31/07/2009

200 euros de poupança!


A última promessa do PS/Sócrates que pretende resolver os problemas das famílias e dos jovens daqui a 18 anos é a demagogia mais inconcebível que nem sequer se deram ao trabalho de verificar que é ridícula e ofensiva das pessoas.
O que as famílias portuguesas precisam é de trabalho e salários condignos, de boa habitação, de boas escolas e saúde públicas,...
Esta é que deve ser a política a seguir no futuro.
Uma conta poupança de 200 euros revela que estes senhores consideram os portugueses pouco exigentes e inteligentes, já que esta promessa é uma péssima imitação de uma medida já existente em vários países (em Espanha, por exemplo o valor é de 2500 euros).
O que vale é que os portugueses no dia 27 de Setembro mostrarão o que valem estas promessas e q não se deixarão enganar.

30/07/2009

Já se suspeitava!


Uma juíza do tribunal de Felgueiras absolveu a presidente da autarquia local das nove acusações a que fora julgada. Nem uma. Nem de abuso de poder. E ainda por cima com falta de provas. A senhora fugiu para o Brasil, pagou aos advogados com dinheiro da autarquia, utilizou 2,8 milhões de euros para financiar as actividades do clube local e o ministério público nem um eurinho conseguiu provar.
O que é que os delegados do ministério público andaram a fazer? Que investigação, que acusação fizeram que as provas recolhidas não provaram nada? O que é que o cidadão comum pensa de uma justiça destas? De uma justiça que só consegue provar o roubo de galinhas.
Será que o cidadão comum fica motivado para exigir ou para reclamar justiça quando vê acontecer coisas destas?
Ainda por cima a sentença foi lida a tempo da senhora poder concorrer às eleições autárquicas e continuar a "defender o bem...."

29/07/2009

Aquilo que não devia existir

Há alguns dias um amigo leitor que se assina David deixou o seguinte comentário:
"Já agora, gostaria de comentar a vergonha que acontece no bairro do valongo em relação aos passeios que ai existem. Passeios de cimento feitos pelos moradores(onde é que isto ja se viu ?), depois uns fazem outros não....enfim...será que a câmara municipal nao tem vergonha da sua actuação nesse bairro."
Eu respondi dizendo que brevemente começaria a apresentar algumas das dezenas de fotografias que tenho desse bairro, sobre os mais variados assuntos.

Começamos por apresentar uma visão global do bairro:
Esta imagem já dá para ver no estado em que se encontram algumas ruas e a forma como o bairro está organizado.
Será que o presidente da câmara e os seus vereadores conhecem este bairro? Se o conhecem e têm de saber em que "estado" se encontra, ainda é mais grave. Não merecem o apoio dos moradores do Valongo.
Fizeram a estrada, talvez para sair mais depressa do bairro. E as ruas? Será que os moradores deste bairro vivem num país diferente e não pagam impostos?
Para dar uma ideia breve daquilo que o amigo David apontava parece bastar. Estes munícipes também têm direitos, que pelos vistos, os responsáveis esqueceram.

28/07/2009

O Primeiro Aniversário

Este blogue faz hoje um (1) ano. Tem uma vida muito curta ainda.
Não vou fazer um balanço daquilo que foi dito e feito, mas digo que o autor se sente satisfeito com o que produziu e vai continuar.
Gostaria, hoje, de contar algo que nos fizesse esquecer a crise. No entanto, tenho de continuar a denunciar situações que devem ser banidas da nossa sociedade.
Não é possível contar coisas "bonitas" quando, um pouco por todo o distrito, acontecem casos a mostrar que a nossa democracia está doente e que o medo já está instalado:
- uma jovem, no exercício do seu direito de cidadania, pretendia integrar uma lista da CDU; foi-lhe dito que tivesse cuidado com o que andava a fazer. Os contratos às vezes não são renovados.
- um homem de idade, já depois de ter assumido o compromisso de candidatura a uma assembleia de freguesia, desistiu alegando que não queria prejudicar o filho que precisava de uma licença para resolver a sua vida. As licenças às vezes não são passadas.
- um pouco por todo o lado as pessoas dizem: "eu gostava muito, mas estou desempregado(a)"; "lá no emprego parece-me que não gostam muito dessas coisas; eu gostava, mas tenho medo que me despeçam".
Estas situações revelam uma sociedade em que os humildes são mais uma vez ofendidos. Não podemos ficar indiferentes.

