13/12/2010

Crise, austeridade e propaganda

Os tempos difíceis são propícios ao aparecimento das mais diversas demagogias. Especialmente aqueles que nunca se lembram dos pobres, dos desempregados enchem a boca com a palavra austeridade, tentando mostrar que estão muito preocupados com o dinheiro que gastam em coisas supérfluas. Embora não saibam o que é ser solidário, fica bem dizer que estão preocupados com os mais necessitados por causa da crise. Então é vê-los a dizer que não se pode gastar muito dinheiro na iluminação de Natal.

É preciso poupar e pensar bem onde se vai gastar o dinheiro. Até aparecer a crise, foi gastar à tripa forra, como dizem lá para os meus lados. O dinheiro até nem é deles.

Curiosamente, como a vaidade é maior que a solidariedade, esquecem-se das boas intenções e então é vê-los cair na demagogia habitual. Foi por isso que o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, o sr. Morão/PS, mandou editar uma brochura sobre o PARQUE ESCOLAR, com 28 páginas, a cores, com dezenas e dezenas de fotografias (incluindo a do sr. Morão/PS - mais de 60) só para anunciar a renovação do dito parque escolar.

A Câmara deve ter gasto muitos milhares de euros (imaginemos que cada brochura custou 2 euros - como são 10 000 então a edição completa custou 20 000 euros. É muito dinheiro deitado fora) para satisfazer unicamente a vaidade do sr. Morão/PS. A edição nada adiantou ou acrescentou ao parque escolar. A melhor maneira de o valorizar é acabar as obras - ainda não estão todas prontas - equipá-las devidamente de modo que alunos, pais e professores e empregados usufruam delas.

Mas, para se ter o pensamento de que a melhor maneira de combater a crise é servir os outros, é ser humilde e não precisar de se pôr em bicos dos pés para ser visível. A melhor propaganda de uma obra é pô-la a funcionar. É para fazer obras bem feitas que as pessoas são eleitas. Não estão a fazer nenhum favor aos munícipes.

12/12/2010

A fome em Portugal

Cavaco Silva na qualidade de Presidente da República afirmou que há 300 mil pessoas a passar fome em Portugal
e que “Temos de nos sentir envergonhados por estarmos no século 21, Portugal ser uma democracia e, no entanto, alguns de nós portugueses sofrem de carência alimentar”.

Perante estas afirmações os portugueses têm de lhe perguntar o que é que ele andou a fazer durante o tempo em que foi primeiro ministro e Presidente da República.

É talvez um dos políticos que em Portugal mais tempo desempenhou cargos de responsabilidade e como tal a sua acção contribuiu decisivamente para a situação em que Portugal e os portugueses se encontram. A sua acção de governante contribuiu para o aumento da miséria, da fome, da pobreza.

Devia reflectir sobre a sua acção política já que foi primeiro-ministro desde 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995 (dez anos) sendo a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo do país desde o 25 de Abril. A 22 de Janeiro de 2006 foi eleito Presidente da República, cargo que exerce há quase cinco anos. Tem responsabilidades políticas de topo há, pelo menos, quinze anos.

Uma pessoa nestas condições não é profundamente responsável pela situação económica do país, pelo desemprego, pela destruição do aparelho produtivo, nomeadamente as pescas e a agricultura?

Os portugueses devem exigir a todas as personagens que contribuíram para esta tragédia a sua responsabilidade e não deixar que assobiem para o lado tentando "vender" estas "lágrimas" de moralidade duvidosa.

03/12/2010

O Céu azul num dia frio de Outono

Imagens de um dia de Outono







02/12/2010

As obras do Polis/Morão - I

O Parque da Cidade

As obras do Polis são nesta cidade uma espécie de tragicomédia. Por várias razões:
Ninguém sabe (pelo menos a maior parte dos munícipes, o chamado Zé Povinho) quanto custaram.
Parece que o programa acabou, mas algumas das obras não foram realizadas.
As obras executadas, a maior parte delas, foram sendo alteradas à medida da vontade do sr. Morão, o presidente da câmara em serviço. Outras sofreram remendos já depois de realizadas. Basta lembrar o Passeio Verde, que levou um acrescento de relva.
Também se pode lembrar, ainda recentemente, o repuxo da Devesa, que sofreu uma intervenção, mas aparentemente não melhorou nada, pelo menos no exterior. Se o espelho de água era ridículo, ridículo continuou ou pior.
Ainda podemos igualmente falar das instalações, na parte superior da Biblioteca Municipal, com vista para o Largo da Senhora da Piedade, que parece nunca mais estarem prontas. Além disso já mudaram várias vezes de aspecto, conforme vai mudando a ideia do que se pretende fazer.
Perante este tratamento temos de fazer algumas perguntas:
Existem planos bem DEFINIDOS para estas obras? Foram discutidos antes de serem elaborados de modo que os técnicos conhecessem com clareza o que se pretendia fazer? Ou as ordens diziam:
faça um projecto e depois logo se vê. E, como se viu, as alterações, as emendas, os remendos, o esbanjamento de dinheiro com o fazer, desmanchar e refazer foi um desvario.
Infelizmente, para os albicastrenses, que parecem andarem a dormir, a saga dos remendos ainda não acabou. Continua e tudo indica que vai continuar.
Neste momento está em execução um remendo no Parque da Cidade.
Depois de uma transformação pós-moderna e bacoca, destruindo tudo o que tinha a ver com a memória dos albicastrenses e contra a opinião de muitos que gostam de jardins de verde e não de pedra, lá vem mais um remendo.
Mas antes deste não nos podemos esquecer da substituição dos bancos de pedra. Ainda bem que foram substituídos. Pelo menos nestes bancos os visitantes podem sentar-se e encostar-se.

