31/05/2009

Bienal do Azeite '09


A realização da Bienal do Azeite em Castelo Branco de 29 a 31 de Maio merece algumas reflexões:
- O ministro da agricultura que devia ter viajado no chamado "Comboio do Azeite" acabou por vir de carro de Lisboa a Castelo Branco e chegar 1h30m atrasado. Porquê? Porque os agricultores de Santarém e de Castelo Branco esperavam o ministro nas estações de caminho de ferro para lhe dar as "boas vindas" pela "excelente" política que tem vindo a pôr em prática em benefício da agricultura. O ministro pura e simplesmente fugiu. Como se chama esta atitude?
- Independentemente do "folclore" que estas realizações costumam apresentar e que a comunicação social já noticiou, o azeite foi de facto a "estrela da festa". Queremos destacar a interessante exposição de fotografias sobre o "Ciclo do azeite - a Beira Baixa dos anos de 1920".


Recebi há dias um comentário de um leitor do blog referindo que as estruturas montadas iam custar 600000 euros. E interrogava-se também quanto ia custar a feira. Em tempo de crise é preciso estabelecer prioridades. O que importa é o que se vai fazer no futuro. Para se obterem resultados é preciso investimento, mas tem de se fazer mais alguma coisa. Não podem ficar à espera, todos contentinhos porque organizaram a Bienal, e pronto. Fizemos o nosso dever. Agora desenrasquem-se.
-Daqui a dois anos vai haver nova bienal. Quem vai assumir a responsabilidade de a organizar? Tem de haver continuidade e só pode ser a câmara de Castelo Branco. E porque não passar a ser anual a realização? E a preparação de um espaço com estruturas para este tipo de realizações não poderia ser uma boa opção? São apenas perguntas e sugestões.
- Um dos aspectos mais relevantes é a qualidade do azeite produzido em todas as zonas do país. A Beira Baixa, apesar de contribuir com 18% da área de olival, apenas produz 9,2% do azeite do todo nacional. No Alentejo as percentagens são, respectivamente, 41% e 45%. Porquê esta diferença? Segundo a opinião de algumas pessoas com conhecimentos do assunto tem a ver com o tipo de olival. Na Beira Baixa, o olival é tradicional, extensivo, com árvores grandes e velhas. Além de produzirem menos, tem custos mais elevados. Afirma-se, no entanto, que a qualidade do azeite é melhor e que o futuro do olival passa preservação e desenvolvimento deste tipo de olivicultura. É preciso, que haja apoios, incentivos à produção, à organização dos produtores, mas também ao consumo do azeite nacional. Pode ser mais caro, mas é seguramente melhor do que os 40% do azeite que importamos.

- Era importante que a Câmara Municipal fizesse um balanço da Feira e divulgasse os resultados. Os cidadãos devem ser informados. Não servem apenas para votar de 4 em 4 anos.

24/05/2009

A caça ao voto continua - a "inauguração" da Escola Superior de Saúde

Por afazeres profissionais inadiáveis não me tem sido possível escrever sobre a realidade local nos últimos tempos. Os assuntos não têm faltado, nomeadamente as "inaugurações", que têm sido bem mais discretas. Será táctica?
Contudo, no início da semana passada foi inaugurada uma Escola que já está em funcionamento há quase um ano: a Escola Superior de Saúde Lopes Dias. Que nome tem isto? Não encontro outro: propaganda eleitoral, que revela falta de ética e é mero oportunismo político.
Como habitualmente, houve discursos para todos os gostos. Alguns vazios de conteúdo. Apreciem esta pérola produzida pelo sr. Morão acerca das relações da Câmara Municipal com o Instituto Politécnico:
"A Câmara orgulha-se de ter esta comunidade académica. O IPCB tem vários desafios pela frente e certamente que o Ministério da Ciência e Ensino Superior arranjará soluções para isso"(in Reconquista).