Como podemos ficar calados quando se toma conhecimento passados anos que não há um "Centro de Ciência Viva" no concelho de Castelo Branco, porque houve duas pessoas que, em vez de pensarem nos interesses do concelho e das crianças, pensaram apenas no seu protagonismo. Em vez de se entenderem, cada um queria ter o penacho. Resultado: não há "Centro de Ciência Viva".
Descubram quem são eles. É fácil.
Como podemos ficar calados quando, os dinheiros públicos servem para fazer campanha eleitoral com coisas destas:

- Para hoje, às 18h00, o presidente da câmara Joaquim Morão convidou os albicastrenses a estarem presentes na
"Apresentação do projecto do edifício multiusos do Pólo Logístico da ASAE" e
"Mostra de material contrafeito apreendido pela ASAE"
Para isto vai estar presente o Inspector-Geral da ASAE e o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.
Digam lá se isto não é uma coisa importante. É assim que se gasta o nosso dinheiro.

Para dia de aniversário já chega.

26/07/2009

Quando alguém se põe a pensar...

Já várias pessoas me chamaram a atenção para o estado de abandono em que se encontram alguns pequenos jardins das zonas mais periféricas da nossa cidade.










O que se vê nas fotos anteriores é um caso exemplar. Tem uma pequena fonte, cujos canos foram arranjados recentemente, mas o tanque estava sujo e sujo ficou. Parece que os moradores já fizeram diligências várias na câmara, desde HÁ ANOS e está como se vê. Alguém se interrogou, porque se pôs a pensar: só pode ser teimosia ou então para mostrar que ele é que manda. Quem será? Só pode ser alguém que não aceita a participação dos munícipes.

A minha filha disse-me mais do que uma vez que não faz qualquer sentido "organizar" um jardim e depois deixá-lo abandonado, a secar e a ser invadido por ervas daninhas até desaparecer. É investimento perdido. Esta situação está a acontecer um pouco por toda a cidade, nas zonas periféricas.


















A noite passada, um vizinho meu, incomodado com o estado em que o pequeno jardim que foi organizado em frente ao nosso prédio se encontra, decidiu cortar uma figueira, que se desenvolvia dentro do canteiro e limpar as ervas daninhas dos outros. Conforme disse: já que a câmara não faz, temos de fazer nós. Realmente vivemos na periferia; isto não é o centro, não se vê.

As fotos que se seguem exemplificam bem esta situação. Quando a gente se põe a pensar,...

25/07/2009

O Jantar

Pelos vistos, a ética política anda pelas ruas da amargura pelas bandas do PS/Morão. Mas não é só a ética, é também o conceito de democracia, que tão maltratada é. Como podem as pessoas ver o exercício da política com bons olhos quando se praticam acções que até os mais simples olham com desconfiança.
Vem isto a propósito do "jantar" do senhor Morão. Em conversa com algumas pessoas que foram lá ficaram algumas interrogações:
- Alguns foram lá como mirones. Para ouvir o que se dizia e também para comer um jantar à borla.
- Aquela gente toda das aldeias, a maior parte idosos, com uma bandeirinha na mão, estavam ali porquê? Foram arregimentados para aplaudir o senhor Morão em troca de um passeio e de um jantar, tal como já fizeram noutras ocasiões com outros candidatos de outros partidos. Até mesmo alguns destes se interrogavam: "donde vem o dinheiro para isto?" Que gente é esta que se serve do poder para manipular e arregimentar as pessoas?
- Parece que o jantar e os autocarros para as deslocações foram pagos pelos organizadores do jantar. Existe uma lei de financiamento que impõe limites às despesas. Os valores gastos num jantar não ultrapassam esses limites? Ou, para alguns tudo é permitido?
- É evidente que houve pessoas que ficaram chocadas com a arrogância e a manipulação dos simples.
Torna-se claro que uma democracia que é vivida desta maneira é pobre. É uma democracia onde o medo já está instalado. É uma democracia em que os valores da liberdade e da dignidade já estão ameaçados. É preciso dizer NÃO.