As alterações que estão em execução, pelos vistos foram decididas no segredo dos deuses. Os munícipes não têm de saber, comem e calam. Os outros "autarcas" têm de estar de acordo, porque quem manda é o "patrão". Desta vez, os remendos começaram a ser feitos e nem sequer o escriba do burgo soube do assunto. Ou então, calou-se porque não convinha mostrar mais uma vez que o presidente em exercício quanto a competência já só engana quem não quer ver a realidade.
Ainda falta saber que alterações vão ser feitas:
Como dizia um visitante hoje de manhã,
não sabem onde hão-de gastar o dinheiro.
Vão continuar a acrescentar mais umas hortinhas? No entanto, é importante que se diga que tudo o que se fizer para
acrescentar verde, e especialmente árvores, é positivo.
Mas também se deve dizer que os remendos nunca corrigem completamente o que se fez mal. Ainda falta saber se estas obras foram devidamente ponderadas e se sabe exactamente o que se quer ou se é mais uma operação voluntariosa do autarca paradigma:
um bom autarca é aquele que age duas vezes antes de pensar.










08/11/2010

Não se pode ficar indiferente...(III)

O PIDDAC de Castelo Branco para 2011

Tem-se falado muito do Orçamento de Estado para 2011 e, pelos vistos, quase todos os portugueses têm uma ideia aproximada do que é.
Mas, o que será o PIDDAC? Esta sigla formada pelas seis letras maiúsculas significa exactamente o seguinte: Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central.
É um dos componentes do orçamento onde estão inscritas as verbas que se prevêem gastar em investimentos em todos os distritos e regiões do país no ano indicado (neste caso em 2011- o próximo ano). Isto em termos muito simples e sintéticos.

O PCP mandou em 25 de Outubro de 2010 para a comunicação social um documento sobre o PIDDAC de 2011, onde refere, nomeadamente o seguinte:

"Com um Orçamento tão mau em termos sociais e recessivo em termos económicos não era espectável que o PIDDAC para o Distrito de Castelo Branco fosse bom e os números aí estão para o demonstrar. É mais um ano que o Distrito se vê confrontado com a ausência de investimentos necessários ao seu desenvolvimento e mais uma vez o PS e PSD, irmanados na aprovação dos PEC e Plano de Austeridade e envolvidos em simulacros negociais para aprovarem o OE 2011, traem promessas eleitorais, condenando o distrito ao atraso e definhamento, à desertificação e abandono e ao subdesenvolvimento.

Este não é o Orçamento que o país e o distrito de Castelo Branco precisam! Este não é o PIDDAC que as promessas eleitorais de há um ano indicavam!
Os números assim o demonstram:
1. O PIDDAC APROFUNDA AS ASSIMETRIAS INTER E INTRA-REGIONAIS: para o distrito de Castelo Branco apenas são canalizados 0,62% do PIDDAC Nacional; 96% das verbas nele inscritas destinam-se a dois concelhos (Castelo Branco com 8.777.088€ e Covilhã com 4.942.953€), excluindo mais de metade dos seus concelhos (Idanha-a-Nova; Vila Velha de Ródão; Sertã; Oleiros; Vila de Rei e Proença-a-Nova). Uma vez mais, as Zonas da Raia e do Pinhal ficam ao abandono;

2. O PIDDAC NÃO PROMOVE O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E SECTORIALMENTE EQUILIBRADO já que está concentrado em apenas três projectos que absorvem quase 75% do total das verbas (Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, a UBI Medical e a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI). Note-se que dois destes projectos já vêm de anos anteriores, o que mostra que nem o PIDDAC de 2010 foi executado, e, mais grave, o PIDDAC diminui em cerca de 2 milhões de Euros o valor da transferência das receitas gerais do OE (passa de 4.261.683€ em 2010 para 2.967.499€ em 2011), aumentando o valor das receitas próprias provenientes do nosso Distrito que passam de 3.414.702€ em 2010 para 6.780.495€ em 2011.
Assim, o ligeiro aumento de verbas de 2010 para 2011 não tem qualquer significado tanto mais que o mesmo é inferior ao esforço exigido ao Distrito, não compensa as sucessivas perdas desde 2005 a 2010 e que, lembramos, se cifravam em menos 65,88%;"

Falta referir que o nosso distrito tem sido sistematicamente esquecido e o próximo ano não é excepção. Podemos afirmar que os sucessivos governos do PS, do PSD e CDS nunca cumpriram as suas promessas e uma infinidade de obras absolutamente necessárias foram sendo sistematicamente esquecidas. E podemos referir:

• Construção da Via Periférica à Covilhã
• Alargamento da Ponte da Srª da Graça – Idanha-a-Nova
• Construção do IC31 Alcains – Monfortinho
• Construção do IC6 – Ligação Covilhã a Coimbra
• Construção de Instalações para a Residência de Estudantes do Pólo 3 da UBI
• Construção da ESART – IPCB
• Construção do novo Centro de Saúde da Sertã

Estas são algumas das obras necessárias ao desenvolvimento do distrito de Castelo Branco e que pelo andar da carruagem vão ficar para as calendas gregas. Não é com menos de 1% do total do investimento nacional que se vai combater a desertificação e promover o desenvolvimento.

07/11/2010

Aonde chegou o Estado Social

"Nos refeitórios sociais a procura quase triplicou
A classe média está a chegar à sopa dos pobres"

Este é o título de uma notícia de "O Público" de 7/11/2010 e que continua com o texto que se segue:

Ficaram sem ter como pôr comida na mesa e começam agora a engrossar as filas nas instituições que prestam ajuda assistencial. Muitos dos 280 mil portugueses que dependem dos cabazes do Banco Alimentar contra a Fome são da classe média. Tinham emprego, férias, acesso à net e tv por cabo, cartão de crédito. Ficaram com uma casa para pagar ao banco, um subsídio de desemprego que tarda a chegar - quando chega - ou que já acabou. Um carro que já não sai da garagem.