Já viram a profundidade do pensamento!? Já viram que estratégia superior para o desenvolvimento do Instituto Politécnico!? Já viram como o homem conhece bem as necessidades do Politécnico e como ele se tem debruçado sobre os "desafios" da Instituição!? Só temos uma coisa a dizer: o homem é um génio (penso que já o tínhamos dito uma vez, mas penso que não faz mal repetir).
Só quero acrescentar que o sr. Morão é um dos "ilustres" representantes da comunidade, que têm assento no Conselho Geral do Politécnico, que vai brevemente ter a tarefa de eleger o Presidente do Politécnico. Pela amostra, vamos ter decisões...

A Marcha da CDU - 23 de Maio - Saldanha - Marquês de Pombal

Nós estivemos lá. Nós, a acompanhar 85 000, militantes, activistas, simpatizantes, democratas, amigos dos partidos e organizações que integram a CDU: Intervenção Democrática, Partido Ecologista "Os Verdes" e Partido Comunista Português.

A comunicação social, em geral, tenta minimizar ou silenciar pela omissão a realização daquela GRANDIOSA marcha, que mostrou que a CDU avança com toda a Confiança.
Não podem é esconder, embora façam todos os esforços para abafar os ecos da determinação dos 85 mil participantes em mudar esta política.
Há seis razões fundamentais para votar CDU:

- O VOTO QUE DEFENDE OS INTERESSES NACIONAIS
O voto dos que não abdicam da defesa dos interesses nacionais nem se submetem a ser governados a partir de Bruxelas. O voto que afirma a soberania e a independência nacionais como parte integrante de um projecto de desenvolvimento para Portugal.
- O VOTO DE PROTESTO E CONDENAÇÃO DA POLÍTICA DO GOVERNO PS
O voto que dá continuidade à luta contra a acção do Governo, e prolonga nas eleições a exigência de uma nova política e que se projecta para as lutas futuras contra as injustiças e as desigualdades e pela ruptura com a política de direita.


- O VOTO POR UMA EUROPA DE COOPERAÇÃO ENTRE ESTADOS IGUAIS E SOBERANOS
O voto dos que não se recusam a aceitar como único caminho para a Europa, o caminho de uma integração capitalista atrelada aos projectos militaristas.O voto que afirma Portugal como um país aberto à Europa e ao Mundo assente em relações diversificadas de cooperação entre os povos e pela paz.



- O VOTO NA RECUSA DE BENEFÍCIOS PESSOAIS
O voto em gente séria, que honra os compromissos e respeita a palavra dada. O voto que se opôs aos aumentos milionários dos salários no parlamento Europeu e que dá garantias de não os usar em beneficio pessoal.



- O VOTO QUE AFIRMA A RUPTURA COM A POLÍTICA DE DIREITA
O voto dos que confiam, que com a luta e o seu voto, é possível abrir um novo rumo e construir uma nova política. O voto certo dos que sem hesitação exigem uma ruptura com a política de direita e a construção de uma política alternativa de esquerda.


- O VOTO EM QUEM FEZ UM TRABALHO SEM PARALELO NO PARLAMENTO EUROPEU
O voto que reconhece nos deputados do PCP um trabalho sério e empenhado, ligado à vida e aspirações dos trabalhadores e do povo, sempre presente na defesa dos interesses nacionais no país e nas instituições europeias.

Concluindo:

16/05/2009

O concelho não acaba em Castelo Branco

Hoje fui a Alcains. Todos os sábados se realiza um mercado semanal, que, pelos vistos, é tradição antiga e popular. A sua realização no local actual parece ser bastante antiga e contestada por alguns moradores. Embora não tivéssemos assistido a nenhuma situação complicada, não é difícil adivinhar que o local não parece ser o mais adequado para a realização da feira, por várias razões:
- A instalação dos feirantes começa bastante cedo originando barulho que perturba o sossego dos moradores.- Não assisti, mas alguns moradores queixam-se de que no final do dia a rua fica cheia de lixo: caixas, papéis, restos,...e até os passeios sofrem.- A circulação de uma viatura ou viaturas de emergência é impossível pela desorganização das tendas que é perfeitamente visível. No caso de um incêndio que exija a presença dos bombeiros ou da necessidade de acesso de uma ambulância é impossível a sua entrada.Compete à Junta de Freguesia de Alcains e à Câmara Municipal de Castelo Branco a resoluçao do problema: encontrar um local, e não deve ser difícil, onde possa ser realizado o mercado semanal que sirva feirantes, alcainenses e visitantes, que tenha dignidade e não provoque as perturbações do actual. A vila de Alcains merece, mas é preciso que o sr. Morão estenda as fronteiras do concelho para lá da cidade de Castelo Branco. É preciso que o sr. Morão e a sua equipa deixem de plantar jardins de pedra na cidade e defina outras prioridades, que são mais importantes e necessárias que a destruição das árvores e jardins que eram o emblema de Castelo Branco.