23/07/2009

As "pérolas" das obras do sr. Morão - O Lixo

A Praça Camões, mais conhecida por Praça Velha, está enquadrada por um conjunto de edifícios antigos de qualidade arquitectónica e está inserida na zona histórica e como tal merece ser tratada com respeito e dignidade.
A exemplo do que tem acontecido noutras praças da cidade, também esta sofreu o "tratamento" inconcebível que se vê. Não havia outro local para colocar os contentores, que não fosse mesmo em frente ao "Palácio dos Motas"? É o que se chama "dignificar" a praça. Ou então, deve ser a "melhoria" pós-moderna que defendem lá para os lados da Praça do Município.

Vejam lá se o "Lixo" não fica bem ali e a Praça Velha não fica mais atractiva?

Querem ver que o homem foi eleito e não sabia!

A Associação Belgais, cuja situação tem sido motivo de notícias várias, reuniu a Assembleia Geral há cerca de uma semana para analisar a situação e tomar algumas medidas, tentando evitar o encerramento.
De acordo com o jornal "Gazeta do Interior", o presidente do Conselho Fiscal da Associação, que foi eleito em Janeiro passado, não participou na Assembleia Geral porque ainda não tinha tomado posse, depois de 6 meses. Mas parece que para este senhor é uma situação normal. Qualquer outra pessoa faria diligências para assumir o cargo. Mas ele não. E porquê?
É preciso dizer que o "eleito" é o senhor Joaquim Morão, presidente da câmara. Tomar posse para quê? Ele não se preocupa com ninharias. Ainda mais com todos os problemas que a Associação viveu. Com amigos destes quem é que precisa de inimigos?
Há quem chame a estas atitudes outros nomes. Deixo ao critério dos leitores a escolha do nome que acharem mais adequado.

22/07/2009

Já estava à espera!

Quando acontece aquilo que nós esperamos, torna-se uma coisa banal. No caso de que falo, embora vulgar, não deixa de ser indigno para quem o comete.
A folha semanal de Castelo Branco que se publica à quarta-feira, mantendo a tradição de ocultar quem não alinha pela voz do dono, fez aquilo que se esperava.
Para noticiar a apresentação dos candidatos da CDU à Assembleia Municipal, O MÚSICO JOÃO PEDRO DELGADO e à Câmara Municipal o PROFESSOR DE MATEMÁTICA FRANCISCO COSTA (e escrevo com letra maiúscula, porque eles são gente maiúscula), produziram um texto que colocaram na página 6, sem qualquer referência na 1ª página.
Comentando a assunto num grupo de amigos, alguém afirmava que "eles não têm vergonha". Logo outro amigo, com sentido de humor afirmava que "eles vergonha têm, não fazem é uso dela, para não se gastar". E não terá ele razão? Será que o autor do texto quando se encontrar com algum dos candidatos não baixará os olhos de vergonha pelo "belo" trabalho que fez? Se este é tipo de democracia que eles defendem estamos bem entregues, porque nem a Constituição Portuguesa eles respeitam. Como é que eles hão-de respeitar os opositores!