O resto do texto pode ser lido aqui.

Este é um pequeno exemplo do
Estado Social que o governo do PS/Sócrates construiu em Portugal.

EU ESTIVE LÁ

Manifestação da Administração Pública entre o Marquês de Pombal e a Praça dos Restauradores
Dia 6 de Novembro de 2010
Por uma nova política que ponha o país a produzir e defenda os interesses do povo e dos trabalhadores




























05/11/2010

Não se pode ficar indiferente...(II)

Há já muito tempo que os (des)governantes deste pobre país têm vindo a afundá-lo. Perante este desastre convém não ter memória curta e ir sempre lembrando as malfeitorias.

- Primeiro foi um que meteu o socialismo na gaveta e nunca mais o tirou de lá, tendo escolhido o capitalismo selvagem como modelo de (não) desenvolvimento. Toda a gente sabe quem é, embora seja mais conhecido por ser amigo do Carlucci, o patrão da CIA na altura.

-Agora temos este que descobriu o Estado Social, mas as medidas tomadas pelo seu governo durante os cinco anos que tem andado a perseguir os trabalhadores e o povo português de social não têm nada. Tal como disse o deputado Bernardino Soares do PCP (cito de memória) - o Estado Social está tão longe que nem com o periscópio de um submarino se vê. Lembram-se dos submarinos que custaram milhares de milhões de euros? E para que serviram ou servem?

- Dizem agora que estas medidas são inevitáveis. Só se forem para continuar a encher os bolsos dos patriotas banqueiros (que não pagam impostos e levam os lucros para os off-shores). Só se forem para continuar a aumentar os lucros pornográficos das empresas monopolistas e dos grandes grupos económicos ( EDP, GALP, BELMIRO, JERÓNIMO MARTINS,...) que de tão patriotas que são andam sempre a arranjar maneira de não pagarem os impostos que devem e a ameaçar que levam o dinheiro para outros paraísos fiscais.

Infelizmente, o Governo prefere reduzir os salários de quem trabalha do que taxar devidamente os lucros de quem ganha muito!

04/11/2010

Não se pode ficar indiferente...(I)

O orçamento de estado para 2011 (OE/2011) domina a actualidade e o futuro dos portugueses. Não deveria ser assim, mas depois de 35 anos a sermos (des) "governados" pelos mesmos de sempre já deveríamos ter outras preocupações.

Depois de termos maiorias absolutas do PSD/CDS (AD), maiorias relativas com Cavaco, maiorias absolutas do PSD/Cavaco, maiorias relativas do PS/Soares, absolutas do PS/CDS, relativas do PSD, do PS, absolutas do PSD com CDS, do PS, do PS com CDS e sei lá que mais, as receitas são sempre as mesmas: congelamento de salários da Função Pública e de pensões, congelamento de progressões na carreira, redução de salários dos funcionários públicos, aumento de impostos (IRS dos funcionários públicos), aumento do IVA, redução das prestações sociais (saúde, ensino,justiça,...), aumento de preços de bens essenciais, etc., etc., etc.,...

- Basta um exemplo para se ver até onde chegou a perseguição aos trabalhadores do Estado. Só os professores são esbulhados de mais de 156 milhões de euros, em 2011, na redução salarial. O roubo ficará assim ordenado:

1º escalão ------------- 12 233 docentes --------------- 3 190 611 euros
2º escalão ------------ 18 865 docentes -------------- 15 804 342 euros
3º escalão ------------ 13 607 docentes -------------- 12 429 994 euros
4º escalão ------------ 14 317 docentes -------------- 13 906 388 euros
5º escalão ------------ 9 320 docentes -------------- 11 435 367 euros
6º escalão ------------ 9 305 docentes -------------- 13 467 312 euros
7º escalão ------------ não há docentes neste escalão (congelamentos)
8º escalão ------------ 11 556 docentes --------------- 29 648 535 euros
9º escalão ------------ 16 774 docentes --------------- 56 633 049 euros
10º escalão ---------- ainda não há professores neste escalão (é o mais elevado)

Se somarmos todos os valores vai dar dar 156 515 498 euros (mais de 156 milhões). Só aos professores do ensino obrigatório - até ao 12º ano. Falta o Ensino Superior. Mas também todos os outros trabalhadores do Estado.

Mas os papagaios de serviço, como comentadores políticos, tipo Marcelo, ou ex-ministros das finanças, tipo Campos e Cunha ou Catroga, ou analistas político/económicos, tipo Nicolau Santos, não vêem, por exemplo, que a banca e os grandes grupos económicos continuaram a ter lucros pornográficos, apesar da crise. E pagam impostos ridículos, ofensivos para quem trabalha.

Nos primeiros 9 meses de 2010:

- os quatro maiores bancos privados (TOTTA, BES, BCP, BPI) tiveram de lucro 1122,2 milhões de euros, 4,1 milhões por dia, um aumento de 5%;

- a PT 5617,7 milhões, um aumento de 1407%, sendo que vai distribuir 1500 milhões já aos accionistas. E isto sem pagar um tostão, que se saiba sobre a venda da VIVO, feita através de uma sociedade holandesa;

- a Brisa 401,7 milhões, mais 282%;

- a Galp 266 milhões, mais quase 50%;

- a Portucel 154,3 milhões, mais 112%;

- a Jerónimo Martins 193 milhões, mais 40%.