14/05/2009

Cada um tem as obras que merece

O meu amigo Carlos Vale publicou esta semana no jornal "Povo da Beira" um artigo sobre os gostos e preferências das pessoas acerca da "Arte", que eu penso deve ser lido e reflectido sobre todos os albicastrenses. Aqui o deixo à vossa consideração com a permissão do seu autor:

Cada um tem as obras que merece

“A verdade, tal como a arte, depende de quem a contempla”

Há cerca de três anos, o Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, promoveu uma exposição de arte que incluía um lavatório com um canto partido e os pedaços estilhaçados no chão. Tratava-se da escultura de Jimmie Durham “As Frases”, avaliada em 27.000 euros! No dia seguinte, as empregadas de limpeza olharam para os “cacos” no chão e interrogaram-se se seriam para deitar para o lixo. Decidiram que sim, e vá de puxar da pá e da vassoura e pimba, foi tudo directamente para o contentor. Tudo não! O lavatório com o canto partido ficou.
Com a escultura amputada, reinou a confusão. O responsável do CAE, procedeu a um inquérito para apurar responsabilidades. Não sabemos se foi divulgado. O que se soube é que o comissário da exposição considerou a situação insólita porque dizia: “tivemos o cuidado de informar a equipa de limpeza que estava no local quando da montagem da exposição e que aquilo (cacos) fazia parte da obra.”
Houve quem opinasse que, provavelmente, esqueceram que as equipas de limpeza são variáveis. Ou que, talvez, não tivessem procedido à verificação se a equipa de montagem teria colocado aquilo (cacos) na sua posição original com rigor absoluto, o que a não acontecer dificultava o entendimento exacto da obra. O que se compreende.
Chegou a falar-se que a empresa proprietária da obra de arte exigia ser indemnizada e que a seguradora assente em eventuais falhas se recusava a pagar. Ainda assim, houve quem brincasse e dissesse que era impossível repor a obra de arte tal como era, que por mais lavatórios que se partissem, a obra, jamais ficaria igual ao original, o que eu, mesmo não sendo perito, asseguro como certo. Certezinha absoluta.
Com o mesmo espírito divertido, ou talvez não, houve quem prestasse homenagem às empregadas de limpeza porque, de certo modo, tinham contribuído para o movimento dadaísta, com uma nova obra de arte a rivalizar ao lado do autor e de Marcel Duchamp, com o seu famoso urinol, intitulado a “Fonte”.
Mais ou menos na mesma altura, a desgraça nunca vem só, um artista plástico francês, Pierre Pinoncelli, foi conduzido ao tribunal, e forçado a pagar 214.000 euros ao Centro Pompidou, por ter atacado à martelada uma das oito versões do urinol de Duchamp. Já em 1993, tinha urinado numa outra cópia do urinol, (compreende-se, era um urinol), destruindo-o depois. Pinoncelli explicou ao juiz que a sua atitude não era de ódio à obra, bem pelo contrário, era um fervoroso duchampiano e até exigiu que o urinol não fosse restaurado, nem encarado como um objecto vandalizado, mas sim como uma nova obra de arte, à qual acrescentara a sua assinatura. Embora a argumentação tivesse os seus fãs e estas coisas da arte gerem sempre divisões, o juiz não se deixou convencer.
As divisões até são aceitáveis, já que, se estendem aos próprios peritos. Basta lembrar o que se passou em 1917, aquando da apresentação do célebre urinol a “Fonte”. Duchamp comprara o urinol numa empresa de materiais de construção. Assinou-o com o pseudónimo, R. Mutt, e inscreveu-o para figurar numa exposição de arte de cujo júri ele próprio fazia parte. A peça, causou escândalo, que era o que Duchamp esperava, e foi rejeitada. Como se vê, as divisões dão-se, ao mais alto nível…
O próprio Duchamp, já tinha protagonizado um outro episódio com um postal cópia da Mona Lisa (Gioconda) de Leonardo da Vinci, que retocou, acrescentando-lhe, a lápis, um bigode e uma barba em bico. Teve mais sorte que Pinoncelli. Nunca foi julgado!
Melhor, em 6 de Dezembro de 2004, a organização do Prémio Turner, o maior prémio britânico para as artes plásticas, atribuiu, por larga margem dos inquiridos, o Prémio à célebre “Fonte” de Duchamp, á frente de “Les Demoiselles D`Avignon” (2º) e de “Guernica” (4º), ambas de Picasso, de “Marilyn Diptych” (3º) de Andy Warhol e ainda de, “O Atelier Vermelho” (5º) de Henry Matisse.
Para o meu gosto, preferia “Les Demoiselles D`Avignon”, “Guernica” ou qualquer das acima mencionadas, além de muitas outras que conheço. Mas quem sou eu, que apenas tem obras de artistas amigos e de familiares, além de uma serigrafia de razoável tamanho da “Guernica” de Picasso que trato com especial carinho, para questionar?
Pelo meio destas e muitas outras peripécias, novas e antigas, já muitos pensadores famosos entraram em polémica, havendo mesmo os que sustentam que há um palavrório próprio de uma opacidade muito conveniente para sustentar o negócio. Mistérios!
Com tudo isto, acabo por ficar na dúvida se as marteladas, os retoques, as emendas e os remendos que a obra do “Polis” do arquitecto catalão Josep Lluis Mateo já levou, fazem parte de qualquer fúria destruidora ou se, se enquadram no pensamento de Pinoncelli, convencidos de que estão a construir uma nova obra de arte. Sendo assim, temos a honra e o proveito, de entre nós, haver uma corrente Pinonceliana, que os próprios desconhecem, o que não é mal algum, nem a primeira vez que acontece. A arte tem coisas destas e podia dar-lhes para pior. Com uma marreta nas mãos nunca se sabe!
Como é do conhecimento público nunca foi do meu agrado as opções do arquitecto Mateo. Desconheço qual a sua posição face ao que se passa. Apenas li nos jornais que ele terá dito que, Castelo Branco nunca foi uma cidade completa.
Mas isso, até, Monsieur De La Palisse concorda!