21/07/2009

CDU apresenta candidatos à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal

A CDU apresentou ontem (20/Julho/2009) publicamente os seus candidatos à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal de Castelo Branco, respectivamente João Pedro Delgado e Francisco Costa. Apresentamos a seguir uma pequena biografia de cada um dos candidatos:


João Pedro Delgado - 30 anos - músico, professor de música

Nasceu no Porto em 1978. Membro da Comissão Concelhia do PCP em Castelo Branco. Membro da DORCB.

Depois dos estudos no Conservatório de Música de Viseu, formou-se em Música na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Artes de Castelo Branco. Desde então leccionou já nos Conservatórios de Música de Almada, Torres Novas e Covilhã, exercendo agora a docência no Conservatório de Música da Guarda. Trabalhou na RDP - Antena 2 entre 1999 e 2002, tendo sido o mais jovem autor de programas daquela rádio, com a autoria e apresentação do programa semanal "CDs e LPs". Com diversos agrupamentos, nomeadamente o Quarteto São Roque, tem-se apresentado em concertos e recitais pelos mais importantes palcos do país (CCB, Teatro São Luiz, Teatro Municipal da Guarda, Coliseus de Porto e Lisboa, Pavilhão Atlântico, etc, etc), bem como em inúmeros palcos estrangeiros (México, China, Inglaterra, Irlanda, Luxemburgo, Andorra, Espanha, etc). Tem igualmente participado em inúmeras gravações discográficas e transmissões audiovisuais, tanto em Portugal como no estrangeiro. Colaborou como instrumentista com orquestras como Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, entre outras.
Tem realizado actividade científica na área da música e musicologia, em colaborações com os Institutos Politécnicos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Câmara Municipal da Guarda, entre outros.
Reside em Castelo Branco desde 2002.
Foi director artístico do Centro de Artes de Belgais e do seu Coro Infantil entre 2007 e 2008.

Chamo-me FRANCISCO JOSÉ ANTUNES DA COSTA, nasci na freguesia de Zebreira, concelho de Idanha-a-Nova, há 60 anos, onde vivi até aos 13 anos.
Membro da Comissão Concelhia e da Direcção Regional de Castelo Branco do PCP.

As dificuldades económicas fizeram-me, desde muito novo, tomar consciência das desigualdades injustas que o fascismo impunha e passei a valorizar a liberdade e a justiça.

A partir dos 13 anos estudei em Castelo Branco, onde sempre residi, com a excepção de alguns períodos relativos ao serviço militar e à frequência do curso superior.

Fiz todo o Ensino Secundário em Castelo Branco e em 1969 iniciei o serviço militar, que se vai prolongar até Janeiro de 1973, altura em que passei à disponibilidade. Entre Julho de 1970 e Dezembro de 1972 estive como alferes miliciano na ex-colónia de Moçambique.

A partir de Junho de 1973 comecei a trabalhar num banco em Lisboa, ao mesmo tempo que preparava a minha entrada no actual Instituto Superior de Economia e Gestão.

Em 1975, com o bacharelato completo mudei de actividade e passei para o ensino básico. Tornei-me professor de Matemática/Ciências da Natureza do 2º ciclo, actividade que mantive até hoje e regressei definitivamente à cidade de Castelo Branco. Actualmente estou ligado à Escola Superior de Educação de Castelo Branco, num Programa de Formação Contínua de Matemática para Professores dos 1º e 2º Ciclos. Entretanto fiz a minha licenciatura.

Politicamente, sou militante do PCP desde 1976. Em 1979 fui candidato à Câmara Municipal de Castelo Branco e fui eleito vereador e mantive o cargo durante dois mandatos até 1986.
Apesar de não ter exercido cargos autárquicos a partir dessa data, mantive a nível partidário e da CDU tarefas ligadas às autarquias. Considero-me uma pessoa bem informada sobre as questões autárquicas, quer em termos legislativos, quer políticos.
Ao encabeçar a lista da CDU para a Câmara Municipal, em 2009, penso estar bem preparado para assumir qualquer cargo a nível autárquico, tendo em atenção os princípios que o projecto unitário defende: TRABALHO, HONESTIDADE, COMPETÊNCIA.