E perante tudo isto, a receita de IRC em 2011 vai descer 2,7%. Isto é, quanto mais aumentam os lucros, mais descem os impostos pagos pelas grandes empresas e nalguns casos, como declarou Ricardo Salgado, os lucros aumentam à conta dos impostos que se pagam a menos. É por isso que o governo se recusa a dizer quanto vai ser a receita da nova contribuição dos bancos. É que se de facto chegar a existir será irrisória. (Adaptado da Intervenção de Bernardino Soares, deputado do PCP, que pode ser lida, na íntegra, aqui ).

Temos de estar indignados e só temos um caminho: A LUTA
- No próximo sábado dia 6/Novembro - Manifestação em Lisboa
- No dia 24 de Novembro - GREVE GERAL

21/10/2010

Projectos da Zona da Estação de Caminho de Ferro

Tenho andado muito arredio deste blog. O período do verão traz sempre as férias, que afasta as pessoas das actividades diárias normais. Por vezes também acontecem situações meramente privadas que contribuem para esse afastamento.
Ultimamente têm aparecido muitas questões relacionadas com o poder autárquico. Li há alguns dias um comentário de alguém que afirmava (e cito de memória) que
50% do dinheiro gasto por muitas autarquias é mal gasto.
É uma afirmação que merece ser comentada e considerada. Para isso temos de perguntar:
O que se pode afirmar em relação à Câmara Municipal de Castelo Branco? O dinheiro gasto é aplicado com critério? As obras feitas eram as absolutamente necessárias e urgentes?
Já várias vezes nos pronunciámos sobre isto:
- Sabemos que há projectos que foram encomendados e
elaborados e que foram metidos na gaveta e não foram executados? Porquê? Talvez não agradassem ao comendador. São muitos milhares de euros gastos inutilmente.

- Muitas obras têm sido executadas e passado pouco tempo são objecto de alterações (remendos), porque começaram a meter água, ou porque as paredes começam a abrir fendas, ou porque se esqueceram que os jardins devem ter árvores e relva; ou porque os bancos são necessários para as pessoas se sentarem, ou porque bancos sem costas são muito incómodos e os bancos de madeira são muito mais agradáveis,...

- Foram feitos concursos de projectos de ideias, que a grande maioria dos albicastrenses não conhece e que não foram executados. Entre eles está o
Projecto de Renovação da Zona da Estação. Em meados de 2008 foi feito um concurso de ideias e apresentados cerca de uma dúzia de projectos. Na altura, embora se tenha falado do assunto, pouca gente teve acesso aos diversos projectos e ao vencedor. No entanto, esperava-se que a câmara e o seu presidente, mais conhecido pelo comendador, avançasse com a sua concretização. Ainda hoje estamos à espera das obras e bem podemos esperar. Pelos vistos nem os "ceguinhos" apoiantes incondicionais conseguem levar o comendador a decidir que projecto vai executar. Mas, para nós, apesar do atraso (o Centro Coordenador de Transportes já está atrasado trinta anos) os diversos projectos devem ser conhecidos, analisados, discutidos e alterados e escolher DEFINITIVAMENTE o que se vai fazer.

Nos dias 1 e 2 de Outubro, nas Jornadas da Ordem dos Arquitectos realizadas na EST/IPCB, foi feita uma exposição dos diversos projectos. In
felizmente não foi feita a apresentação de qualquer deles, nem mesmo do vencedor, apresentado pelo gabinete "RISCO". Sabedores desta realização tivemos o cuidado de visitar a exposição e apreciar os estudos propostos. Acabámos por verificar que algumas das soluções apresentadas (nomeadamente a vencedora) propunham intervenções estruturantes que alteravam completamente a zona; o investimento requerido pelas "obras" necessárias era astronómico; algumas das soluções eram pouco eficazes e práticas; o projecto vencedor era o único que apresentava intervenção urbanística para lá da variante, o que nos leva a perguntar PORQUÊ?

Já vai sendo tempo de resolver esta questão. O comendador e a sua "equipa" já tiveram mais de dois anos para resolver. Para nós já não é surpresa. Não é capaz quem quer é quem pode, mesmo que os "ceguinhos" não vejam.

Para se fique com uma ideia vou deixar aos leitores algumas fotos dos projectos.


As duas imagens anteriores mostram claramente a Av. Nun'Álvares com as suas árvores e o túnel a passar por baixo do edifício da estação que desaparece e é substituído por outro. Vê-se à direita uma passagem superior, que não sabemos como vai ser construída. Perante o que se vê é urgentíssimo repensar o que se pretende e decidir rapidamente. É fundamental pensar no investimento que se vai fazer.









20/10/2010

Que nome deve ter o OE (Orçamento de Estado) para 2011?

Eu diria que é um "assalto" ao bolso de quem trabalha. É a manifestação mais feroz do que é o capitalismo selvagem.

As medidas avançadas, ao contrário do que dizem aqueles que as propõem e querem pôr em prática (governo PS/Sócrates) apoiados pelos que fingem estar contra, mas que na hora da verdade vão aprová-las e tentarão exigir ainda mais (PSD/Passos Coelho), não são para todos, são apenas para alguns. São contra os mesmos de sempre. São contra os trabalhadores e os reformados. Estes é que vão ver o seu salário diminuído, vão sentir os preços dos bens essenciais a aumentar e a sobrar mês para o ordenado, as prestações sociais que ajudam muitas famílias a equilibrar o seu orçamento irão diminuir,...

As reduções salariais, ao contrário do que dizem o PS/Sócrates e o PSD/Passos Coelho, não são para todos. Os banqueiros e os ricos e poderosos que estão sempre a receber benesses dos amigalhaços do governo continuam a aumentar as suas fortunas. Em tempo de crise aumentam ainda mais de forma escandalosa. Basta ver os lucros anuais da banca e dos grandes grupos económicos. Mas também não nos podemos esquecer dos amigalhaços, dos boys, que ocupam os milhares de tachos, muitos deles criados de propósito para eles. Estes também não sentem a crise.