Carlos Vale

09/05/2009

Porque não mais um remendo?

Já verificámos que os "remendos", por vezes, fazem milagres. E, se, em vez de remendos, fizéssemos coisas novas?
O que é que se pode fazer nesta rua para lhe dar um pouco de cor e sombra? Até os comerciantes e transeuntes agradeciam. Basta fazer duas pequenas coisas:
1 - Retirar as "banheiras", que, pelos vistos, nem flores lá têm.
2 - Plantar árvores pela rua acima e talvez colocar uma pequena faixa de relva. Já lá está uma árvore. Porque não mais algumas?
Ficamos à espera que esta sugestão seja lida. A cidade agradece e os albicastrenses também.

06/05/2009

O Passeio Verde - II

Bastou levantar a pedra e colocar uma faixa de relva para que tudo ficasse diferente. É um remendo, mas marcou imediatamente a diferença. Dou os parabéns a todos os albicastrenses que recusaram o mau gosto dos jardins de pedra e que lutaram por uma cidade diferente do pós-modernismo bacoco, porque só com a luta se conseguem resultados.Agora imaginem que a maioria PS/Morão na Câmara e na Assembleia Municipal não tinha os olhos fechados para o bom senso e para as propostas da CDU, que propôs na AM que as obras do Pólis fossem analisadas e aprovadas uma a uma, para evitar os erros e as asneiras que se cometeram.
O que fizeram esses senhores? Votaram contra.
Porquê? Por uma simples razão: eles têm a maioria e decidem o que muito bem querem. Neste caso, o que decidiram? Asneira.
Se tivessem escolhido o que o bom senso e a inteligência ditavam, tinham-se evitados os erros. Tinham-se realizado projectos com qualidade. Tinham-se evitado os remendos. Tinha-se evitado o esbanjamento do dinheiro dos nossos impostos. Tinha-se evitado o "faz e desfaz" das obras que não ficaram bem, porque os projectos não foram devidamente analisados e avaliados. Em suma tinham-se evitado todos os incómodos que os munícipes tiveram de suportar.
Para isso, é preciso haver humildade e espírito democrático: na CDU temos gente que sabe estudar os assuntos, fazer propostas e executá-las. Há muitas provas disso.