Ambos os candidatos apresentaram as principais linhas de actuação que se propõem desenvolver nos órgãos para os quais concorrem, sob o lema da CDU, que podem ser lidas aqui .

TRABALHO - HONESTIDADE - COMPETÊNCIA

14/07/2009

As espécies hibernadoras

Quando as eleições se aproximam aparecem sempre algumas "espécies" que hibernaram durante 4 anos. E são:
  • as "múmias políticas" que aparecem por via de algumas "folhecas" que lhes dão a palavra para interferir "democraticamente" na opinião dos cidadãos.
  • temos também as "vacas sagradas", que durante 4 anos andaram caladas e agora, antes que alguém se lembre de os confrontar com as suas opções, vá de se apresentarem como "reserva moral" para não terem de assumir compromissos. Em suma, nunca fizeram nada e nem farão, mas estão lá, à espera que o tempo passe...
  • mas, ainda há, as "virgens intocáveis" ou, como diz um amigo meu, as "virgens ofendidas", que andaram durante dezenas de anos a votar nos mesmos de sempre, que os enganaram e nos enganaram, que vêm agora dizer que não vão votar mais, porque são todos iguais. É claro que não são todos iguais e eles sabem-no muito bem. Não querem é admitir que é preciso mudar esta gente, que já fez mal que chegue a este pobre povo.
Agora vou contar uma história, que me parece edificante:
Há muitos anos, houve um Reino que foi governado por um suserano,


que a partir de certa altura deixou de ter o reconhecimento do povo e as qualidades que aparentou ter foram desaparecendo e o povo começou a desconfiar da forma como governava e na primeira oportunidade foi substituído por outro suserano.
Os agentes do novo senhor viram todas as contas, leram todos os papéis, analisaram todos os contratos,... do anterior e descobriram coisas que punham em causa o seu reinado. Foi convocado pelo novo suserano que o confrontou com as suas tropelias. Mas, como quem tem telhados de vidro é preciso estar prevenido, não vamos "nós" precisar também, mais tarde, de uma ajudinha, em troca de uma declaração pública de apoio, feita periodicamente, guardamos silêncio e as tropelias ficam esquecidas numa gaveta dos arquivos para as gerações futuras.
Digam lá se este "Reino" não funcionava bem?

13/07/2009

As ideias peregrinas

A campanha eleitoral já começou há muito. Temos de estar atentos às ideias mirabolantes de alguns "senhores" que já mostraram aquilo que valem. Para esconder a sua incapacidade de resolver os problemas que são MESMO URGENTES lançam mão de ideias que apenas servem para desviar as atenções do que é essencial.
Por outro lado, temos aí os lambe botas que escrevem nas "folhecas" a servirem de propagandistas de tudo o que de mau foi feito a esta cidade.
Dei-me ao trabalho de fazer um breve inventário de propostas que revelam o deserto de ideias que vai naquelas cabeças:
- Não sei se ainda se lembram da fabulosa ideia do sr. Morão de construir um metro de superfície ligando Cebolais/Retaxo a Alcains, com passagem por Castelo Branco. Digam lá se não era uma ideia daquelas ... peregrinas? Com a população do distrito e do concelho a "aumentarem" como se sabe, era ver as carruagens a circularem cheias de ... ar.
- E a passagem do TGV por Castelo Branco que o mesmo sr. defendia? Mas melhor do que isso era a pretensão de uma sua camarada que afirmava ser o TGV um investimento importante para o desenvolvimento do concelho de Vila Velha de Ródão. Tive de pôr a minha imaginação a trabalhar e cheguei à conclusão que ela tinha razão: bastava organizar excursões em autocarro de todo o distrito para Vila Velha e colocar as pessoas em cima da ponte do Tejo para ver o TGV passar. Já imaginaram o "desenvolvimento"!?
- E agora vem a do rio artificial, que outro candidato lançou...

