoje, dia 7 de Junho, o sr. António Ribeiro Ferreira escreveu uma crónica na coluna "Diário da Manhã" que intitula de "Protestos estúpidos", referindo-se à manifestação de um grupo de dirigentes sindicais e professores que protestavam em Trancoso contra o encerramento de escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos.

Estúpidas são efectivamente as opiniões do sr. Ferreira, além de imbecis, pois revelam uma profunda ignorância acerca da situação em que essas escolas funcionam. Na maior parte das vezes são a única instituição que dá vida a muitas aldeias. O seu encerramento vai levar à desertificação de muitas povoações do Portugal profundo, o interior deste país, pois os pais das crianças vão ser obrigados a deslocar-se para os locais onde filhos irão estudar. A maior parte deles querem evitar que os filhos saiam de casa de noite e voltem de noite. Muitos dos alunos obrigados a deslocarem-se, como eu já vi, chegam sonolentos à escola e andam sonolentos todo o dia.

Muitas destas escolas têm óptimas condições, ao contrário do que diz o sr. Ferreira, onde se pratica um bom ensino e os alunos realizam excelentes aprendizagens e onde são felizes e não há fenómenos de bullying.

Se o sr. Ferreira tivesse estudado numa escola destas talvez não escrevesse hoje as tontices fascitóides que diariamente escreve.

Felizmente para nós, os zurros destas cavalgaduras têm pouco eco.

06/06/2010

Confiança nos governos e ministros

Uma sondagem publicada hoje pelo ‘El País’(jornal de referência espanhol) mostra que 86% dos espanhóis tem pouca ou nenhuma confiança no primeiro-ministro do país.

E em Portugal? Qual é a percentagem de confiança em relação ao primeiro ministro José Sócrates?

Será que os jornais portugueses publicam sondagens sérias? Ou os resultados publicados são obtidos no Largo do Rato?