As medidas avançadas no PEC 1, no PEC 2, no PEC 3 e no OE/2011 não são para resolver a crise. Até os papagaios de serviço ( os analistas políticos) e os economistas do sistema, que têm duas e três reformas chorudas e que estão sempre contra quem trabalha defendendo todas as medidas que agravam as suas condições de vida e de trabalho, já começam a mudar de linguagem e a dizer que a economia portuguesa vai entrar em recessão no próximo ano. E já há quem afirme que vamos continuar em crise até 2025. Vamos continuar em crise, nós, os que trabalhamos e que somos reformados.

Dizem eles que não há alternativa a estas medidas. Não é verdade. Há muitas outras medidas que podem ser tomadas. Podem ser lidas aqui. São as propostas do Partido Comunista Português.

Também não é um problema de inevitabilidade. Há muitas outras medidas que podem ser tomadas. É uma questão de opção política.

Com esta política, os trabalhadores, os reformados e o povo que tem apenas o rendimento do seu trabalho para sobreviver só tem um caminho:

É A LUTA. E JÁ HÁ DOIS MOMENTOS MARCADOS

MANIFESTAÇÃO NACIONAL DE TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - DIA 6 DE NOVEMBRO

GREVE GERAL - DIA 24 DE NOVEMBRO

Vamos à LUTA que é tempo dela.

05/10/2010

Dia Mundial dos Professores

Hoje, dia 5 de Outubro, data importantíssima para o povo português é o DIA MUNDIAL DOS PROFESSORES.

O Secretariado Nacional da FENPROF publicou um comunicado sobre a data que pode ser lido aqui onde aponta as linhas de actuação futura da luta dos professores, afirmando que

"Os anunciados congelamentos de carreiras, concursos e pensões, a redução dos salários, o aumento de impostos, a par da redução da transferência de verbas para o Ensino e para as escolas, são razões mais do que justas para os Professores voltarem à luta, voltarem à rua, protestarem, reclamarem e exigirem outras políticas e respeito por quem trabalha.

Neste Dia Mundial dos Professores, a FENPROF garante que assumirá as suas responsabilidades na direcção e condução dessa luta."

Hoje, Dia Mundial dos Professores, é preciso dizer NÃO à redução de salários, NÃO ao congelamento da carreira, NÃO ao aumento de impostos, NÃO aos cortes na Educação.

VIVA A REPÚBLICA!

Apesar de todos os atropelos que tem sofrido ao longo dos anos

ainda podemos dizer

VIVA A REPÚBLICA!



E que viva muitos outros 100 anos!

Deixamos aqui uma ligação para uma exposição do PCP sobre a Primeira República, que dá informações bastante importantes e diferentes do que é habitual nas fontes tradicionais.

04/10/2010

*COMENTÁRIO FUNÇÃO PÚBLICA*

Recebi há pouco tempo a mensagem que se segue e que não resisti a deixar para os leitores. Mostra bem o país em que vivemos. E não digo mais. Cada um julgue por si.

*COMENTÁRIO FUNÇÃO PÚBLICA*

Meus amigos:

Trabalho no privado e ganho 400€ na folha de ordenado e por "baixo da mesa" recebo da Empresa onde trabalho mais 1200€ em papel moeda.
Tenho direito a automóvel da Empresa de alta cilindrada e envelopes mensais recheados com 300 € para gasóleo.

Tenho ainda direito a almoço completo no bar da Empresa com grande variedade e qualidade pagando apenas uma senha no montante de 1 € por dia.

Quando vou à Caixa de Previdência, marcar uma consulta estou isento de taxa moderadora, porque na minha folha de ordenado apenas aparecem os 400€.
Esta é a realidade de milhares de trabalhadores portugueses!

A minha esposa que tirou um curso superior, trabalha na função pública com horário oficial das 09 às 17h. Nunca consegue sair antes das 19:30 horas , sem ganhar um cêntimo que seja, dado que do quadro de 6 funcionários 3 foram aposentados e não foi colocado mais nenhum!
Ganha 800 €uros, já com subsídio de refeição incluído, desconta mensalmente 150€ de I.R.S; 50€ para a Caixa Geral de Aposentações, 25€ para a ADSE , 10€ para uma verba que se destina ao pagamento futuro do funeral (comum a todos os funcionários públicos), e outros mais descontos que não me lembro.

Feitos os descontos fica com 565€ "limpos", dos quais ainda retira 58€ mensais para o passe e gasta cerca de 5€ diários para almoçar de pé ao balcão de um café .

Trabalha num Edifício público degradado, a manusear pastas de documentos cheias de pó onde circulam baratas ratos e outras pragas, e com computadores e sistemas informáticos do século passado, sempre a encravar. Atende dezenas de cidadãos por dia portadores das mais diversas doenças infecto - contagiosas e tem a seu cargo assuntos de muita responsabilidade.

Há dois anos que o Sócrates lhe congelou o ordenado e não preenche o quadro de pessoal, no entanto, os inspectores do serviço, aparecem a cada passo em cena, de forma prepotente a dizer que o trabalho devia estar mais em dia!

Quando a minha esposa vai à Caixa de Previdência marcar uma consulta paga taxa moderadora. Se for a um médico da ADSE de descontos obrigatórios, paga a totalidade da consulta, e largos meses depois, recebe uma pequena percentagem do que pagou.
Todos os dias no serviço "ouve bocas" dos utentes contra a função pública, que imaginam ser um "mar de rosas".