08/07/2009

Esta gente anda com falta de ideias

Há situações que, por vezes, nos fazem pensar e dizer que se não fossem ridículas seriam trágicas.
A proposta de um anunciado candidato à presidência da câmara municipal de construir um rio artificial "com uma extensão de três quilómetros" podia suscitar alguns comentários do género onde se vai buscar a água para o rio?Parece-me que um rio seco é um pouco ridículo ou não? ou que problemas ecológicos ou ambientais se colocam? Alguém pensou nisso? ou que cidade queremos? Alguém pensou se não há outras prioridades? Os custos de execução de uma obra destas não devem ser nada de desprezar pois não? ou ainda a zona onde se pretende fazer o imaginado rio não pode ter outro tratamento?


















Basta pensar um pouco para chegar à conclusão de que há obras muito mais urgentes para fazer e ninguém fala nelas. Já foram ver os bairros que circundam a cidade?
Mas quanto a ideias peregrinas já houve para aí outros com algumas que revelam uma imaginação delirante: já ouviram falar numa praia/lago com ondas para fazer surf?

A decisão de Maria João Pires II

Os jornais portugueses noticiavam hoje que afinal a pianista Maria João Pires ia pedir a nacionalidade brasileira, mas que não nutria "sentimentos negativos em relação a Portugal".
Não é o Brasil um país irmão? Quantos portugueses há que têm dupla nacionalidade, portuguesa e brasileira, e não se lhes atribuiu qualquer sentimento menos patriótico? Será que as pessoas não podem sentir-se humilhadas, desvalorizadas, ofendidas,...? Não tem a pianista Maria João Pires os mesmos direitos que outros?
Li hoje alguns comentários sobre este assunto e o minímo que posso dizer sobre eles é que fiquei enojado. As pessoas que os escreveram revelam uma mentalidade tão baixa, um espírito tão mesquinho que só podem ser movidos por inveja. Não quero pensar que não tenham cérebro e que a sua arma seja a calúnia. De facto, para os medíocres a calúnia é a única arma que eles podem usar.

04/07/2009

A decisão de Maria João Pires

Fui algumas vezes a Belgais e vim sempre entusiasmado com o que vi e ouvi, apesar de a estrada de acesso estar cheia de buracos, o que tornava a viagem algo complicada, inicialmente.
Conheço razoavelmente a escola da Mata, onde já fui algumas vezes em trabalho.
Apreciei o trabalho que lá se fazia com os alunos do primeiro ciclo. Havia boas condições para o desenvolvimento de actividades ligadas à expressão plástica, à música,... Mas já não posso dizer o mesmo sobre a existência de materiais para o desenvolvimento de actividades ligadas à Matemática, por exemplo. A Associação de Belgais criava as condições para o funcionamento das expressões. O resto tinha a ver com a autarquia e com o ministério da educação.


















A Maria João Pires decidiu renunciar à nacionalidade portuguesa. É natural que haja diferentes posições das pessoas em relação a esta atitude. Eu prefiro apreciar o seu trabalho como intérprete e condenar o desaparecimento da Associação Belgais e o Projecto da Escola do 1º ciclo da Mata, que poderia servir de modelo para outras escolas como foi prometido.

Teoria da Erecção - Crónica de João Teixeira

Mais uma vez, com o seu habitual sentido de humor altamente oportuno e incómodo, o meu amigo João Teixeira enviou-me este texto (digamos crónica) que estou aqui a dar a conhecer aos leitores, com a sua autorização, que podem "deliciar-se" com ela:

TEORIA DA ERECÇÃO
É verdadeiro o adágio que diz que só nos rimos do mal. De facto, quando o ministro Teixeira dos Santos, deu para a posteridade a notícia de que estávamos já a sair da crise – é verdade que ele, bem como a parelha Pinho e Lino, o respectivo chefe… Todos eles, pronto, bebem da mesma taça – não pude conter uma sonora gargalhada! Não esperava esta dos chifres do Pinho, é verdade, mas esta gente não pensa que os portugueses são estúpidos, não, advoga apenas uma filosofia paliativista que consiste em provocar a sensação de optimismo em situações adversas, sem a qual a conjuntura não altera ou, dito de outra forma: ficamos com a impressão de que a circunstância melhorou, se interiorizarmos que tal ocorreu.
Recordo o meu saudoso amigo Alves Gomes e o seu “compêndio” de psiquiatria no capítulo “perturbações esquizofrénicas”, da autoria de Elisabete Soares e Saldanha de Azevedo: as psicoses esquizofrénicas são assim definidas como um conjunto de perturbações onde dominam a discordância, a incoerência ideoverbal, a ambivalência, o autismo, as ideias delirantes, as alucinações mal sistematizadas…

Mas não, descansa em paz, meu amigo, que eles sabem (muitíssimo bem) o que fazem. Em política, a coisa fia mais fino. O que não esperava era esta dos chifres do Pinho. E neste caso o que eles querem é que, à força de afirmarmos que a crise já passou, nos convençamos de que realmente vivemos “outra vez” no oásis, na abundância e, já agora, premiemos estes benfeitores com o nosso voto nas próximas eleições. Por mim é limpinho, podem já encomendar as faixas!
Claro que para tudo é preciso descaramento. Aliás, as cortes sempre tiveram este tipo de artistas para animar a malta, e esta não foge à regra. Não adianta pois, vir agora o resto da turma desmentir aquilo que eu mesmo ouvi com estes dois que a terra me há-de comer. O que não esperava era esta dos chifres do Pinho.
Entretanto, na Europa, o desemprego continua a aumentar, a taxa de juro do BCE agarra-se com unhas e dentes a 1% para que o sistema financeiro e económico não vá pelo cano abaixo e vive a euforia da viragem eleitoral à direita, peditório para o qual contribuímos. A crise, ao contrário do que o ministro nacional porreirista Teixeira dos Santos vaticinou, está aí para durar. Não será ele nem os seus próximos a levar com ela, mas disso não se livrarão muitos milhões de nós, europeus. O que não esperava era por esta dos chifres do Pinho.

Até Outubro vale tudo para fingir, iludir, ludibriar e fazer de conta, como os americanos, para quem tudo o que cheira bem é genuíno e tudo o que fede é consequência da má vizinhança.
Contudo, tenho também eu a minha teoria sobre a coisa. É certo que não tão criativa e muito menos abrangente por causa do género, mas com pés para andar. É assim uma espécie de tópico comum cuja simples citação imediatamente traz à memória uma série de axiomas conhecidos, mais ou menos brejeiros, mas seguramente reais e de muito fácil compreensão.
É a chamada teoria da erecção: o pensamento “positivo”, e não obsessivo – por causa dos acessos de ansiedade – digamos assim, é sempre meio caminho para a concretização do objectivo. Bem, mas esta dos chifres do Pinho, ultrapassa-me completamente!

João de Sousa Teixeira

teijoao@gmail.com

02/07/2009

O Interior também é Portugal

Hoje, dia 2 de Julho, "uma delegação de 100 representantes dos trabalhadores do distrito de Castelo Branco" deslocou-se a Lisboa para ser recebidos pelo 1º Ministro que "foi eleito pelo Distrito mas que nunca dele se lembrou."



















Nos 4 anos que José Sócrates leva de mandato, só agora, no dia 28 de Junho, é que visitou o distrito na qualidade de 1º Ministro e mesmo assim de forma sorrateira, para não ser confrontado com as exigências das populações e dos trabalhadores.