05/05/2009

Crónica - CALIMERO VOLTA A ATACAR

Mais uma vez o meu amigo João Teixeira me enviou uma crónica deliciosa, cujo humor, brandamente corrosivo, nos deixa pensativos e ao mesmo tempo com vontade de dar uma sonora gargalhada. Apetece também dizer: acertou na mouche.

CALIMERO VOLTA A ATACAR

Este mês de Maio começa mal. Nada que espante se tivermos em conta o que a gente andou para cá chegar. Logo no primeiro dia do mês, quando deveríamos comemorar de forma combativa, séria, solene e empenhada o Dia dos Trabalhadores, apareceu aquela nova oportunidade do candidato socialista às europeias com ganas de participar na manifestação da CGTP, chamando para si as atenções. E a primeira pergunta é: como é que um homem destes se presta a mais um frete socialista? Eu respondo: o homem é um prestidigitador; transforma “sins” em “nãos” há uma data de anos, e este foi mais um sim ao que tem negado, a troco duma carolada com aproveitamento político. Dúvidas? Então não está à vista quando imediatamente – parecia até que os comunicados já estavam feitos de véspera, deus me perdoe – as baterias do Largo do Rato abriram fogo contra o seu inimigo principal?

O país vai bem e, se mal existe, vem de fora, o povo é ordeiro quando se manifesta pela UGT, o PS não fez a fita, abusivamente, aos meninos de Castelo de Vide, para o respectivo tempo de antena (e até já disse: ai, desculpem lá e tal, foi sem querer…) os manifestantes da Intersindical são uns desordeiros e o Primeiro de Maio nunca existiu… Está bem assim?

É claro que é uma acção provocatória, calculada e de encomenda, mas é um clássico também.

Porém, as respostas que ouvi à manobra de diversão foram politicamente correctas, assertivas, mas eu não tenho que ser tal e por isso declaro que repudio estes calimeros da baixa política. É pena a campanha para as europeias não chegar a Setembro, se não eu mesmo daria umas dicas para as próximas intervenções do candidato, como por exemplo solicitar para intervir na Festa do Avante para que, inconsolado com a negativa, pudesse argumentar sobre a intolerância do PCP. Fica para as autárquicas, quem sabe se não arranja um punhado desta qualidade vassala, disposto a chorar depois, ao estilo de aquele menino bateu-me…

Mesmo assim – porque a procissão ainda agora vai no adro – ainda posso suspeitar doutros contornos: quem me diz que afinal o arruaceiro comunista não passa de um distraído bloquista, um social-democrata confuso, um centrista que atravessava a rua fora da passadeira ou um socialista descontente. Por estes quem pedirá desculpas?

O efeito calimero com o qual o primeiro-ministro contaminou os seus pares (e os ímpares também) é, no entanto, a chave para a resolução do problema. Afinal de contas, sobre quem recai a primeira suspeita na investigação dum crime? Qual é a primeira pergunta que o investigador formula? Naturalmente: a quem aproveita a situação. E parece que não é difícil a resposta…

Vá, chorem, queixem-se, digam que o mundo se abateu sobre as vossas cabeças; que é tudo uma malandragem a tentar tramar-vos; que, se o povo estiver do lado dos coitadinhos, isso dá votos. A questão é que vamos estando fartos de choramingueiros baratos e não ficaria admirado de vos ver de baba e ranho após os escrutínios de 7 de Junho e os que lhes seguem, culpando o povo português de ingratidão, exigindo-lhe um imediato e inequívoco pedido de desculpas.