E vocês, neste cenário socratista, gostariam de ser funcionários públicos? Eles é que são os parvos que pagam os impostos na totalidade e sustentam o país!

É claro que eu com o que ganho por fora, comprei um seguro de saúde a uma Companhia de Seguros, e vou aos médicos que quero!
Sou um "coitadinho" do privado que só ganho oficialmente 400€, tinha direito a isenção de taxa moderadora, mas mesmo assim não estava para esperar 6 anos por uma consulta, que com a saúde não se brinca!

Quando a minha esposa chega a casa vem exausta de um trabalho, que se fosse num privado, aparecia o IDICT e a ASAE e encerravam de imediato a porta por falta de condições!

Quando o Sócrates ataca a função pública, é apenas música para analfabetos que apenas possuem orelhas!

03/10/2010

Só não vê quem não quer.

Já há algum tempo que ando arredado destas lides da blogo-esfera. Mais uma vez o meu amigo João Teixeira me enviou um texto (crónica) cheio de oportunidade e sentido de humor, tendo em atenção que se refere à farsa, embora ele lhe chame "saga", que os dois chefes de serviço dos partidos que há 34 anos andam a (des)governar este triste país. Ou seja, refere-se à farsa desempenhada por Sócrates/Coelho a propósito da situação política e OE para 2011.



BOLOS DE ARROZ

Nos idos da minha juventude, havia uma aposta curiosa que consistia na oferta de uma determinada quantia (nada de exageros…) a quem conseguisse comer um bolo de arroz em um minuto. Não sei se hoje ainda se fazem da mesma massa, mas garanto que era tarefa difícil e, regra geral, votada ao fracasso, mesmo para os companheiros, que todos tivemos um dia, que tudo sabiam e de tudo eram capazes.
Pior, houve quem, há um bom par de anos – figura grotesca da nata política, na área socialista – afirmasse que, aos dezoito anos, terá ficado espantado pelo facto de os bolos de arroz possuírem na base um círculo de papel vegetal. Não porque até então nunca tivesse degustado o famigerado bolo seco, com cinta também de papel e presença obrigatória em todas as pastelarias, bem pelo contrário, era dos seus preferidos. Mas o coitado nunca reparou no pormenor e, já agora esclareço, comia o papelinho circular da base, que muito bem lhe sabia e associava ao prazer do sabor do seu bolo predilecto.
Ou muito me engano ou tudo isto me ocorreu a propósito da saga Coelho/Sócrates, ou Dupond & Dupont… fingindo a discordância, simulando diferenças ou aparentando a zanga, quando na realidade o que pensam é porque é que eu não me lembrei desta. No fundo, são farinha do mesmo saco.
Estiveram a banhos. Ganharam uma cor mais sadia e agora que estão de regresso (sim, esta gente sai e entra, entra e sai) trazem novo fôlego para as velhas ideias, para passarem nova temporada a tentar convencer-nos que é desta que a coisa vai, que é agora que nos vão tirar a barriga de misérias, com estatísticas à carta, mais desemprego, mais inflação e festa, muita festa e fogo-de-vista para um copo de água que não foi servida ainda mas já está inquinada.
O mesmo não é dizer que a esta mesa ninguém se vai sentar. Como diz Alberto Cortez no seu poema el vino, … “y entonces, son bravucones, / hasta que el vino se acaba/ pues del matón al cobarde/ solo media la resaca.”
Um, anda numa corrida desenfreada, tentando demonstrar que o seu pastel é aquele que os portugueses mais apreciam, que é doce, que faz bem a tudo, que conforta o estômago e aquece a alma e, em suma, os tira da fome e da miséria. O que não diz é que temos apenas um minuto para o comer e jamais conseguiremos tal proeza.
O outro, no mesmo tom mas com a esperteza de quem já conhece o papel da base, e tem o paleio adequado para mentir ou desmentir q b, insiste que comamos, que é tudo comestível e… à saída logo se vê.
Em qualquer dos casos, pode dizer-se que falam de velhas receitas, cujos resultados são, em regra, amargos de boca. Mas têm razão num pormenor: ainda é com papas e bolos que se enganam os tolos.
Resta saber quando terá o povo a maturidade necessária para lhes dar, não o bolo, mas o arroz. A ambos.


João de Sousa Teixeira
teijoao@gmail.com

19/08/2010

O Verão e os Fogos

Mais uma vez o meu amigo João Teixeira me enviou um texto sobre os fogos de verão que se repetem de forma trágica, tornando o nosso país cada vez mais deserto, mas, que, infelizmente, as medidas que deviam ser tomadas para acabar com a flagelo são anunciadas de ano para ano, mas nunca concretizadas.
Deixo aqui o seu texto para que possam apreciá-lo na sua oportunidade e também na sua trágica ironia.


O ESPECTÁCULO DO FOGO

É tudo tão denunciado, tão tragicamente recorrente – isto dos fogos de verão em Portugal – que os telejornais poderiam duma vez por todas poupar a inteligência dos cidadãos, evitando reportagens de longa duração, com repórteres vestidos de véspera a interrogar sobre o óbvio quem lhes aparece à frente e que mais precisava de recato e ajuda do que responder a meia dúzia de perguntas pacóvias.
Pródigos na parvoíce têm sido igualmente os ministros da tutela ao longo dos tempos. O destaque vai para o coveiro da Reforma Agrária, que relativamente ao ordenamento da floresta fez zero. Outro houve, mais recente, que afirmou qualquer coisa como para o ano já não vai ser assim, como quem acaba de descobrir a pólvora, salvo seja. O actual, já falou “em termos homólogos” para produzir que, os fogos deste ano estão em níveis razoáveis porque correspondem a um quinto dos ocorridos em 2005 e um terço de 2003 (anos de desastre nacional no que aos incêndios florestais se refere…). Porém, há bastante mais área ardida que nos dois últimos anos!
Vale a pena citar Agostinho Lopes, membro do Comité Central do PCP, em conferência de imprensa no início do mês de Agosto:

(...)” como sempre alertámos, o cerne do problema era e é o estado da floresta e das matas portuguesas. Ora, as questões estruturais da floresta, o seu ordenamento e gestão activa, e a chamada prevenção estrutural, não passaram do papel! Se dúvidas há sobre esta afirmação, é fácil comprová-la. Basta fazer o balanço de concretização da “matriz de responsabilidades e indicadores de implementação da Estratégia Nacional para as Florestas (ENF)”! Estratégia, aprovada pelo Governo, em Resolução do Conselho de Ministros de 15 de Setembro de 2006, após os desastres de 2003 e 2005. Confluindo com políticas agro-rurais (e não só), que agravaram o abandono da agricultura e a desertificação humana e económica de muitas regiões, as políticas agro-florestais, pese as boas intenções afirmadas, patinaram, sem vencer estrangulamentos e défices causados pelas políticas dos últimos 30 anos. Nesse impasse, pesa como questão decisiva as consequências directas e indirectas da contenção orçamental, determinada pelo PEC. O forte e cego condicionamento financeiro, reduziu e estilhaçou os serviços do Estado para a Floresta (sistema de mobilidade especial, reconfiguração da Direcção Geral dos Recursos Florestais na Autoridade Florestal Nacional), atingiu drasticamente o investimento na floresta e o avanço no ordenamento florestal. Processo que acaba por frustrar a enorme disponibilidade, empenhamento e até entusiasmo de produtores e técnicos florestais, compartes dos baldios e o grande envolvimento das suas associações.”

O contrário é a delapidação do património florestal e pecuário e a garantia deste espectáculo de fogo anual, aproveitado para as audiências televisivas e uns quantos basbaques nos darem conta que continuam a ser isso mesmo: basbaques.

João de Sousa Teixeira

teijoao@gmail.com

17/08/2010

O projecto "A Minha Rua"

A nossa Junta de Freguesia aderiu a um projecto que parece interessante e que pode ajudar a resolver pequenos problemas se para isso tiver os meios, ou lhes forem facultados. Cá estaremos para ver.
Pela minha parte vou já deixar três imagens da minha rua, onde moro há dezoito (18) anos e que apresentam três pequenos problemas que persistem em manter-se e que gostaria de ver resolvidos.Num canteiro em frente ao prédio onde moro há uma raiz de figueira que teima em rebentar de cada vez que é cortada. Ainda ninguém conseguiu "dominá-la" e muito menos o serviço de jardinagem camarário que, pelos vistos, a ignora olimpicamente (talvez ainda dê figos este ano).
A calçada que devia cobrir o espaço não ajardinado teima em ficar "incompleta", deixando uma faixa que se mantém em terra desde o início. Ainda não consegui perceber porquê.

Aquilo que devia ser um jardim teima em transformar-se num amontoado de ervas que rebentam no Inverno/Primavera e secam no Verão. Qualquer dia poderemos vir a ter a companhia de algum coelho bravo.

Deixo aqui estes pequenos reparos ilustrados pelas fotos e talvez a nossa Junta de Freguesia consiga resolver os problemas.

07/08/2010

As obras do Comendador - a oportunidade das obras

Ainda não há muito tempo uma rua desta cidade esteve em obras, no inverno, durante meses. Os moradores sofreram o suplício da lama. Só, perante o protesto, a câmara acelerou a resolução do problema. A rua esteve assim:

Recentemente apareceu uma EMENDA na Devesa. Alguém decidiu na câmara municipal fazer obras no espelho de água. Pela observação directa, chega-se à conclusão que os repuxos estão avariados. Perguntamos:

- Só agora, que deveria estar em condições para tentar amenizar o calor do jardim de pedra que é a Devesa, é que chegaram à conclusão da necessidade de verificar o seu funcionamento e realizar as obras?
Que nome tem isto? Má gestão, falta de respeito para com os munícipes e também revela centralização de poderes e falta de confiança nos colaboradores. Vejam lá porquê?

Mas a falta de oportunidade ou de organização na realização de obras também passa pela NOSSA AVENIDA, a Avenida Nun'Álvares.

Não teria sido mais eficaz e causar menos incómodos aos frequentadores da avenida se os responsáveis camarários tivessem ordenado a substituição das tábuas dos bancos depois de terem feito um inventário das necessidades? Os bancos estariam sempre à disposição dos passeantes, em vez de estarem dias e dias à espera.

Já agora fazemos três perguntas:

- Será que os outros bancos, alguns com a pintura em bastante mau estado, não vão ser recuperados? E a parte ajardinada não tem direito a uma recuperação?











- Não será boa altura para harmonizar todos os canteiros da avenida, tendo em atenção o que se passa com alguns mais próximos da estação?







06/08/2010

As obras do Comendador - Cá estão novamente as "emendas"

A maioria PS/Comendador na Câmara Municipal faz a gestão do concelho de Castelo Branco como o governo PS/Sócrates gere o país: com um nível de competência sem paralelo!!!
Remendos, derrapagens orçamentais, lugares para os boys,... e as EMENDAS. Aí está mais uma.
O célebre espelho de água da Devesa, tinha de ser! Mas, os cronistas de serviço não falam nisso. Os munícipes têm o direito de saber o porq
uê das novas obras. O que é que correu mal? Será que vamos voltar a ter espelho de água? Ou já alguém pôs a hipótese de acabar com ele?



