29/07/2008

QUE MAL FIZERAM AS ÁRVORES?




Os responsáveis da Câmara Municipal entraram em guerra com as árvores desde que começaram as obras do programa Polis. Talvez antes. As primeiras vítimas foram as tílias da Praça Rainha D. Leonor. Já não é possível estar na esplanada e ver o sol através da folhagem verde e fresca que nos fazia sentir bem. Apenas se vêem os seus ramos como braços estendidos para o céu numa súplica: não nos magoem mais!






O Parque ficou assim: deserto de árvores e de pessoas.
Pudera!

Quantas vezes procurámos nos tempos de estudante as sombras das árvores que hoje não existem: era o tempo de estudar para os exames, tendo por companhia a sinfonia das cigarras no parque dos loureiros.






O Largo da Sé parece, sei lá o que parece. Se nos aproximarmos da estátua do Vaz Preto talvez ele chore
pelas árvores que fo
ram cortadas.








O café Beirão estava protegido do sol da manhã por um conjunto de belos exemplares que seguiram o mesmo caminho das do Largo da Sé
. Não podemos esperar que as suas substitutas forneçam a mesma sombra e frescura: é uma desilusão. Nem daqui a cem anos!







No centro da cidade tínhamos o Passeio Verde. Já tinha sido Vermelho, mas as árvores eram as mesmas. Agora já não é Verde e as árvores não se vêem, nem as pessoas. Parece que já se descobriu que as árvores só vivem e crescem quando têm terra onde se agarrar e alimentar. Talvez as mesmas pessoas descubram também que que uma cidade que não preserva as suas memórias talvez não tenha futuro.



A Devesa que já foi jardim, lugar onde se realizavam os mercados semanais e as feiras, era uma animação com as pessoas que vinham das aldeias comprar e vender.
Depois, com a civilização da "lata" em desenvolvimento, transformou-se, infelizmente, num parque de estacionamento. Mas, as árvores resistiam.
Hoje é pedra, pedra, pedra! E as árvores, onde estão?








Será que alguém reconhece a fotografia do lado? Os ciprestes, o jardim infantil e as árvores que acolhiam miúdos e graúdos nos seus momentos de ócio e de descanso já não existem. E o que vai acontecer? Ficamos à espera. Mas, as surpresas desagradáveis já são algumas. Esperemos que não saia mais um jardim de pedra.




Parece ser norma do actual presidente da câmara que, de cada vez que se fazem obras numa rua, num largo, num jardim da cidade, as árvores são as primeiras vítimas. Apresentamos aqui algumas situações, que tendo a intenção de melhorar, apresentando as intervenções como modernas e de qualidade, acabam infelizmente por ter o efeito contrário.






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