João de Sousa Teixeira
teijoao@gmail.com

02/05/2009

1º de Maio em Lisboa - Manifestação da CGTP - IN

Os acontecimentos ocorridos ontem na manifestação da CGTP motivaram muitos bloguistas para a condenação da Central Sindical de uma forma enviesada e do PCP de uma forma injusta e sem sentido. Por sua vez o PS/Sócrates pela palavra do inanerrável Vitalino veio caluniar, como é seu hábito, a CGTP e o PCP.
A dimensão do protesto dos trabalhadores organizados na Intersindical fá-los perder a cabeça, entram no campo do manobrismo, da provocação e da calúnia, incapazes de aceitarem a contestação e de responderem com justiça às exigências dos trabalhadores.









































O PCP, pela voz de Francisco Lopes, exige um pedido de desculpas ao PS. O comunicado do PCP é elucidativo da posição dos comunistas em relação a este caso:

O PCP saúda os trabalhadores portugueses e a CGTP-IN pela sua participação e realização do 1º de Maio e, ao mesmo tempo que manifesta a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa – num acto isolado de alguns manifestantes – não pode deixar de rejeitar as acusações, insultos e calúnias dirigidas pelo PS contra o PCP.

O PCP sublinha a expressiva participação de muitos milhares de trabalhadores em todo o país nas comemorações do 1º de Maio, confirmando o justo descontentamento e protesto com uma política que é responsável pelo agravamento do desemprego, pelo aumento da precariedade, pela desvalorização dos salários, pelo aumento das injustiças sociais e incerteza com que se confrontam milhares de trabalhadores.

A dimensão do protesto neste 1º de Maio – no seguimento de grandes acções de massas realizadas e das comemorações do 35º aniversário do 25 de Abril - e o sentimento de insatisfação, de luta e de exigência de mudança, no quadro de uma grande determinação e serenidade que se verificou em todo o país, deve ser profundamente reflectido pelo Governo PS.

O PCP saúda os trabalhadores portugueses e a CGTP-IN pela sua participação e realização do 1º de Maio e, ao mesmo tempo que manifesta a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa – num acto isolado de alguns manifestantes – não pode deixar de rejeitar as acusações, insultos e calúnias dirigidas pelo PS contra o PCP. Estas atitudes do PS, instrumentalizando estes actos isolados que só podem responsabilizar os próprios e que são inseparáveis da situação de desespero em que milhares de trabalhadores se encontram, constituem uma manobra de carácter eleitoralista que, procurando a vitimização, pretende fugir à discussão dos grandes problemas nacionais, às suas responsabilidades na situação do país e ao julgamento que os trabalhadores e o povo português farão da sua política.

A procura de conflitos, o empolamento de incidentes, as provoc
ações, insultos e calúnias dirigidas ao PCP, parecem ser os argumentos a que PS, num quadro de crescente isolamento, quer recorrer.

As declarações da direcção do PS exigindo ao PCP um pedido de desculpas por factos sobre os quais não tem qualquer responsabilidade é ilustrativa de uma prática política que não pode deixar de ser condenada. Assim, o que se pode exigir é que o PS peça publicamente desculpas ao PCP pelas declarações ofensivas que lhe dirigiu.


As referências feitas pela direcção do PS à oposição determinada e coerente que o PCP, com os trabalhadores e o Povo, tem desenvolvido contra uma política injusta e inaceitável, representam a par do reconhecimento do papel inegável do PCP como a grande força da oposição a este Governo e a esta política, uma tentativa de condicionamento e intimidaçã
o que não alcançará os seus objectivos.

O PCP prosseguirá com toda a determinação, confiança e serenidade a sua acção em defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país por uma ruptura com a política de injustiça social e declínio nacional praticada por este governo, por uma vida melhor e um Portugal com futuro.




01/05/2009

O Jardim da Câmara

No post anterior fizemos um pequeno inventário das asneiras que a gestão PS/Morão está a fazer no município de Castelo Branco. Além das asneiras que começam a ser remendadas estão em desenvolvimento ou em preparação algumas que ainda podem ser evitadas. Infelizmente, a do jardim da câmara, está em fase de não retorno. Imaginem um buraco sem árvores no local assinalado nas fotos:












































E agora do outro lado. Imaginem todo este espaço
sem nada que o "ocupe".