"A União dos Sindicatos de Castelo Branco/CGTP-IN, logo que soube desta deslocação trapalhona ao Distrito, reiterou um pedido de reunião de trabalho com o Senhor 1º Ministro para com ele analisar a Situação Económica, Social e Laboral do Distrito e as medidas a implementar. Este pedido já foi formulado por diversas vezes sem nunca ter tido acolhimento."
Foi nesse sentido que a delegação de trabalhadores se deslocou hoje a S. Bento já que "Se Maomé não vai à Montanha Trazemos a Montanha a Maomé", tendo em atenção a gravidade dos problemas que afectam o distrito, os seus trabalhadores e populações:
  • O aparelho produtivo está a ser destruído, as EMPRESAS estão a encerrar e o DESEMPREGO, a PRECARIEDADE e os DESPEDIMENTOS não param de aumentar.
  • Aumenta o número de trabalhadores com salários em atraso e o número de empresas que recorrem ao processo de insolvência.
  • O distrito está envelhecido, desertificado e está económica e socialmente deprimido. OS JOVENS SÃO FORÇADOS A SAIR DO DISTRITO.
  • Os Salários, as Pensões e os Subsídios de Desemprego são inferiores à média nacional e a POBREZA AUMENTA.
  • Os Direitos Laborais são diariamente violados e aumenta o recurso ao Lay-off.
  • O governo encerra Serviços:
  1. Em três anos fechou 71 escolas e este ano poderão fechar mais 30 do 1º ciclo.
  2. Encerrou as Urgências Hospitalares do Fundão e sobrelotou as da Covilhã e fechou Extensões de Saúde nas aldeias e mantém na mira as Maternidades.
  3. Deixou fechar Postos dos Correios e ameaça fechar Tribunais.

















Como o Interior também é Portugal a USCB/CGTP-IN exige um Plano de Emergência para o Distrito:
  • A defesa do aparelho produtivo existente e dos postos de trabalho e a criação de emprego com direitos;
  • Dar prioridade ao investimento nos sistemas produtivos locais;
  • A diversificação das actividades económicas e o apoio às micro, pequenas e médias empresas;
  • A qualificação e formação profissional de trabalhadores e empresários e as políticas de inovação, investigação e desenvolvimento.

De todos os partidos, grupos parlamentares, instituições que a USCB contactou apenas o PCP agarrou as preocupações dos sindicatos de Castelo Branco e apresentou na Assembleia da República um Projecto de Resolução para um Plano de Emergência para o distrito de Castelo Branco que vai ser votada amanhã, dia 3 de julho e cujo texto pode ser lido aqui.

01/07/2009

E agora, o que dizem os cronistas de serviço?

A DECO, num comunicado de 17/06/2009, afirma que "tem vindo a acompanhar os tarifários do preço da água" põe em evidência as "diferenças nos tarifários aplicados nos municípios, sem justificação económico-financeira", e apresenta um conjunto de "disparidades" relacionados com a gestão da água que "são manifestamente injustas para os consumidores, nomeadamente no que concerne aos preços praticados que longe de serem justos, estabelecem inaceitáveis diferenças entre municípios".
Em todos os aspectos negativos que a DECO (o texto completo pode ser lido aqui) aponta lá aparece o município de Castelo Branco:
- "a enorme diversidade do número dos escalões, podendo ir de apenas 2 (município de Mafra) até 18 (município de Castelo Branco)"
- "a existência de diferentes fórmulas de cálculo do valor a ser cobrado, observando-se a cobrança da totalidade do volume consumido ao preço do escalão do último m3 consumido (municípios de Almada, Castelo Branco, Viana do Castelo, Évora, Redondo, Viseu e Figueira da Foz)".
Faz ainda referência a outros aspectos negativos, que vêm pôr a nu a "qualidade" da gestão do SM de Castelo Branco.
Além disso, propõe medidas urgentes para acabar com as disparidades entre municípios e "A apresentação, nomeadamente através de publicação nos respectivos sites, das fundamentações económico-financeiras dos valores cobrados."