05/08/2010

A hipocrisia americana

Não é muito habitual neste blog comentarmos a actividade internacional. Mas, o assunto, de que a crónica que se segue trata, é ilustrativo daquilo que ao longo do século XX e início do XXI o imperialismo americano tem vindo a fazer aos povos. Aqui a deixamos para a lerem com atenção (publicada no jornal Avante de 5 de Agosto de 2010)



* José Casanova


«O sacrifício americano»

Obama anunciou a retirada, até final de Agosto, de parte dos soldados norte-americanos que ocupam o Iraque. A ocupar o país ficam, agora, apenas 50 mil soldados. Isto porque, explica o Prémio Nobel da Paz no seu linguajar imperial, «a triste realidade é que ainda não vamos ver o fim do sacrifício americano no Iraque».

São uns sacrificados estes «americanos»: sempre, sempre a semear democracia, liberdade e direitos humanos por tudo quanto é sítio - numa sementeira de sacrifícios que, no Iraque, provocou a destruição do país e a morte de centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes.

Aliás, o «sacrifício americano» não é de hoje: tem tantos anos de idade quantos tem a ambição do imperialismo norte-americano de domínio do mundo, com o implacável vale-tudo a que é uso recorrer para concretizar essa ambição.

Como é sabido, foi com grande «sacrifício» que, faz agora 65 anos, os EUA lançaram as bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasáqui – três meses depois da rendição de Hitler e quando o Japão estava irremediavelmente vencido. Foi com igual «sacrifício» que os bombardeiros norte-americanos espalharam a devastação e a morte no Vietnam. Foi com esse mesmo «sacrifício» que os sucessivos governos norte-americanos instalaram no poder e apoiaram ditaduras fascistas um pouco por todo o mundo - e não nos esqueçamos que o fascismo salazarista/caetanista teve o sacrificado apoio dos EUA até ao dia 24 de Abril de 1974. Foi ainda desse «sacrifício» que nasceu há 50 anos o criminoso bloqueio a Cuba e, há um ano, o golpe fascista nas Honduras e, mais recentemente, a ocupação da Costa Rica e as sucessivas provocações contra os povos que na América Latina decidiram ser donos do seu próprio destino. E por aí fora, numa sucessão de «sacrifícios» que deixa atrás de si um rasto de destruição e morte – a barbárie.

O «sacrifício americano» - sempre com consequências trágicas para milhões de cidadãos não norte-americanos - é uma expressão que, de tantas vezes utilizada pelos vários presidentes dos EUA ao longo da história, bem pode passar a constituir o refrão do hino nacional daquele país.

03/08/2010

As obras do Comendador - a saga do "jardim" da câmara continua IV

Quando escrevi o post nº III sobre o "jardim" da câmara (agora chama-se Praça do Centenário da República - nem sequer faço comentários sobre o nome) pensei encerrar o assunto com as palavras "nada é definitivo". E tinha razão. Lá tenho eu de voltar novamente ao assunto.
Primeiro - Tenho de chamar a atenção de todos os albicastrenses para o notável artigo que o meu camarada e amigo Carlos Vale escreveu esta semana no "Povo da Beira", tendo como tema o assunto deste post. Vale a pena lê-lo, não só pela clareza que utiliza na apresentação dos factos, mas também porque põe em causa a "podridão do Reino da Dinamarca".

Segundo - As discursatas do "inauguramento" do bunker procuram tapar que o espaço degradado que eles transformaram numa "coisa" foram eles que o degradaram ao longo dos 12 anos que estão na câmara (sem contar com os inquilinos anteriores). Foram eles que o transformaram num parque de estacionamento; foram eles que destruíram o jardim e o parque infantil; foram eles que se "esqueceram" de fazer a sua manutenção.

Terceiro - Quero prestar homenagem aos "profetas da desgraça" (esta designação é do comendador), que têm mostrado saber defender os interesses do concelho, dos munícipes e da cidade. Não se deixam intimidar, não embarcam no rebanho, têm pensamento próprio e ideias e propostas, e exercem a sua cidadania sem recuos nem desvios.

Quatro - O papel dos munícipes, sejam eles quais forem, é estarem atentos ao trabalho desenvolvido pelos eleitos. Foram eleitos para gerirem a câmara e as freguesias. Foram eleitos para fazerem obras, promoverem actividades e utilizarem os dinheiros públicos da melhor maneira, da maneira mais eficaz, sem esbanjamentos,...
Em 18/FEV/2010 o valor das obras era de cerca de 2 000 000 de euros (JC dixit in Rec). No dia 26/JULHO/2010 já era de cerca de 3 000 000 de euros (Comendador dixit, in Povo da Beira). Só um aumento de 50%. Isto é que é uma gestão eficaz!!!!
Os "profetas da desgraça", como lhes chama o comendador, não têm que gerir a câmara; mas têm de criticar o que está mal feito (infelizmente é demais). O comendador querendo atingir os que põem em causa as suas "obras" mal executadas, acaba por perder o norte e entra na demagogia fácil; a responsabilidade de fazer obras BEM FEITAS é dele. Nem sequer é um demagogo. É um demagogozinho. Não é grande quem quer, é quem pode.

Quinto - Esperemos que os albicastrenses não descubram tarde demais que os "elefantes brancos" começam a aparecer. É uma herança pesada para os futuros gestores do município.

A cidade de que gostamos - V

É certamente um lugar comum mas não deixa de ser verdade. É durante as férias que temos oportunidade de descobrir muitos dos recantos que nos entusiasmam. Temos mais tempo para percorrermos calmamente as ruas e avenidas, apreciar os edifícios e monumentos, gozar os jardins e as sombras,... É um pouco do que estamos a fazer nas férias que iniciámos. Aqui deixamos imagens da nossa cidade que recolhemos nessas deambulações.